DATA DA PUBLICAÇÃO 15/07/2008 | Política
Idade média de prefeituráveis é de 49,5
Em 5 de outubro, os eleitores terão de escolher entre o novo e o antigo. Confrontar propostas de inovação com promessas de experiência. Nesta campanha, as diferenças não estão apenas nos planos de governo, mas nos rostos dos candidatos. O prefeiturável mais velho, Newton Brandão (PSDB), de Santo André, soma 53 anos a mais que Alex Manente (PPS), de São Bernardo. A média de idade das 27 opções de urna é de 49,5 anos.
A maior diferença observada em uma mesma cidade está em Mauá. O petista Oswaldo Dias, 66, tem mais que o dobro da idade de Mateus Prado (Psol), 32. Em São Bernardo, a menor média: 40,1 anos. Apenas um dos candidatos passou dos cinqüenta. É Aldo Santos (Psol), 54. Abaixo, no conceito faixa etária, estão Luiz Marinho (PT), 49, Evandro de Lima (PTdoB), 40, e Orlando Morando (PSDB), 33. Manente é o mais novo, com 28 anos.
Rio Grande da Serra também apresenta propostas jovens, a começar pelo prefeito e candidato à reeleição, Adler Kiko Teixeira (PSDB), 36 anos. Neste quesito, o prefeito de Ribeirão Pires, Clóvis Volpi (PV), 60, é o mais velho dos candidatos da cidade. Para o cientista político Aldo Fornazieri, o eleitor leva as diferenças etárias em consideração.
"As pessoas ainda relacionam a idade com a experiência. Na medida em que a democracia se consolida, a trajetória dos candidatos passa a ser comparada. Isso acontece principalmente em disputas de cargos executivos. A aposta fica para o Legislativo", diz Fornazieri, diretor acadêmico da Fesp (Fundação Escola de Sociologia e Política), de São Paulo.
O especialista cita o presidente da República como exemplo. "O Lula passou por quatro disputas para se eleger. O caso Collor - que representava o novo - foi exceção. Veja o governador José Serra (PSDB) e o candidato Luiz Marinho (PT). Eles já foram ministros", completa Fornazieri.
A necessidade de renovação pode superar a idéia de experiência. Esta é a aposta do caçula Alex Manente. "Fui eleito vereador com o maior número de votos. Cheguei à Assembléia Legislativa como o deputado mais novo da região. Tenho experiência, apesar da pouca idade. Este ano, a disputa mostra o anseio da população de buscar uma alternativa", diz.
Do outro lado, o prefeiturável de Santo André, Newton Brandão, 81 anos,defende a experiência na vida pública. "A prática me ensina que a idade ajuda. Meus eleitores podem analisar a minha vida. Cada um julga a sua idade mental e cronológica de acordo com sua saúde e disposição", diz o mais velho dos pleiteantes.
O desequilíbrio de idade pode ser decisivo, segundo o cientista político Fernando Abrucio. "Essa escolha depende de cada momento. Há eleições onde a experiência é privilegiada - serve para quem busca a experiência - e outras onde a renovação tem mais apelo. É o caso do candidato Barack Obama, que tenta a eleição nos Estados Unidos como a proposta da figura nova", analisa o especialista da Fundação Getulio Vargas.
A maior diferença observada em uma mesma cidade está em Mauá. O petista Oswaldo Dias, 66, tem mais que o dobro da idade de Mateus Prado (Psol), 32. Em São Bernardo, a menor média: 40,1 anos. Apenas um dos candidatos passou dos cinqüenta. É Aldo Santos (Psol), 54. Abaixo, no conceito faixa etária, estão Luiz Marinho (PT), 49, Evandro de Lima (PTdoB), 40, e Orlando Morando (PSDB), 33. Manente é o mais novo, com 28 anos.
Rio Grande da Serra também apresenta propostas jovens, a começar pelo prefeito e candidato à reeleição, Adler Kiko Teixeira (PSDB), 36 anos. Neste quesito, o prefeito de Ribeirão Pires, Clóvis Volpi (PV), 60, é o mais velho dos candidatos da cidade. Para o cientista político Aldo Fornazieri, o eleitor leva as diferenças etárias em consideração.
"As pessoas ainda relacionam a idade com a experiência. Na medida em que a democracia se consolida, a trajetória dos candidatos passa a ser comparada. Isso acontece principalmente em disputas de cargos executivos. A aposta fica para o Legislativo", diz Fornazieri, diretor acadêmico da Fesp (Fundação Escola de Sociologia e Política), de São Paulo.
O especialista cita o presidente da República como exemplo. "O Lula passou por quatro disputas para se eleger. O caso Collor - que representava o novo - foi exceção. Veja o governador José Serra (PSDB) e o candidato Luiz Marinho (PT). Eles já foram ministros", completa Fornazieri.
A necessidade de renovação pode superar a idéia de experiência. Esta é a aposta do caçula Alex Manente. "Fui eleito vereador com o maior número de votos. Cheguei à Assembléia Legislativa como o deputado mais novo da região. Tenho experiência, apesar da pouca idade. Este ano, a disputa mostra o anseio da população de buscar uma alternativa", diz.
Do outro lado, o prefeiturável de Santo André, Newton Brandão, 81 anos,defende a experiência na vida pública. "A prática me ensina que a idade ajuda. Meus eleitores podem analisar a minha vida. Cada um julga a sua idade mental e cronológica de acordo com sua saúde e disposição", diz o mais velho dos pleiteantes.
O desequilíbrio de idade pode ser decisivo, segundo o cientista político Fernando Abrucio. "Essa escolha depende de cada momento. Há eleições onde a experiência é privilegiada - serve para quem busca a experiência - e outras onde a renovação tem mais apelo. É o caso do candidato Barack Obama, que tenta a eleição nos Estados Unidos como a proposta da figura nova", analisa o especialista da Fundação Getulio Vargas.
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