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DATA DA PUBLICAÇÃO 11/10/2009 | Política
Idosos têm espaço garantido no Legislativo
O currículo é perfeito. A pessoa tem experiência e preenche todas as qualificações necessárias para a vaga, porém tem mais de 50 anos. Nas empresas privadas a idade é um dos fatores que podem desclassificar uma a pessoa na disputa de uma vaga. Realidade totalmente diferente do cenário político, onde ser mais velho é um dos requisitos para ser eleito.

Para disputar uma cadeira no Congresso, assembleias e câmaras municipais não precisam apresentar qualificações profissionais (currículo) e sim um plano político para utilizar durante a campanha eleitoral e, claro, ser bastante conhecido entre a população. "A idade não é relevante nas eleições. Esse fator não faz parte da plataforma política do candidato", diz José Luiz Telles, presidente do Conselho Nacional do Direito do Idoso. Dos 108 vereadores do Grande ABC, 48 têm entre 78 e 50 anos.

Realmente a idade não faz parte da plataforma eleitoral de nenhum candidato, porém, na hora de escolher um, os eleitores tendem a optar pela experiência e pelos mais conhecidos. Resultado: os eleitos acabam sendo os mais velhos, pois já têm uma carreira política consolidada. Para o diretor acadêmico da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo, Aldo Fornazieri, é normal a política agregar pessoas mais velhas. "Ser conhecido leva tempo. Então é natural que a política seja formada pelos mais experientes".

Experiência essa que nas empresas privadas não é levada em conta. "As empresas, principalmente as ocidentais, valorizam absurdamente a juventude e descartam a experiência, inclusive de vida, e capacidade dos mais velhos", diz a professora de sociologia política da Faculdade de Educação da USP, Maria Vitória Benevides.

A socióloga considera que na política há um "preconceito positivo" aos mais velhos. "A idade, a experiência são fatores que dão credibilidade a um político e não deixam de ser preconceitos, pois um político mais velho pode levar adiante o pior da política brasileira, praticada por ele durante anos." Ela é a favor da limitação de mandatos também para senadores, deputados e vereadores, assim como acontece com os ocupantes de cargos no Poder Executivo (presidente, governadores e prefeitos). "Exercer mandatos públicos é importante, mas não pode virar uma profissão. Hoje, a reeleição contínua favorece essa situação."

Região
A idade média dos vereadores nas sete câmaras municipais do Grande ABC varia entre 47 e 51 anos. A cidade com a média etária mais alta é São Caetano, enquanto a cidade que tem mais vereadores com 50 anos ou mais é São Bernardo: dos 21 vereadores, 11 estão nessa faixa de idade, A diferença entre o vereador mais velho da região (Pastor Altino, do PRB de Mauá) com o mais novo (Marcelo Lima, do PPS de São Bernardo) é de 52 anos

Por Loli Puertas - Diário Online
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