DATA DA PUBLICAÇÃO 04/09/2014 | Geral
Idosos não conseguem gratuidade em ônibus
Lei garante transporte intermunicipal gratuito, mas idosos entre 60 e 64 anos não conseguem o Cartão BOM Sênior. Foto: Amanda Perobelli
Usuários entre 60 e 64 anos têm dificuldade em adquirir cartão da EMTU
Apesar de a Lei 15.187 garantir gratuidade no transporte intermunicipal para idosos a partir de 60 anos desde 2 de julho deste ano, os usuários ainda não conseguem o Cartão BOM Sênior, que garante o direito.
O projeto de lei para diminuir a faixa etária mínima de gratuidade, que antes era de 65 anos, aguardava decreto para regulamentação desde outubro de 2013. Na Região, o direito deve ser garantido nas linhas da EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos), assim como nos trólebus da Metra, que circulam no Corredor ABD. A previsão da Secretaria de Transportes do Estado é que o cartão seja emitido apenas em 2015.
Em nota, a EMTU, que emite os cartões, afirmou que existem ajustes técnicos em andamento. Uma alternativa apontada é a apresentação de documento de identidade oficial com foto no ato do embarque. O usuário deve reclamar na Central quando alguma empresa não permitir a gratuidade sem o cartão magnético.
Utilizar-se desse direito não é simples. A aposentada Nilce Carvalho tem 61 anos, mora em São Bernardo e foi orientada a solicitar no Poupatempo um carimbo no RG para não pagar a passagem enquanto o cartão não fosse emitido, mas também não conseguiu o serviço. “O motorista de trólebus não abre a porta quando mostro o RG sem o carimbo.”
O aposentado Walysbalde José Santos, 64 anos, mora na divisa de São Paulo com Diadema, utiliza linhas intermunicipais na Região e contou não ter conseguido emitir o cartão. “Não ando com meu RG porque uso sempre a carteira da Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas) para identificação e os motoristas não sabem que é um documento”, disse Santos.
Alguns passageiros não apresentam a identidade por receio de serem barrados pelo motorista ou cobrador, gerando constrangimento no ato do embarque. “Moro longe de muitos serviços e comércios [em Paranapiacaba]. Mas nem me atrevo a mostrar o RG porque não aceitam e acham ruim quando entram pela porta de trás sem ter 65 anos”, contou Lúcia Marques, 63 anos.
Trem e metrô - Para o embarque na CPTM e Metrô, a idade mínima é 60 anos e o Bilhete Único está sendo emitido normalmente, assim como os cartões municipais de transporte. O embarque para maiores de 65 anos pode ser feito apenas com apresentação de documento de identidade com foto.
Apesar de a Lei 15.187 garantir gratuidade no transporte intermunicipal para idosos a partir de 60 anos desde 2 de julho deste ano, os usuários ainda não conseguem o Cartão BOM Sênior, que garante o direito.
O projeto de lei para diminuir a faixa etária mínima de gratuidade, que antes era de 65 anos, aguardava decreto para regulamentação desde outubro de 2013. Na Região, o direito deve ser garantido nas linhas da EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos), assim como nos trólebus da Metra, que circulam no Corredor ABD. A previsão da Secretaria de Transportes do Estado é que o cartão seja emitido apenas em 2015.
Em nota, a EMTU, que emite os cartões, afirmou que existem ajustes técnicos em andamento. Uma alternativa apontada é a apresentação de documento de identidade oficial com foto no ato do embarque. O usuário deve reclamar na Central quando alguma empresa não permitir a gratuidade sem o cartão magnético.
Utilizar-se desse direito não é simples. A aposentada Nilce Carvalho tem 61 anos, mora em São Bernardo e foi orientada a solicitar no Poupatempo um carimbo no RG para não pagar a passagem enquanto o cartão não fosse emitido, mas também não conseguiu o serviço. “O motorista de trólebus não abre a porta quando mostro o RG sem o carimbo.”
O aposentado Walysbalde José Santos, 64 anos, mora na divisa de São Paulo com Diadema, utiliza linhas intermunicipais na Região e contou não ter conseguido emitir o cartão. “Não ando com meu RG porque uso sempre a carteira da Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas) para identificação e os motoristas não sabem que é um documento”, disse Santos.
Alguns passageiros não apresentam a identidade por receio de serem barrados pelo motorista ou cobrador, gerando constrangimento no ato do embarque. “Moro longe de muitos serviços e comércios [em Paranapiacaba]. Mas nem me atrevo a mostrar o RG porque não aceitam e acham ruim quando entram pela porta de trás sem ter 65 anos”, contou Lúcia Marques, 63 anos.
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