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DATA DA PUBLICAÇÃO 09/08/2007 | Setecidades
Idoso continua pagando interestadual
Os idosos pagam caro pela falta de informação nas rodoviárias do Grande ABC. A legislação que concede passagens gratuitas em ônibus interestaduais a pessoas com mais de 60 anos e renda de até dois salários mínimos ainda é pouco conhecida e utilizada.

Nenhum dos guichês de venda de passagens da região informa aos clientes como conseguir o benefício. O Diário visitou os terminais de Santo André e São Bernardo e não encontrou cartazes que mencionassem a lei.

De acordo com decreto da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), baseado no Estatuto do Idoso, o direito deve ser disponibilizado em qualquer terminal que sirva de ponto de partida para o destino escolhido.

As empresas não podem, dessa forma, encaminhar o passageiro a terminais centrais, como Tietê e Barra Funda, na Capital. Se o idoso apresentar os documentos necessários e respeitar o prazo de antecedência estabelecido, o bilhete deve ser expedido, sem restrições.

Na prática, porém, as regras são burladas. A costureira Maria Zilá, 35 anos, conta que sua mãe tentou obter o direito em São Bernardo assim que a lei foi aprovada, ano passado, mas não conseguiu. “O funcionário disse que não tinha vaga e não ofereceu o desconto.”

A recusa pode resultar em multa de até R$ 3 mil. “Não podemos ser prejudicados. As pessoas que trabalham nas rodoviárias deveriam informar que temos esse direito. Tive de economizar para pagar meu bilhete”, reclama a aposentada Maria Viana, 72 anos.

=> "Não sobrou dinheiro nem para o lanche"

O percurso até a cidade de Caraí, em Minas Gerais, será ainda mais sofrido para Juasina Alves Ferreira, 62 anos. Ontem à tarde, quando soube que perdeu R$ 137 na passagem de ônibus, a dona de casa lamentou a falta de gentileza das empresas e funcionários das rodoviárias da região.

A filha, Sueli Alves Ferreira, explica o motivo. “Minha mãe está viajando sem dinheiro algum, nem para o lanche. Não sobrou nada por causa do valor alto da passagem. Custava ao funcionário que nos vendeu o bilhete avisar que podíamos ter a gratuidade”, pergunta.

A falta de cartazes não é comentada pelas empresas. Nos guichês, os funcionários não oferecem o benefício, somente comentam a possibilidade do bilhete gratuito quando indagados a respeito. “No Brasil é assim. Quem não conhece seus direitos, é prejudicado”, completa Jair Burim, 64.

Por Adriana Ferraz - Diário do Grande ABC / Foto: Nário Barbosa
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