DATA DA PUBLICAÇÃO 05/03/2012 | Setecidades
Impasse nas obras do Rodoanel em Ribeirão pode parar na Justiça
Concessionária diz que está regular na construção do trecho Leste, mas Prefeitura afirma que faltam documentos
Faz um mês que Ribeirão Pires e a concessionária SPMar não conseguem entrar em acordo sobre as obras do trecho Leste do Rodoanel no município. Enquanto a Prefeitura embargou as intervenções e acusa a empresa de construir o túnel na Pedreira de Santa Clara sem o alvará de funcionamento municipal para o canteiro de obra e sem a autorização municipal para trabalhar com artefatos explosivos, a SPMar se recusa a paralisar as intervenções na cidade e garante possuir todos os documentos para prosseguir com as obras. Diante do impasse e do indeferimento do recurso da concessionária, a possibilidade de o caso seguir para a Justiça fica cada vez mais real.
Até agora, o processo é apenas administrativo, portanto, o recurso impetrado pela empresa é julgado pela própria Prefeitura. Apesar de não ter sido comunicada oficialmente, até quinta-feira (01/03), sobre o indeferimento do recurso, a SPMar garante que recorrerá da decisão. Se o recurso for indeferido pela segunda vez pela Prefeitura, o caso seguirá para a decisão da Justiça.
Se por um lado a concessionária não dá sinais de que irá ceder às exigências da Prefeitura, por outro o secretário de Planejamento Urbano, Habitação, Meio Ambiente e Saneamento Básico de Ribeirão, Temístocles Cristofaro, tem esperanças de que o caso seja resolvido antes de parar na esfera judicial. “A possibilidade de ir para a Justiça sempre existe, mas não queremos isso”, comentou.
Falta de entendimento - Para Cristofaro, a concessionária ainda não entendeu de quais documentos a Prefeitura necessita para que as obras sejam liberadas. “A Cetesb tem a competência dela, porém o município também tem leis que precisam ser seguidas e a SPMar não está respeitando isso”, afirmou. As multas pela desobediência do embargo das obras pela concessionária já somam R$ 50 mil. O valor deverá seguir para dívida ativa.
O secretário explicou que, apesar de a empresa ter as licenças ambientais da Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental), a SPMar não possui o alvará municipal de funcionamento. De acordo com Cristofaro, sem o alvará, a Prefeitura não tem como cobrar os impostos da obra, como o ISS (Imposto sobre Serviços).
A SPMar reconheceu a preocupação da Prefeitura em acompanhar e monitorar o andamento da construção do trecho Leste, mas ressaltou que as intervenções estão em total acordo com o edital, com o contrato firmado com a Artesp (Agência Reguladora de Serviços Públicos) e com a legislação vigente, o que justifica a não-paralisação das obras.
A empresa ainda garante que encaminhou todos os documentos solicitados pela Prefeitura no prazo estipulado de dez dias. Entre os dados apresentados estão o cronograma de detonações a serem realizadas para a construção do túnel (entregue dia 14 de fevereiro); o pedido de alvará de funcionamento do canteiro de obras da Pedreira de Santa Clara (entregue em 28 de dezembro de 2011); a inscrição municipal do canteiro de obras, para que todos os impostos sejam recolhidos (dezembro de 2011) e o laudo de vistoria do Corpo de Bombeiros (entregue dia 2 de fevereiro).
Detonações preocupam a Prefeitura
A falta da autorização municipal para o trabalho com artefatos explosivos é outro problema apontado pela Prefeitura de Ribeirão Pires para a paralisação de parte das obras do trecho Leste do Rodoanel na cidade. Administração alega que, apesar de a SPMar ter o Certificado de Registro expedido pelo Ministério da Defesa e do Exército Brasileiro, que autoriza as explosões na Pedreira de Santa Clara, a lei municipal nº 5.307/2009 não está sendo seguida.
“A lei diz que as explosões só podem ocorrer entre 7h e 18h. Porém, temos relatos de explosões na pedreira entre 23h e 6h”, argumentou o secretário de Planejamento Urbano, Habitação, Meio Ambiente e Saneamento Básico de Ribeirão, Temístocles Cristofaro.
O secretário destacou que a empresa explicou estar com problemas operacionais que impedem o cumprimento da lei municipal. “Eles fazem duas explosões por dia e entre as detonações é necessário um intervalo de até 10 horas”, disse. Para a construção do túnel de 1.110 metros estão previstas 720 detonações.
Explosões não afetarão Igreja do Pilar, diz SPMar
Outra preocupação da Prefeitura são os danos que as explosões poderão causar à Igreja do Pilar, patrimônio tombado e marco da fundação de Ribeirão Pires. A capela fica a 1.570 metros da faixa de domínio do trecho Leste e a cerca de 850 metros do túnel a ser construído na pedreira.
Em nota, a SPMar explicou que, desde janeiro deste ano, realiza a monitoria preventiva de vibrações na Igreja do Pilar. De acordo com a empresa, os laudos comprovam que o volume de vibrações detectadas no local devido às detonações no túnel é inferior ao de um veículo passando na via.
A concessionária ainda garante que todas as medições estão abaixo do padrão e normas exigidas, que seguem os padrões estabelecidos na Licença Ambiental de Instalação emitida pela Cetesb, para a construção do trecho Leste. Apesar disso, a Prefeitura aguarda um estudo que traga essas garantias documentadas. Já os vereadores da cidade estudam a possibilidade de entrar com uma ação no MP (Ministério Público) para investigar o caso.
