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DATA DA PUBLICAÇÃO 06/09/2009 | Cidade
Hospital de Diadema fará cirurgias em travestis
Ambulatório da Capital encaminhará pacientes para cirurgias de remoção de silicone industrial.

A partir da próxima semana, o Hospital Estadual de Diadema vai oferecer cirurgias de remoção de silicone industrial para travestis e transexuais. A iniciativa é pioneira no Estado e partiu da Secretaria Estadual de Saúde. O atendimento médico e o serviço de orientação para a população transexual já ocorre no Ambulatório de Saúde Integral para Travestis e Transexuais, que fica na Capital. A partir de agora, a unidade vai encaminhar os pacientes para a unidade hospitalar de Diadema, que ficará responsável pela parte cirúrgica.

Por falta de condições para fazer a cirurgia de implantação de próteses de silicone, vários transexuais injetam no próprio corpo o material, como explica a coordenadora do Programa Estadual DST/Aids do ambulatório, Maria Clara Gianna. “O silicone industrial é altamente perigoso e pode levar à morte. Sempre orientamos a não fazer o uso desse produto”, afirmou a médica.

De acordo com Maria Clara, o hospital de Diadema tem capacidade profissional para atender a demanda. “A remoção do silicone é importante, pois muitas vezes o produto se espalha pela corrente sanguínea da pessoa causando outras doenças”, explicou. Para o novo serviço, o hospital não vai contratar novos profissionais ou receber investimentos da Secretaria. “O Hospital de Diadema tem infraestrutura e médicos especializados nessa técnica cirúrgica. Contudo, o trabalho preventivo contra doenças sexualmente transmissíveis, acompanhamento pós-operatório e alerta sobre a aplicação de silicone são feitos apenas no ambulatório”, lembrou Maria.

O ambulatório da capital é o único do Estado dedicado a grupos homossexuais. “É uma forma de abrigar no serviço público de saúde essa camada da população que muitas vezes é marginalizada”, ressaltou a coordenadora. Na quarta-feira (09/09), a unidade completa dois meses de funcionamento e já realizou 400 atendimentos. Já são mais de 100 pacientes recebendo assistência integral, com foco nas demandas mais recorrentes desses grupos, como proctologia e urologia.

A Secretaria Estadual da Saúde está firmando parcerias com outros hospitais para ampliar o atendimento aos transexuais. De acordo com informações da assessoria do órgão, um trabalho conjunto com o Hospital das Clínicas já realizou três cirurgias de mudança de sexo.

A coordenadora do programa DST/Aids explicou ainda que o ambulatório da Capital (rua santa Cruz,50, Vila Mariana) vai ficar responsável por fazer a triagem e encaminhar os pacientes para o hospital de Diadema. Conforme explicou a médica, a cirurgia para remoção de silicone geralmente não é complexa. “Mas depende do caso. Algumas aplicações caseiras acabam prejudicando muito o paciente, o que demanda uma atenção maior”, afirmou.

Por Renan Fonseca - ABCD Maior
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