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DATA DA PUBLICAÇÃO 19/04/2010 | Tecnologia
Hospital das Clínicas de SP usa ''GPS cerebral'' em cirurgia
Os aparelhos de GPS são uma mão na roda para que motoristas perdidos achem o caminho certo. Agora, cirurgiões de São Paulo estão usando um equipamento com conceito parecido para se achar, em tempo real, no cérebro dos pacientes durante uma cirurgia. O Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da USP (Universidade de São Paulo) foi o primeiro na América Latina a usar o sistema, chamado de ressonância magnética intraoperatória e apelidada pelo nome mais carinhoso de "GPS cerebral".

Antes de uma cirurgia no cérebro, em geral o paciente passa por uma exame de ressonância magnética (aquele em que você deita em uma maca deslizante e é levado para dentro de uma espécie de câmara em que são feitas imagens do corpo), para que o médico tenha um mapa da região a ser operada e o que precisa ser feito. O problema é que durante a operação as condições mudam, fazendo com que o cirurgião tenha de se guiar com base em uma imagem do passado, que já foi alterada.

O que os cirurgiões estão fazendo agora é levar a máquina para dentro da sala de cirurgia, para que as imagens sejam atualizadas o tempo todo, em tempo real. O cirurgião opera dentro da câmara. Com isso, é possível ver exatamente as condições do cérebro, explica Manoel Jacobsen Teixeira, professor titular de neurocirurgia do instituto.

- Durante a operação é comum que partes do cérebro se desloquem, fazendo com que a imagem inicial não seja mais verdadeira. Com a informação da ressonância durante a cirurgia você consegue corrigir as distorções.

O exame de ressonância magnética feito durante a cirurgia é combinado com um sistema de "neuronavegação", que mostra em um monitor o local em que o cirurgião está mexendo. Por meio de luz infravermelha, o sistema detecta pinças, estiletes, tesouras e outros materiais usados pelo médico e projeta em um "mapa" a região operada, como se fosse um carro aparecendo nas reproduções das ruas em um dispositivo de geolocalização. Pinheiro diz que é como "usar a imagem do GPS para não se perder no meio da Amazônia".

Essa precisão maior reduz o risco de alguém ter de ser operado novamente porque um tumor não foi totalmente retirado ou porque os instrumentos causaram outros danos ao cérebro. Isso é importante também porque, nas palavras do professor da USP, "eu neurocirurgia 1 milímetro pode significar a vida do indivíduo". De acordo com o Instituto de Psiquiatria, "com o método tradicional, cerca de 30% dos pacientes saem da cirurgia com restos do tumor no organismo e chances de recidiva [recaída]".

Em princípio, a tecnologia está sendo usado para remoção de cânceres cerebrais agressivos, tratamento de tumores na hipófise, uma glândula importante que fica na base do cérebro e para correção de má formações no órgão. O sistema, que custou R$ 3 milhões para os cofres do governo de São Paulo, começou a ser usado em pacientes no mês passado e até agora cinco cirurgias foram feitas usando o equipamento. Os pacientes passam bem.

Por Felipe Maia, do R7
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