Faz um mês que Ribeirão Pires e a concessionária SPMar não conseguem entrar em acordo sobre as obras do trecho Leste do Rodoanel no município. Enquanto a Prefeitura embargou as intervenções e acusa a empresa de construir o túnel na Pedreira de Santa Clara sem o alvará de funcionamento municipal para o canteiro de obra e sem a autorização municipal para trabalhar com artefatos explosivos, a SPMar se recusa a paralisar as intervenções na cidade e garante possuir todos os documentos para prosseguir com as obras. Diante do impasse e do indeferimento do recurso da concessionária, a possibilidade de o caso seguir para a Justiça fica cada vez mais real.
Até agora, o processo é apenas administrativo, portanto, o recurso impetrado pela empresa é julgado pela própria Prefeitura. Apesar de não ter sido comunicada oficialmente, até quinta-feira (01/03), sobre o indeferimento do recurso, a SPMar garante que recorrerá da decisão. Se o recurso for indeferido pela segunda vez pela Prefeitura, o caso seguirá para a decisão da Justiça.
Se por um lado a concessionária não dá sinais de que irá ceder às exigências da Prefeitura, por outro o secretário de Planejamento Urbano, Habitação, Meio Ambiente e Saneamento Básico de Ribeirão, Temístocles Cristofaro, tem esperanças de que o caso seja resolvido antes de parar na esfera judicial. “A possibilidade de ir para a Justiça sempre existe, mas não queremos isso”, comentou.
Falta de entendimento - Para Cristofaro, a concessionária ainda não entendeu de quais documentos a Prefeitura necessita para que as obras sejam liberadas. “A Cetesb tem a competência dela, porém o município também tem leis que precisam ser seguidas e a SPMar não está respeitando isso”, afirmou. As multas pela desobediência do embargo das obras pela concessionária já somam R$ 50 mil. O valor deverá seguir para dívida ativa.
O secretário explicou que, apesar de a empresa ter as licenças ambientais da Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental), a SPMar não possui o alvará municipal de funcionamento. De acordo com Cristofaro, sem o alvará, a Prefeitura não tem como cobrar os impostos da obra, como o ISS (Imposto sobre Serviços).
A SPMar reconheceu a preocupação da Prefeitura em acompanhar e monitorar o andamento da construção do trecho Leste, mas ressaltou que as intervenções estão em total acordo com o edital, com o contrato firmado com a Artesp (Agência Reguladora de Serviços Públicos) e com a legislação vigente, o que justifica a não-paralisação das obras.
A empresa ainda garante que encaminhou todos os documentos solicitados pela Prefeitura no prazo estipulado de dez dias. Entre os dados apresentados estão o cronograma de detonações a serem realizadas para a construção do túnel (entregue dia 14 de fevereiro); o pedido de alvará de funcionamento do canteiro de obras da Pedreira de Santa Clara (entregue em 28 de dezembro de 2011); a inscrição municipal do canteiro de obras, para que todos os impostos sejam recolhidos (dezembro de 2011) e o laudo de vistoria do Corpo de Bombeiros (entregue dia 2 de fevereiro).
Detonações preocupam a Prefeitura
A falta da autorização municipal para o trabalho com artefatos explosivos é outro problema apontado pela Prefeitura de Ribeirão Pires para a paralisação de parte das obras do trecho Leste do Rodoanel na cidade. Administração alega que, apesar de a SPMar ter o Certificado de Registro expedido pelo Ministério da Defesa e do Exército Brasileiro, que autoriza as explosões na Pedreira de Santa Clara, a lei municipal nº 5.307/2009 não está sendo seguida.
“A lei diz que as explosões só podem ocorrer entre 7h e 18h. Porém, temos relatos de explosões na pedreira entre 23h e 6h”, argumentou o secretário de Planejamento Urbano, Habitação, Meio Ambiente e Saneamento Básico de Ribeirão, Temístocles Cristofaro.
O secretário destacou que a empresa explicou estar com problemas operacionais que impedem o cumprimento da lei municipal. “Eles fazem duas explosões por dia e entre as detonações é necessário um intervalo de até 10 horas”, disse. Para a construção do túnel de 1.110 metros estão previstas 720 detonações.
Explosões não afetarão Igreja do Pilar, diz SPMar
Outra preocupação da Prefeitura são os danos que as explosões poderão causar à Igreja do Pilar, patrimônio tombado e marco da fundação de Ribeirão Pires. A capela fica a 1.570 metros da faixa de domínio do trecho Leste e a cerca de 850 metros do túnel a ser construído na pedreira.
Em nota, a SPMar explicou que, desde janeiro deste ano, realiza a monitoria preventiva de vibrações na Igreja do Pilar. De acordo com a empresa, os laudos comprovam que o volume de vibrações detectadas no local devido às detonações no túnel é inferior ao de um veículo passando na via.
A concessionária ainda garante que todas as medições estão abaixo do padrão e normas exigidas, que seguem os padrões estabelecidos na Licença Ambiental de Instalação emitida pela Cetesb, para a construção do trecho Leste. Apesar disso, a Prefeitura aguarda um estudo que traga essas garantias documentadas. Já os vereadores da cidade estudam a possibilidade de entrar com uma ação no MP (Ministério Público) para investigar o caso.
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