DATA DA PUBLICAÇÃO 28/08/2017 | Setecidades
Igrejas católicas sofrem com invasões
Igrejas católicas do Grande ABC vêm sofrendo escalada de depredações. Conforme levantamento da Diocese de Santo André, quatro já foram invadidas, três só neste ano. O caso mais recente ocorreu na madrugada de ontem, na Igreja Bom Jesus de Piraporinha, em Diadema. De acordo com o pároco, o padre Dayvid da Silva, esta é a segunda invasão de vândalos na igreja em período de dez dias. Na primeira tentativa as portas da igreja e do sacrário, onde as hóstias são guardadas, foram danificadas. Já no episódio mais recente, a Polícia Militar conseguiu agir a tempo e prender em flagrante o indivíduo responsável pela invasão.
“No primeiro caso deu a impressão de que a pessoa somente entrou aqui para vandalizar, mas agora ficou claro que ele queria roubar. Nossa sorte foi que um vigia escutou o barulho e acionou a polícia”. O caso foi registrado no 3º DP de Diadema (Taboão). De acordo com o padre, os episódios recentes fizeram com que responsáveis pelas igrejas da região ligassem o sinal de alerta. “Estamos estudando medidas para coibir essas ações”.
O vigia Sebastião Silvério de Godoy, 66 anos, que foi o primeiro a entrar na igreja após o primeiro caso de invasão lamenta a série de ocorrências. “Foi um dia terrível. Quando o padre informou que não teria missa por conta do roubo, muitas pessoas choraram.”
Também recentemente, a capela São Gerônimo, parte da Paróquia Nossa Senhora de Guadalupe, localizada no Parque Miami, em Santo André, foi furtada. No dia 7 de agosto, os ladrões levaram mesa e caixas de som. “Chegaram a espalhar as hóstias no chão”, contou o pároco, padre Cícero Soares da Silva.
Na Igreja Nossa Senhora do Bom Parto, na Vila Clarice, em Santo André, a ocorrência ocorreu na madrugada do dia 29 de maio. “Quando a secretária chegou pela manhã, viu que tinham entrado na igreja. Abriram a porta do sacrário e derrubaram a eucaristia. Levaram dois retornos de som”, contou o pároco, padre Renato Fernandez.
O caso mais antigo, de 2015, foi registrado em Rio Grande da Serra, na capela São Joaquim, que faz parte da Paróquia São Sebastião. Utilizado para celebração de missas, o local foi invadido e vandalizado. Diversas imagens foram quebradas. A Delegacia de Polícia da cidade investiga o caso, mas não localizou os responsáveis.
O bispo dom Pedro Carlos Cipollini acredita que o aumento de igrejas profanadas está relacionado à intolerância. “São casos que não acontecem para roubar, para comer ou levar algo de valor, por exemplo. O intuito é profanar e isso é muito mau. Mostra que a intolerância vai chegando no aspecto religioso”, afirmou.
Em nota, a SSP (Secretaria da Segurança Pública) do Estado informou que as ocorrências de Santo André e de Diadema, registradas como furto, estão sendo investigadas pela Polícia Civil. “Diligências estão em andamento, visando identificar e prender os autores”, reforça o texto, emendando que não foi identificada ligação entre os casos tampouco “elementos que indiquem que os crimes foram praticados por intolerância religiosa”.
Já a Polícia Militar ressaltou, em nota, que os locais onde ficam as igrejas são prioridades do patrulhamento.
(Colaborou Daniel Macário)
“No primeiro caso deu a impressão de que a pessoa somente entrou aqui para vandalizar, mas agora ficou claro que ele queria roubar. Nossa sorte foi que um vigia escutou o barulho e acionou a polícia”. O caso foi registrado no 3º DP de Diadema (Taboão). De acordo com o padre, os episódios recentes fizeram com que responsáveis pelas igrejas da região ligassem o sinal de alerta. “Estamos estudando medidas para coibir essas ações”.
O vigia Sebastião Silvério de Godoy, 66 anos, que foi o primeiro a entrar na igreja após o primeiro caso de invasão lamenta a série de ocorrências. “Foi um dia terrível. Quando o padre informou que não teria missa por conta do roubo, muitas pessoas choraram.”
Também recentemente, a capela São Gerônimo, parte da Paróquia Nossa Senhora de Guadalupe, localizada no Parque Miami, em Santo André, foi furtada. No dia 7 de agosto, os ladrões levaram mesa e caixas de som. “Chegaram a espalhar as hóstias no chão”, contou o pároco, padre Cícero Soares da Silva.
Na Igreja Nossa Senhora do Bom Parto, na Vila Clarice, em Santo André, a ocorrência ocorreu na madrugada do dia 29 de maio. “Quando a secretária chegou pela manhã, viu que tinham entrado na igreja. Abriram a porta do sacrário e derrubaram a eucaristia. Levaram dois retornos de som”, contou o pároco, padre Renato Fernandez.
O caso mais antigo, de 2015, foi registrado em Rio Grande da Serra, na capela São Joaquim, que faz parte da Paróquia São Sebastião. Utilizado para celebração de missas, o local foi invadido e vandalizado. Diversas imagens foram quebradas. A Delegacia de Polícia da cidade investiga o caso, mas não localizou os responsáveis.
O bispo dom Pedro Carlos Cipollini acredita que o aumento de igrejas profanadas está relacionado à intolerância. “São casos que não acontecem para roubar, para comer ou levar algo de valor, por exemplo. O intuito é profanar e isso é muito mau. Mostra que a intolerância vai chegando no aspecto religioso”, afirmou.
Em nota, a SSP (Secretaria da Segurança Pública) do Estado informou que as ocorrências de Santo André e de Diadema, registradas como furto, estão sendo investigadas pela Polícia Civil. “Diligências estão em andamento, visando identificar e prender os autores”, reforça o texto, emendando que não foi identificada ligação entre os casos tampouco “elementos que indiquem que os crimes foram praticados por intolerância religiosa”.
Já a Polícia Militar ressaltou, em nota, que os locais onde ficam as igrejas são prioridades do patrulhamento.
(Colaborou Daniel Macário)
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