DATA DA PUBLICAÇÃO 13/11/2010 | Veículos
Honda quer produzir carro híbrido no Brasil em até dois anos
A Honda planeja produzir em série um carro híbrido no Brasil em até dois anos, revelou o engenheiro Alfredo Guedes nesta sexta-feira (12), quando a marca apresentou à imprensa dois veículos que já utilizam a tecnologia, vendidos no exterior. No país, a fabricação desse tipo de carro, que combina motor a combustão e elétrico, ainda esbarra na burocracia para homologações. Além disso, a montadora japonesa tem realizado muitas conversas com o governo brasileiro em busca de incentivos para esse lançamento. Isso porque a Honda não encara esse tipo de tecnologia como um nicho de mercado.
“Não queremos um carro de marketing, então o preço será próximo ao da versão convencional desse modelo”, diz o engenheiro Alfredo Guedes sobre a intenção de ter um híbrido nacional com escala produtiva que justifique a fabricação local.
Honda Fit Híbrido custará R$ 32 mil e será o mais barato do Japão10 mitos sobre carros elétricos
Empresa lança sistema que aumenta eficiência de elétricos e híbridosGuedes não revela qual automóvel da linha ganhará a tecnologia. No entanto, a possibilidade de ser o New Fit é grande. Até porque sua versão híbrida já foi lançada para o mercado europeu e japonês durante o Salão de Paris. Outro modelo que poderia ganhar a tecnologia é o City, justamente pelo apelo dos sedãs no mercado brasileiro. Porém, em termos de mercado, talvez essa opção não interesse tanto à Honda, por aumentar as chances de o modelo "canibalizar" ainda mais o Civic.
Especulações à parte, o que o engenheiro deixou claro foi que uma das cartas na manga da fabricante japonesa é um projeto de um híbrido flex pronto. Com o conjunto motor elétrico e propulsor a combustão que aceita álcool e gasolina, seria mais fácil argumentar junto ao governo brasileiro, defensor do etanol, pela criação de um plano específico de incentivos a veículos de passeio com a tecnologia.
De acordo com Guedes, como o custo é muito alto, a ajuda do governo por meio de incentivos fiscais é essencial para se ter um preço viável. “Só produziremos esse carro aqui com incentivo”, destaca.
Primeiros passos
Os carros híbridos começaram a chegar ao Brasil apenas neste ano. O primeiro foi o Mercedes-Benz S 400 Hybrid. O próximo lançamento será o Ford Fusion Hybrid, na semana que vem -apresentado a Lula no Salão de SP, o carro fará parte da frota presidencial.
Para se ter uma ideia da defasagem tecnológica do mercado brasileiro nesse sentido, o primeiro modelo híbrido produzido em série, o Toyota Prius, foi lançado no Japão em 1997.
Nesta sexta, o G1 experimentou o CR-Z e o Insight, que estavam no Salão, para avaliar a tecnologia. Os testes aconteceram em circuito fechado de um autódromo em Piracicaba, no interior de São Paulo.
Sistema IMA
Tanto o Honda Insight quanto o CR-Z possuem o sistema batizado de Integrated Motor Assist (IMA) ou, em português, Motor de Assistência Integrado, que utiliza como principal fonte de energia o motor a gasolina com baixa emissão de poluentes, auxiliado por outro elétrico. É o chamado sistema híbrido paralelo. O propulsor elétrico é carregado por meio da energia cinética convertida em energia elétrica durante frenagens e desacelerações.
Para reduzir ainda mais o consumo de combustível, o conjunto do Insight está associado a uma transmissão de variação contínua (CVT), que tem como uma das características respostas mais rápidas e precisas. O CR-Z é o primeiro híbrido da história equipado com câmbio manual, com caixa de seis velocidades.
Os modelos contam ainda com o sistema start-stop, que desliga o motor quando o carro para, e religa automaticamente, ao pisar no acelerador. Durante a avaliação, foi possível conferir o funcionamento desse sistema. Diferentemente do start-stop de alguns modelos já no mercado, o desenvolvido pela Honda é quase imperceptível. Só é possível perceber que o carro está desligado por causa da ausência de barulho e porque a potência do ar-condicionado diminui automaticamente. O mais importante: o ar não chega a desligar, o que é um alívio ao considerar o trânsito das grandes cidades. Ao tirar o pé do freio, sente-se levemente o ligar do motor a combustão.
Honda Insight
Tanta tecnologia não faz a menor diferença na sensação de dirigir, afinal, é como se tratasse de um carro normal. A não ser quando o motor elétrico entra em funcionamento sozinho, pois ele, além de proporcionar zero emissão, não emite barulho algum. No caso do Insight, em velocidades constantes entre 30 km/h e 40 km/h, o motor elétrico assume.
Para o condutor, o que faz diferença mesmo é a série de recursos que o modelo oferece graças à eletrônica. O maior destaque fica para o sistema Eco Assist, tecnologia desenvolvida para aproveitar melhor a energia que o veículo utiliza.
Ao apertar o botão “Econ”, localizado no painel do motorista, diversos parâmetros do software do veículo se modificam, para alcançar uma redução significativa do consumo de combustível. Na prática, o carro assume o controle. Ele modifica ligeiramente a resposta de aceleração, que é mais progressiva para evitar acelerações desnecessárias e produz a troca de marcha com baixa rotação do motor para reduzir o consumo. Também adianta a parada do motor, inclusive antes do veículo parar por completo. tudo pode ser acompanhado pelas informações através da cor do velocímetro e da barra branca do painel de multi-informação.
