DATA DA PUBLICAÇÃO 22/07/2012 | Economia
Hotéis e restaurantes podem aproveitar demanda da Copa
Liau passou por reforma e integra rede hoteleira da Região. Foto: Luciano Vicioni
Expectativa é de evento mundial trazer turistas para o ABCD devido à grande a ocupação na Capital
Um ano, 11 meses e alguns dias. Esse é o tempo que falta para a Copa do Mundo no Brasil, que terá o jogo de abertura em 12 de julho de 2014 no Itaquerão, estádio em construção na Capital. Especialistas afirmam que o evento vai impulsionar o turismo não apenas nas cidades sedes dos jogos, mas também no entorno delas, como no ABCD.
De acordo com projeção de 2011 feita pelo Ministério dos Esportes, o Brasil poderá gastar cerca de R$ 47 bilhões – seja no custo direto com os investimentos do governo, seja indireto, na produção industrial.
Não bastasse a demanda por infraestrutura turística no período da Copa de 2014, a entrada no mercado de consumo de aproximadamente 50 milhões de brasileiros com a elevação do padrão de renda das classes C, D e E já aponta para a necessidade de o País ficar atento para esse setor da economia.
Rede hoteleira - O ABCD pode se tornar um polo para abrigar os turistas durante o evento, de acordo com o professor de Ciências Econômicas da Universidade Metodista de São Paulo, David Heidorme. “O Itaquerão, onde vão ser realizados seis jogos, fica próximo daqui, uns 20 km”. O economista ressalta haver prazo para outras obras. “Mesmo em processo lento, o ABCD e o Brasil vão atender à demanda de turistas. A África do Sul também deixou muita coisa para fazer nos 12 meses anteriores à Copa de 2010 e todo mundo achava que não ia dar tempo.”
Wilson Bianchi, presidente do Sehal (Sindicato das Empresas de Hospedagem e Alimentação do ABC), ressalta, entretanto, que a Região não dará conta da atual procura por hotéis e é preciso ampliar a rede hoteleira. “Temos que nos preparar”. Para Bianchi, duas coisas são importantes: a iniciativa privada investir no setor hoteleiro e o governo reduzir a burocracia para construção dos hotéis, como na aprovação de licença ambiental.
Alimentação - De acordo com o consultor do Sebrae regional (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), Marcelo Alciati, hoje a demanda de alimentação fora do lar é maior do que nos últimos anos, inclusive na Região, devido à evolução de renda e oferta de crédito à classe C. O executivo destaca que o setor hoteleiro é ligado ao de alimentação, que pode se beneficiar com o evento. “O foco da Copa será em São Paulo, mas o turista que vem para o Brasil gosta de conhecer vários lugares.”
Planejamento - Cristiane Coradine, coordenadora do Grupo de Turismo do Consórcio de Prefeitos da Região, conta que tem havido conversas entre todas as prefeituras do ABCD sobre a Copa. “Existe esse diálogo, essa intenção de se unir e reter forças para atrair turistas para a Região”. Cristiane ressalta que as prefeituras já entraram em contato com a rede hoteleira Blue Tree para discutir a construção de um novo hotel na Região, além do que já mantém em Santo André. A empresa informa, em nota, que tem planos de expansão no ABCD.
Santo André possui ainda, por exemplo, os hotéis Ibis e Mercure. Outro hotel da Região é o Liau, em São Bernardo, que passou por reforma recentemente.
A Rede Accor anuncia que construirá no município, também, um hotel da marca Adagio. “A questão é se preparar para a Copa e aproveitar depois”, afirma Cristiane, sobre o turismo que poderia ser gerado e mantido depois do evento.
Região se prepara para o mundial
De olho nas demandas para setores do comércio e serviço, as prefeituras se preparam para aproveitar a oportunidade.
Jefferson José da Conceição, secretário de Desenvolvimento Econômico de São Bernardo, ressalta que é importante a ampliação da rede hoteleira na cidade, independentemente da Copa. Conceição conta que a Prefeitura tem tido conversas com empresas e há novos projetos de hotéis, mas prefere não revelar quais para não atrapalhar as discussões. Também ressalta conversa com o Consórcio de Prefeitos sobre a inclusão de cardápios bilíngues em restaurantes do ABCD.
Qualificação - O restaurante-escola inaugurado pela Prefeitura de São Bernardo em conjunto com o Sehal tem capacidade para qualificar até 950 profissionais com cursos na área de gastronomia. Na cidade, o estádio 1º de Maio foi pré-escolhido para abrigar treinos de seleções.
A Prefeitura de São Caetano lembra que a cidade é candidata a ter o treinamento de alguma seleção estrangeira. O município disputa a oportunidade com São Bernardo e Santo André. A discussão é feita pelo comitê estadual da Copa. Mauá informa que ainda não há preparativos em andamento na cidade.
