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DATA DA PUBLICAÇÃO 03/03/2015 | Setecidades
Idoso de 82 anos é agredido por estudante universitário
 Idoso de 82 anos é agredido por estudante universitário Foto: André Henriques/DGABC
Foto: André Henriques/DGABC
O aposentado Ítalo Paschoalini, 82 anos, foi agredido pelo estudante Eduardo Acunzo Baionne, 19 anos, que participava de festa em república da UFABC (Universidade Federal do ABC). O caso aconteceu na sexta-feira, na Rua Suíça, no Parque das Nações, em Santo André, e teria começado quando o idoso chamou a atenção do jovem, que urinava em frente à sua casa.

Segundo a vítima, o aluno acabou se irritando com as reclamações e desferiu diversos socos em sua cabeça. Com ferimentos também nos braços e pernas, Paschoalini foi encaminhado para o CHM (Centro Hospitalar Municipal).

Conforme o aposentado, que mora na via há 65 anos, tudo aconteceu por volta das 20h. “Tinha acabado de sair do banho. Escutei o som alto e fui dar uma olhada. Sempre que tem essas festas, os jovens costumam usar a rua como banheiro e motel. Quando abri o portão, vi o rapaz fazendo xixi na frente da minha casa. Disse que ali não era lugar para fazer isso e que pegaria a mangueira para lavar a calçada. Quando voltei, ele me deu uma gravata e dez socos seguidos na cabeça. Não satisfeito, disse: ‘Só não bato mais em você porque é velho’”, diz Paschoalini, que ainda afirma que não recebeu nenhuma ajuda do acusado ou da família. “Eles não foram me visitar para ver se precisava de algo. O advogado do rapaz ainda falou com minha neta via Facebook e mandou-a parar de postar fotos (dos machucados).”

Baionne foi encaminhado para o 2º DP (Utinga), onde o caso foi registrado como lesão corporal e perturbação da tranquilidade. No local, o estudante afirmou ter empurrado o aposentado, mas disse que, em seguida, teria se arrependido e o ajudado a se levantar.

O pai do universitário, Rogério Baionne, relatou que a família vem sofrendo constantes ameaças após o episódio. “Desde sexta, quando as fotos se espalharam pela internet, não conseguimos sair de casa. Meu filho vem sendo ameaçado de morte pela internet, inclusive, estamos recebendo ligações de pessoas que querem saber nosso endereço. Com medo, decidimos que ele vai trancar a faculdade”, relata o pai, que se mostrou bastante abalado. “Apesar de ser um senhor de idade, confio no meu filho e acredito que ele também foi agredido. Ele está destruindo a vida do meu filho. Isso que está falando não é verdade. A versão dele é uma, a nossa é outra. Ambos são culpados, mas ele também não pode negar que agrediu meu filho, que se propôs a ajudá-lo. As pessoas, nessas horas, nem se lembram de que ele é estudante de uma universidade federal e que se dedicou bastante para estar lá.”

Em nota, a UFABC disse que repudia e não compactua com qualquer forma de violência de seus alunos. “Como os fatos não ocorreram nas dependências da UFABC, não temos a prerrogativa nem as condições necessárias para investigar o ocorrido. Reforçamos, porém, a defesa da solução dos problemas no âmbito do Estado Democrático de Direito e nos colocamos à disposição para contribuir com a justiça.”

Já a Associação das Repúblicas UFABC, responsável pela organização das festas dos universitários, declarou em publicação no Facebook que, com o crescimento de jovens que têm comparecido às festividades, “é difícil ter controle de situações e atitudes isoladas como esta”. Além disso, a associação diz ainda que “em praticamente nove anos de existência da UFABC e incontáveis confraternizações e eventos, nunca havia ocorrido fato como este.”

Moradores reclamam de festas no entorno do campus

O episódio de sexta-feira foi mais um para a conta dos moradores que vivem no entorno do campus Santo André da UFABC (Universidade Federal do ABC). Segundo relatos, as festas organizadas por universitários tiram a paz de quem vive ao lado de repúblicas.

O cirurgião dentista Renato Miguel Tescaro, 55 anos, diz que jovens fazem da rua o espaço do evento. “A cada 15 dias é a mesma coisa. Meninas e meninos urinando ou praticando sexo nos nossos portões, sem contar a música alta. Nada é feito para resolver.”

Segundo a professora Darli Vaccari, 58, os ingressos custam em torno de R$ 50 e a bebida é à vontade. “Vêm pessoas de todos os lugares, cerca de 200 a 300 por festa. Eles bebem e vira essa baderna.”

Segundo a Associação das Repúblicas UFABC, fatos isolados como este ajudam a repensar alguns pontos falhos que necessitam de melhora e levam a estruturar cada vez melhor os eventos. “Pedimos desculpas aos vizinhos pelo incômoda gerado e trabalharemos em conjunto com as outras entidades para que a comunidade não seja mais prejudicada.”

Abuso da bebida pode levar a casos como o que aconteceu no sábado, quando um jovem de 23 anos morreu em festa universitária em Bauru, no interior paulista, após a ingestão excessiva de álcool. Outras três pessoas foram internadas em estado grave.

Por Daniel Macário - Especial para o Diário
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