DATA DA PUBLICAÇÃO 06/06/2011 | Cidade
Imobiliária nega ter alugado apartamento para Palocci
A empresa Plazza Brasil Imóveis negou neste sábado (4) qualquer relação com o ministro da Casa Civil, Antonio Palocci. Em nota, a imobiliária disse não ser responsável pelo aluguel do apartamento em que vive Palocci, que fica em Moema, na zona sul de São Paulo.
Entenda a polêmica que envolve a empresa de Palocci
Reportagem da revista Veja publicada neste fim de semana afirma que o imóvel, avaliado em R$ 4 milhões, está registrado em nome da empresa Lion Franquia e Participações Ltda., que por sua vez pertence formalmente a dois laranjas.
Os donos da Lion, diz a revista, são Dayvini Costa Nunes, de 23 anos, e Felipe Garcia dos Santos, que tem 17, mas foi emancipado no ano passado. Nunes, ainda de acordo com a reportagem, “mora em um casebre de fundos na periferia de Mauá, no ABC Paulista, ganha R$ 700 por mês e teve o celular bloqueado por falta de pagamento”.
No comunicado que divulgou hoje, a Plazza Brasil alega que trocou de comando em novembro de 2008, e que não há qualquer informação sobre um contrato de aluguel assinado com Palocci desde então. A empresa não descarta, porém, que seu antigo proprietário tenha ocultado esses dados.
No texto, a diretora da imobiliária, Valéria Corrêa, diz que a empresa foi citada na reportagem sem a oportunidade de se pronunciar.
“Seria possível haver algum contrato firmado antes da nossa aquisição e que foi ocultado pelos antigos proprietários. De qualquer forma, estamos sendo citados de forma aleatória em um caso de repercussão nacional sem a chance de esclarecer os fatos. O que fere a integridade da marca Plazza Brasil”, afirma ela.
A Plazza Brasil, que fica em Moema - mesmo bairro em que está o imóvel - explica ainda que, desde novembro de 2008, deixou de trabalhar com contratos de aluguel.
Atualmente, a empresa diz atuar apenas “em parceria com incorporadores no planejamento de vendas de lançamentos imobiliários”.
Defesa
Ao comentar a reportagem da Veja, o advogado de Palocci, José Roberto Batochio, eximiu seu cliente de responsabilidade e disse que seria necessário investigar os elos entre os laranjas e a imobiliária que alugou o apartamento.
Batochio lembrou que é “muito comum” o fato de os proprietários não terem interesse em conhecer quem ocupa seus imóveis, deixando a função para uma administradora de imóveis que “faz tudo”.
Para ele, é um erro atribuir ao inquilino (Palocci) responsabilidades que deveriam ser cobradas da administradora. O advogado comparou a situação de seu cliente à de um consumidor em relação ao dono do armazém onde ele faz suas compras.
- Você não pode ser responsável pelos antecedentes do dono da mercearia onde adquire seus produtos de necessidade básica. Eu acho essa matéria um despropósito. Com todo respeito ao autor da matéria, não tem o menor sentido.
Consultoria
Nesta sexta-feira (3), após 20 dias de silêncio, Palocci concedeu uma entrevista e falou, pela primeira vez, sobre os negócios de sua empresa de consultoria, a Projeto.
O ministro passou a ser alvo de suspeitas desde que o jornal Folha de S.Paulo informou que seu patrimônio pessoal aumentou 20 vezes entre 2006 e 2010, época em que foi deputado federal pelo PT.
Na entrevista, Palocci negou ter praticado tráfico de influência, mas não quis divulgar a lista de seus clientes. Ele alegou que não poderia fazer isso por respeito a cláusulas de confidencialidade existentes nos contratos que assinou.
Entenda a polêmica que envolve a empresa de Palocci
Reportagem da revista Veja publicada neste fim de semana afirma que o imóvel, avaliado em R$ 4 milhões, está registrado em nome da empresa Lion Franquia e Participações Ltda., que por sua vez pertence formalmente a dois laranjas.
Os donos da Lion, diz a revista, são Dayvini Costa Nunes, de 23 anos, e Felipe Garcia dos Santos, que tem 17, mas foi emancipado no ano passado. Nunes, ainda de acordo com a reportagem, “mora em um casebre de fundos na periferia de Mauá, no ABC Paulista, ganha R$ 700 por mês e teve o celular bloqueado por falta de pagamento”.
No comunicado que divulgou hoje, a Plazza Brasil alega que trocou de comando em novembro de 2008, e que não há qualquer informação sobre um contrato de aluguel assinado com Palocci desde então. A empresa não descarta, porém, que seu antigo proprietário tenha ocultado esses dados.
No texto, a diretora da imobiliária, Valéria Corrêa, diz que a empresa foi citada na reportagem sem a oportunidade de se pronunciar.
“Seria possível haver algum contrato firmado antes da nossa aquisição e que foi ocultado pelos antigos proprietários. De qualquer forma, estamos sendo citados de forma aleatória em um caso de repercussão nacional sem a chance de esclarecer os fatos. O que fere a integridade da marca Plazza Brasil”, afirma ela.
A Plazza Brasil, que fica em Moema - mesmo bairro em que está o imóvel - explica ainda que, desde novembro de 2008, deixou de trabalhar com contratos de aluguel.
Atualmente, a empresa diz atuar apenas “em parceria com incorporadores no planejamento de vendas de lançamentos imobiliários”.
Defesa
Ao comentar a reportagem da Veja, o advogado de Palocci, José Roberto Batochio, eximiu seu cliente de responsabilidade e disse que seria necessário investigar os elos entre os laranjas e a imobiliária que alugou o apartamento.
Batochio lembrou que é “muito comum” o fato de os proprietários não terem interesse em conhecer quem ocupa seus imóveis, deixando a função para uma administradora de imóveis que “faz tudo”.
Para ele, é um erro atribuir ao inquilino (Palocci) responsabilidades que deveriam ser cobradas da administradora. O advogado comparou a situação de seu cliente à de um consumidor em relação ao dono do armazém onde ele faz suas compras.
- Você não pode ser responsável pelos antecedentes do dono da mercearia onde adquire seus produtos de necessidade básica. Eu acho essa matéria um despropósito. Com todo respeito ao autor da matéria, não tem o menor sentido.
Consultoria
Nesta sexta-feira (3), após 20 dias de silêncio, Palocci concedeu uma entrevista e falou, pela primeira vez, sobre os negócios de sua empresa de consultoria, a Projeto.
O ministro passou a ser alvo de suspeitas desde que o jornal Folha de S.Paulo informou que seu patrimônio pessoal aumentou 20 vezes entre 2006 e 2010, época em que foi deputado federal pelo PT.
Na entrevista, Palocci negou ter praticado tráfico de influência, mas não quis divulgar a lista de seus clientes. Ele alegou que não poderia fazer isso por respeito a cláusulas de confidencialidade existentes nos contratos que assinou.
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