DATA DA PUBLICAÇÃO 31/08/2010 | Internacional
Imprensa italiana critica comportamento de líder da Líbia em visita à Itália
A tentativa do líder da Líbia, Muammar Gaddafi, de converter dezenas de jovens mulheres ao islamismo durante uma visita à Itália causou uma enfurecida reação da imprensa italiana nesta segunda-feira (30).
Diversos colunistas acusaram o primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, de sacrificar princípios e sua dignidade pelas relações de comércio e investimento com a Líbia.
Gaddafi convidou um grande grupo de jovens mulheres, contratadas por uma organizadora de eventos, para uma recepção no centro cultural líbio em Roma, neste domingo (30), e tentou convertê-las ao islamismo.
O jornal italiano II Messajero questionou a reação da Líbia se o caso fosse inverso, em um editorial do jornal.
- O que aconteceria se o chefe de Estado europeu fosse à Líbia ou a qualquer outro país islâmico e convidasse todos para que fossem convertidos ao cristianismo? Acreditamos que provocaria uma forte reação no mundo islâmico.
A mídia informou que três mulheres teriam se convertido, mas não havia como verificar isso. O evento, que seria repetido nesta segunda-feira (30), ocorreu depois de uma recepção semelhante da qual participaram 200 mulheres em uma visita anterior de Gaddafi a Roma no ano passado.
Os laços entre a Itália e a Líbia prosperaram desde um acordo em 2008, pelo qual Berlusconi concordou em pagar R$ 8,7 bilhões (US$ 5 bilhões) em reparações pelo domínio colonial italiano na Líbia no início do século 20.
A Itália é agora o principal parceiro comercial da Líbia e compra grande parte do petróleo e gás natural do país, situado no norte da África e rico em recursos de energia.
Mas muitos críticos não estão contentes.
O jornal La Samoa disse em um editorial que “o interesse nacional não justifica e definitivamente não exige que qualquer um seja anfitrião para atos grotescos de palhaçadas”.
Copyright Thomson Reuters 2009
Diversos colunistas acusaram o primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, de sacrificar princípios e sua dignidade pelas relações de comércio e investimento com a Líbia.
Gaddafi convidou um grande grupo de jovens mulheres, contratadas por uma organizadora de eventos, para uma recepção no centro cultural líbio em Roma, neste domingo (30), e tentou convertê-las ao islamismo.
O jornal italiano II Messajero questionou a reação da Líbia se o caso fosse inverso, em um editorial do jornal.
- O que aconteceria se o chefe de Estado europeu fosse à Líbia ou a qualquer outro país islâmico e convidasse todos para que fossem convertidos ao cristianismo? Acreditamos que provocaria uma forte reação no mundo islâmico.
A mídia informou que três mulheres teriam se convertido, mas não havia como verificar isso. O evento, que seria repetido nesta segunda-feira (30), ocorreu depois de uma recepção semelhante da qual participaram 200 mulheres em uma visita anterior de Gaddafi a Roma no ano passado.
Os laços entre a Itália e a Líbia prosperaram desde um acordo em 2008, pelo qual Berlusconi concordou em pagar R$ 8,7 bilhões (US$ 5 bilhões) em reparações pelo domínio colonial italiano na Líbia no início do século 20.
A Itália é agora o principal parceiro comercial da Líbia e compra grande parte do petróleo e gás natural do país, situado no norte da África e rico em recursos de energia.
Mas muitos críticos não estão contentes.
O jornal La Samoa disse em um editorial que “o interesse nacional não justifica e definitivamente não exige que qualquer um seja anfitrião para atos grotescos de palhaçadas”.
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