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DATA DA PUBLICAÇÃO 26/03/2012 | Informática
Impressoras 3D recriam cultura que originou os PCs
Impressoras 3D recriam cultura que originou os PCs  MakerBot Replicator, impressora 3D pessoal vendida por US$ 1.749. Foto: Divulgação
MakerBot Replicator, impressora 3D pessoal vendida por US$ 1.749. Foto: Divulgação
Na década de 1970, grupos de entusiastas, ou "hobbyistas", montavam seus próprios computadores e reuniam-se para trocar informações --uma consequência do barateamento de componentes, que deixou kits mais acessíveis.

Esse movimento levou ao surgimento de empresas como a Microsoft e a Apple e, posteriormente, à revolução da computação pessoal.

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Hoje, uma nova geração de hobbyistas monta de tudo, inclusive impressoras 3D.

"Vejo muitos paralelos entre a indústria da computação e a da impressão 3D", diz à Folha Terry Wohlers, presidente da Wohlers Associates, consultoria especializada nesse mercado.

"Até recentemente, a maioria das impressoras 3D era equivalente aos antigos mainframes, diz ele. "Agora vemos kits 'faça-você-mesmo' que são, de certa forma, similares ao kit de computador da Altair de 1975."

Relativamente barato e flexível, o Altair 8800, da MITS, fez sucesso entre entusiastas e empresas e iniciou a revolução da computação pessoal.

Hoje, empresas como 3D Systems e MakerBot oferecem nos EUA, por pouco mais de US$ 1.000, impressoras 3D que podem ser montadas em casa. Futuramente, assim como ocorreu com os PCs, elas não serão limitadas a hobbyistas --mais baratas e simples, poderão ser compradas e utilizadas por usuários comuns.

Isso não necessariamente significa que todo o mundo terá o equipamento. Para Wohlers, o contato do consumidor com a tecnologia ocorrerá principalmente por meio de produtos derivados dela --peças impressas em 3D e vendidas na Amazon, por exemplo.

Longa causa das coisas

Um fenômeno semelhante ocorreu com a computação pessoal: mais do que os aparelhos, seu principal legado para o usuário final são os programas e sistemas derivados dela. Entre eles, a internet.

A rede facilitou o acesso à informação e democratizou a criação e a distribuição de conteúdo. "A consequência foi um grande crescimento no alcance da participação e dos participantes em tudo o que é digital, a longa cauda dos bits", escreveu Chris Anderson, editor-chefe da "Wired". "Agora, o mesmo está acontecendo com a fabricação, a longa cauda das coisas."

Ferramentas mais simples e baratas, físicas e digitais, têm fortalecido o movimento "maker" (criador), formado por entusiastas em fabricação pessoal, interessados em produzir suas próprias coisas.

Eles encontram-se em eventos como a Maker Faire e em "hackerspaces", tipos de laboratórios para atividades sociais e de criação. Sites como o Thingiverse, o Instructables, o Shapeways e o próprio YouTube servem como canais para troca de projetos.

E "o catalisador mais importante para o movimento maker", diz Wohler, será a impressão 3D. Ela diminui a importância da economia de escala no processo de fabricação, permitindo que indivíduos ou microempresas criem protótipos e produtos finais a um preço acessível.

É difícil prever quais serão as transformações a longo prazo desse fenômeno da fabricação pessoal, que Anderson chama de "nova revolução industrial", no qual "os átomos são os novos bits". Mas uma coisa parece certa: ao derrubar barreiras, ele promove a inovação.

Por Emerson Kimura - Folha Online, São Paulo
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