DATA DA PUBLICAÇÃO 15/02/2011 | Cidade
Impasse trava obra de acesso ao Rodoanel
As obras complementares de construção de alças de acesso ao Trecho Sul do Rodoanel, em Mauá, estão praticamente paradas e devem ser interrompidas de vez ainda nesta semana. O motivo da paralisação foi o anúncio feito no início do ano pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB), que prometeu rever todos os contratos feitos durante a gestão anterior, do também tucano José Serra.
Quando prontas, as intervenções interligarão as avenidas Papa João XXIII, em Mauá, e Jacu-Pêssego, na Capital. O projeto prevê ainda facilitar a ligação do Centro com a Avenida dos Estados, que interliga o município ao Centro da Capital, passando por Santo André e São Caetano.
No canteiro de obras localizado na Avenida João Ramalho, próximo à Prefeitura, funcionários parados aguardam algum serviço.
"Nossa equipe aqui já chegou a ter 300 pessoas, na época boa. Agora, tem 50, no máximo", conta um operário que preferiu não se identificar.
Segundo ele, todas as equipes de terraplanagem já deixaram o posto. "Sem a terraplanagem não tem como concluir a obra. A gente fica aqui e faz um ou outro serviço, mas não dá para acabar", explica. O trabalhador conta que as máquinas utilizadas na construção da pista, geralmente alugadas, já começaram a ser retiradas pelos proprietários.
A expectativa é que a situação piore ainda mais nos próximos dias. "Fomos informados pelo engenheiro responsável que se até amanhã não entrar dinheiro para a obra, todos os funcionários serão mandados embora", revela outro trabalhador, que também preferiu ter a identidade mantida sob sigilo.
Quando o Trecho Sul do Rodoanel foi entregue, em março do ano passado, a estimativa do governo estadual era que a alça que liga o anel viário à Papa João XXIII ficasse totalmente pronta até maio do mesmo ano.
Resposta
Em nota, a Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S/A), responsável pela construção e gerenciamento do Rodoanel, afirma que está readequando a intervenção ao seu atual plano de obras. A empresa diz que só irá detalhar o andamento do procedimento nos próximos dias, já que, segundo a estatal, o processo ainda não foi concluído.
A Dersa afirma que "não há qualquer relação entre as ações tomadas pela empresa e outras decisões do governo do Estado". A companhia não especifica, entretanto, a quais ações do Palácio dos Bandeirantes está se referindo.
Agência e Consórcio planejam cobranças tímidas ao governo
O Consórcio Intermunicipal do Grande ABC planejam ações para cobrar rapidez do governo do Estado na conclusão das alças de acesso ao Rodoanel em Mauá.
O presidente do Consórcio e prefeito de Diadema, Mário Reali (PT), declarou que pretende formular, junto com os demais prefeitos, uma pauta com as reivindicações e levar o documento ao Palácio dos Bandeirantes. A formulação da lista de demandas deve ser feita apenas na próxima reunião do grupo, que será realizada em março.
Já o coordenador de Relações Institucionais da Agência de Desenvolvimento Econômico do Grande ABC, Luiz Augusto de Almeida, pretende mobilizar empresários e comerciantes que estão sendo prejudicados pela demora das obras.
"Queremos nos mobilizar junto com o GT (Grupo de Trabalho) de Logística do Consórcio (cujo presidente é o prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho, do PT). A ideia é marcar audiência com o governador ou com o secretário de Desenvolvimento Econômico."
Quando prontas, as intervenções interligarão as avenidas Papa João XXIII, em Mauá, e Jacu-Pêssego, na Capital. O projeto prevê ainda facilitar a ligação do Centro com a Avenida dos Estados, que interliga o município ao Centro da Capital, passando por Santo André e São Caetano.
No canteiro de obras localizado na Avenida João Ramalho, próximo à Prefeitura, funcionários parados aguardam algum serviço.
"Nossa equipe aqui já chegou a ter 300 pessoas, na época boa. Agora, tem 50, no máximo", conta um operário que preferiu não se identificar.
Segundo ele, todas as equipes de terraplanagem já deixaram o posto. "Sem a terraplanagem não tem como concluir a obra. A gente fica aqui e faz um ou outro serviço, mas não dá para acabar", explica. O trabalhador conta que as máquinas utilizadas na construção da pista, geralmente alugadas, já começaram a ser retiradas pelos proprietários.
A expectativa é que a situação piore ainda mais nos próximos dias. "Fomos informados pelo engenheiro responsável que se até amanhã não entrar dinheiro para a obra, todos os funcionários serão mandados embora", revela outro trabalhador, que também preferiu ter a identidade mantida sob sigilo.
Quando o Trecho Sul do Rodoanel foi entregue, em março do ano passado, a estimativa do governo estadual era que a alça que liga o anel viário à Papa João XXIII ficasse totalmente pronta até maio do mesmo ano.
Resposta
Em nota, a Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S/A), responsável pela construção e gerenciamento do Rodoanel, afirma que está readequando a intervenção ao seu atual plano de obras. A empresa diz que só irá detalhar o andamento do procedimento nos próximos dias, já que, segundo a estatal, o processo ainda não foi concluído.
A Dersa afirma que "não há qualquer relação entre as ações tomadas pela empresa e outras decisões do governo do Estado". A companhia não especifica, entretanto, a quais ações do Palácio dos Bandeirantes está se referindo.
Agência e Consórcio planejam cobranças tímidas ao governo
O Consórcio Intermunicipal do Grande ABC planejam ações para cobrar rapidez do governo do Estado na conclusão das alças de acesso ao Rodoanel em Mauá.
O presidente do Consórcio e prefeito de Diadema, Mário Reali (PT), declarou que pretende formular, junto com os demais prefeitos, uma pauta com as reivindicações e levar o documento ao Palácio dos Bandeirantes. A formulação da lista de demandas deve ser feita apenas na próxima reunião do grupo, que será realizada em março.
Já o coordenador de Relações Institucionais da Agência de Desenvolvimento Econômico do Grande ABC, Luiz Augusto de Almeida, pretende mobilizar empresários e comerciantes que estão sendo prejudicados pela demora das obras.
"Queremos nos mobilizar junto com o GT (Grupo de Trabalho) de Logística do Consórcio (cujo presidente é o prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho, do PT). A ideia é marcar audiência com o governador ou com o secretário de Desenvolvimento Econômico."
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