NOTÍCIA ANTERIOR
Babá é presa na Rússia após matar menina e passear com cabeça
PRÓXIMA NOTÍCIA
Soldados israelenses matam palestina que tentou atropelá-los
DATA DA PUBLICAÇÃO 03/03/2016 | Internacional
Imigrantes iranianos costuram a boca em Calais em sinal de protesto
Imigrantes iranianos costuram a boca em Calais em sinal de protesto Imigrante iraniano com os lábios costurados protesta contra o desmonte parcial do campos de Calais, na França (Foto: Philippe Huguen/AFP)
Imigrante iraniano com os lábios costurados protesta contra o desmonte parcial do campos de Calais, na França (Foto: Philippe Huguen/AFP)
Oito pessoas costuraram seus lábios sozinhas para manifestação.

Campo de refugiados na França passa por desmonte parcial.


Oito imigrantes iranianos costuraram a boca com agulha e linha, nesta quarta-feira (2), para protestar pelo desmonte parcial do acampamento de refugiados erguido em Calais (norte da França), iniciado na segunda-feira pelas autoridades francesas.

Eles marcharam brevemente por um dos caminhos internos do local conhecido como "selva" com as bocas parcialmente costuradas, conforme constataram uma cinegrafista e um fotógrafo da AFP.

Eles exibiam cartazes com os dizeres "We are humans" (Somos humanos) e "Where is your democracy? Where is our freedom?" (Onde está a sua democracia? Onde está a nossa liberdade?).

"Pediram-nos que costurássemos suas bocas. Obviamente nos recusamos", informou à AFP Olivier Marteau, encarregado da ONG Médicos sem Fronteiras (MSF) para Calais. "Eles próprios o fizeram de forma pouco higiênica, esquentando as agulhas para esterilizá-las a altas temperaturas", acrescentou.

Desmonte

Desde o início desta semana, as autoridades francesas começaram a destruir os barracos dos migrantes, erguidos na parte sul do acampamento, onde moram milhares de pessoas que anseiam poder entrar na Inglaterra.

O Estado tenta realojá-los em centros de acolhida em Calais e outras partes da França.

Segundo o encarregado local da MSF, o gesto destes migrantes "demonstra que as soluções propostas não os satisfazem".

"Estes oito iranianos costuraram a boca porque seu barraco acabara de ser destruído", acrescentou François Guennoc, membro da associação "L'Auberge des migrants" (o albergue dos migrantes).

Nesta segunda-feira, foram registrados confrontos entre os refugiados, militantes e a tropa de choque.

Entre 800 e mil migrantes vivem na parte sul da 'selva', segundo o governo francês, mas as associações consideram que na realidade são 3.500. Em todo o acampamento, que se tornou a maior favela da França, estima-se entre 3.700 e 7.000 o número de imigrantes, principalmente sírios, afegãos e sudaneses.

Por G1 - France Presse
Assine nosso Feed RSS
Últimas Notícias Gerais - Clique Aqui
As últimas | Internacional
20/09/2018 | Buscas por desaparecidos continuam nas Filipinas após passagem do tufão Mangkhut
19/09/2018 | Noiva morre após acidente com trator durante despedida de solteira na Áustria
18/09/2018 | Justiça da África do Sul legaliza o consumo privado de maconha
As mais lidas de Internacional
Relação não gerada ainda
As mais lidas no Geral
Relação não gerada ainda
Mauá Virtual
O Guia Virtual da Cidade

Todos os direitos reservados - 2024 - Desde 2003 à 7690 dias no ar.