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DATA DA PUBLICAÇÃO 09/01/2015 | Setecidades
Horta transforma morador de rua em São Bernardo
Horta transforma morador de rua em São Bernardo Ivanildo e Severino colheram nesta quinta o trabalho dos últimos meses. Foto: Rodrigo Pinto
Ivanildo e Severino colheram nesta quinta o trabalho dos últimos meses. Foto: Rodrigo Pinto
Primeira colheita da horta urbana, nesta quinta-feira, resultou em cerca de 600 pés de alface

A satisfação tomou conta de moradores de rua de São Bernardo na tarde desta quinta-feira (08/01), quando puderam colher os frutos de meses de trabalho. Cerca de 600 pés de alface foram colhidos em oito canteiros na horta urbana da Sedesc (Secretaria de Desenvolvimento Social e Cidadania).

O projeto teve início em julho e, após algumas mudas perdidas, 19 pessoas atendidas pelo Centro POP (Centro de Referência para a População em Situação de Rua) colocaram adubo natural na terra e realizaram o plantio que vingou, no fim de outubro de 2014. Conforme a Secretaria, a ideia é criar uma horta comunitária ainda neste ano, para ser fonte de renda.

“Carregar os sacos de terra foi a parte mais difícil do trabalho”, brincou Ivanildo Alves da Silva, 56 anos. “Para mim e meus amigos daqui é um orgulho ver o resultado”, disse Ivanildo, que após um divórcio deixou a casa para a mulher e os filhos no Norte do País.

Os pés de alface foram cultivados sem agrotóxico ou adubos artificiais. “Quando a gente planta com amor, carinho e paciência dá certo. Sempre ficamos cuidando da terra e regando”, contou Severino Francisco, 67 anos, que também cultiva milho, abóbora e feijão na horta da Casa de Integração Social, no Riacho Grande.

Severino cresceu em uma aldeia indígena até os nove anos e trabalhou em lavouras de soja, café e algodão no Paraná, o que causou problemas de saúde por conta de produtos tóxicos. “Vim para São Bernardo para trabalhar, porque ganhava R$ 30 por mês lá. Deixei minha família e não tive mais notícias”, contou. “Depois fiquei cinco anos no albergue, comprava muita cachaça, mas agora consegui parar de beber”, comemorou.

Os moradores de rua recebem orientações profissionais, passam por oficinas de convivência e atendimento no CAPS (Centro de Atenção Psicossocial). O psicólogo Elias Santos acompanha o processo de acolhimento e recuperação e conta que a intenção é promover independência financeira e habitacional. “É uma luta quando conseguimos tirá-los das ruas e uma vitória quando são reintegrados”, contou Santos. Seis participantes da horta urbana já conseguiram emprego.

A oficina é parte da política de segurança alimentar da cidade, por meio do programa São Bernardo sem Miséria, que segue diretrizes do governo federal.

Por Jessica Marques - ABCD Maior
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