Já Luis Paulo Bresciani, chefe da pasta em Diadema, destaca a importância do projeto para a construção do primeiro complexo hoteleiro na cidade. “É um impacto positivo para recebermos turistas de negócios. Desta forma eles não serão obrigados a se hospedar em outros lugares”, ressalta o secretário.
Um ano, 11 meses e alguns dias. Esse é o tempo que falta para a Copa do Mundo no Brasil, que terá o jogo de abertura em 12 de julho de 2014 no Itaquerão, estádio em construção na Capital. Especialistas afirmam que o evento vai impulsionar o turismo não apenas nas cidades sedes dos jogos, mas também no entorno delas, como no ABCD.
De acordo com projeção de 2011 feita pelo Ministério dos Esportes, o Brasil poderá gastar cerca de R$ 47 bilhões – seja no custo direto com os investimentos do governo, seja indireto, na produção industrial.
Não bastasse a demanda por infraestrutura turística no período da Copa de 2014, a entrada no mercado de consumo de aproximadamente 50 milhões de brasileiros com a elevação do padrão de renda das classes C, D e E já aponta para a necessidade de o País ficar atento para esse setor da economia.
Rede hoteleira - O ABCD pode se tornar um polo para abrigar os turistas durante o evento, de acordo com o professor de Ciências Econômicas da Universidade Metodista de São Paulo, David Heidorme. “O Itaquerão, onde vão ser realizados seis jogos, fica próximo daqui, uns 20 km”. O economista ressalta haver prazo para outras obras. “Mesmo em processo lento, o ABCD e o Brasil vão atender à demanda de turistas. A África do Sul também deixou muita coisa para fazer nos 12 meses anteriores à Copa de 2010 e todo mundo achava que não ia dar tempo.”
Wilson Bianchi, presidente do Sehal (Sindicato das Empresas de Hospedagem e Alimentação do ABC), ressalta, entretanto, que a Região não dará conta da atual procura por hotéis e é preciso ampliar a rede hoteleira. “Temos que nos preparar”. Para Bianchi, duas coisas são importantes: a iniciativa privada investir no setor hoteleiro e o governo reduzir a burocracia para construção dos hotéis, como na aprovação de licença ambiental.
Alimentação - De acordo com o consultor do Sebrae regional (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), Marcelo Alciati, hoje a demanda de alimentação fora do lar é maior do que nos últimos anos, inclusive na Região, devido à evolução de renda e oferta de crédito à classe C. O executivo destaca que o setor hoteleiro é ligado ao de alimentação, que pode se beneficiar com o evento. “O foco da Copa será em São Paulo, mas o turista que vem para o Brasil gosta de conhecer vários lugares.”
Planejamento - Cristiane Coradine, coordenadora do Grupo de Turismo do Consórcio de Prefeitos da Região, conta que tem havido conversas entre todas as prefeituras do ABCD sobre a Copa. “Existe esse diálogo, essa intenção de se unir e reter forças para atrair turistas para a Região”. Cristiane ressalta que as prefeituras já entraram em contato com a rede hoteleira Blue Tree para discutir a construção de um novo hotel na Região, além do que já mantém em Santo André. A empresa informa, em nota, que tem planos de expansão no ABCD.
Santo André possui ainda, por exemplo, os hotéis Ibis e Mercure. Outro hotel da Região é o Liau, em São Bernardo, que passou por reforma recentemente.
A Rede Accor anuncia que construirá no município, também, um hotel da marca Adagio. “A questão é se preparar para a Copa e aproveitar depois”, afirma Cristiane, sobre o turismo que poderia ser gerado e mantido depois do evento.
Região se prepara para o mundial
De olho nas demandas para setores do comércio e serviço, as prefeituras se preparam para aproveitar a oportunidade.
Jefferson José da Conceição, secretário de Desenvolvimento Econômico de São Bernardo, ressalta que é importante a ampliação da rede hoteleira na cidade, independentemente da Copa. Conceição conta que a Prefeitura tem tido conversas com empresas e há novos projetos de hotéis, mas prefere não revelar quais para não atrapalhar as discussões. Também ressalta conversa com o Consórcio de Prefeitos sobre a inclusão de cardápios bilíngues em restaurantes do ABCD.
Qualificação - O restaurante-escola inaugurado pela Prefeitura de São Bernardo em conjunto com o Sehal tem capacidade para qualificar até 950 profissionais com cursos na área de gastronomia. Na cidade, o estádio 1º de Maio foi pré-escolhido para abrigar treinos de seleções.
A Prefeitura de São Caetano lembra que a cidade é candidata a ter o treinamento de alguma seleção estrangeira. O município disputa a oportunidade com São Bernardo e Santo André. A discussão é feita pelo comitê estadual da Copa. Mauá informa que ainda não há preparativos em andamento na cidade.
Já Luis Paulo Bresciani, chefe da pasta em Diadema, destaca a importância do projeto para a construção do primeiro complexo hoteleiro na cidade. “É um impacto positivo para recebermos turistas de negócios. Desta forma eles não serão obrigados a se hospedar em outros lugares”, ressalta o secretário.
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