Quando se dirige com suavidade e controle, o ponteiro estará no verde, contudo, se o motorista dirigir sem cautela, de maneira agressiva, o ponteiro ficará azul. Da mesma maneira, o condutor deve tentar manter a barra lateral branca o mais centralizada possível, para uma economia mais eficiente.
O Insight é equipado com um motor 1.3 de baixa fricção e um elétrico compacto. Juntos, eles rendem 120 cv de potência e garantem consumo entre 26 km/l e 30 km/l.
Honda CR-Z
Já o cupê híbrido funciona com o motor 1.5 i-VTEC sempre ligado. As baterias elétricas só entram em ação para oferecer torque extra em acelerações e retomadas de velocidade. Assim, os motores garantem 140 cv de potência e emitem 117 g/km de CO2.
Porém, o CR-Z conta com três modos de condução, o 3-Mode Drive System (Sport, Normal e Econ). O sistema é acionado por meio de botões instalados à esquerda do volante e permite ao motorista escolher entre opções que alteram a resposta do acelerador e o nível de assistência fornecida pelo sistema IMA.
O modo Sport altera as respostas de aceleração, direção e assistência elétrica, priorizando o desempenho. Por outro lado, o modo Econ, como no Insight, é ajustado para a economia de combustível, com o motor elétrico dando prioridade total ao menor consumo. Já o modo Normal mantém as configurações de direção, motor e ar-condicionado sem alterações.
Ao fim, carro dá parabéns ao condutor
Para estimular a direção econômica, além do apelo no bolso ao abastecer, o carro vem com uma espécie de game. Quando o motorista termina um percurso, ele aciona um botão na alavanca de comandos que fica ao volante. No painel, aparece um balanço de como foi a condução, que utiliza uma sequência de flores. Sim, flores. Se o condutor conseguir completar, cabo, folha e flor desta série, ele ganha um “parabéns do carro”, com direito a uma imagem de troféu. Uma espécie de “score”. Dá para se divertir.
“Não queremos um carro de marketing, então o preço será próximo ao da versão convencional desse modelo”, diz o engenheiro Alfredo Guedes sobre a intenção de ter um híbrido nacional com escala produtiva que justifique a fabricação local.
Honda Fit Híbrido custará R$ 32 mil e será o mais barato do Japão10 mitos sobre carros elétricos
Empresa lança sistema que aumenta eficiência de elétricos e híbridosGuedes não revela qual automóvel da linha ganhará a tecnologia. No entanto, a possibilidade de ser o New Fit é grande. Até porque sua versão híbrida já foi lançada para o mercado europeu e japonês durante o Salão de Paris. Outro modelo que poderia ganhar a tecnologia é o City, justamente pelo apelo dos sedãs no mercado brasileiro. Porém, em termos de mercado, talvez essa opção não interesse tanto à Honda, por aumentar as chances de o modelo "canibalizar" ainda mais o Civic.
Especulações à parte, o que o engenheiro deixou claro foi que uma das cartas na manga da fabricante japonesa é um projeto de um híbrido flex pronto. Com o conjunto motor elétrico e propulsor a combustão que aceita álcool e gasolina, seria mais fácil argumentar junto ao governo brasileiro, defensor do etanol, pela criação de um plano específico de incentivos a veículos de passeio com a tecnologia.
De acordo com Guedes, como o custo é muito alto, a ajuda do governo por meio de incentivos fiscais é essencial para se ter um preço viável. “Só produziremos esse carro aqui com incentivo”, destaca.
Primeiros passos
Os carros híbridos começaram a chegar ao Brasil apenas neste ano. O primeiro foi o Mercedes-Benz S 400 Hybrid. O próximo lançamento será o Ford Fusion Hybrid, na semana que vem -apresentado a Lula no Salão de SP, o carro fará parte da frota presidencial.
Para se ter uma ideia da defasagem tecnológica do mercado brasileiro nesse sentido, o primeiro modelo híbrido produzido em série, o Toyota Prius, foi lançado no Japão em 1997.
Nesta sexta, o G1 experimentou o CR-Z e o Insight, que estavam no Salão, para avaliar a tecnologia. Os testes aconteceram em circuito fechado de um autódromo em Piracicaba, no interior de São Paulo.
Sistema IMA
Tanto o Honda Insight quanto o CR-Z possuem o sistema batizado de Integrated Motor Assist (IMA) ou, em português, Motor de Assistência Integrado, que utiliza como principal fonte de energia o motor a gasolina com baixa emissão de poluentes, auxiliado por outro elétrico. É o chamado sistema híbrido paralelo. O propulsor elétrico é carregado por meio da energia cinética convertida em energia elétrica durante frenagens e desacelerações.
Para reduzir ainda mais o consumo de combustível, o conjunto do Insight está associado a uma transmissão de variação contínua (CVT), que tem como uma das características respostas mais rápidas e precisas. O CR-Z é o primeiro híbrido da história equipado com câmbio manual, com caixa de seis velocidades.
Os modelos contam ainda com o sistema start-stop, que desliga o motor quando o carro para, e religa automaticamente, ao pisar no acelerador. Durante a avaliação, foi possível conferir o funcionamento desse sistema. Diferentemente do start-stop de alguns modelos já no mercado, o desenvolvido pela Honda é quase imperceptível. Só é possível perceber que o carro está desligado por causa da ausência de barulho e porque a potência do ar-condicionado diminui automaticamente. O mais importante: o ar não chega a desligar, o que é um alívio ao considerar o trânsito das grandes cidades. Ao tirar o pé do freio, sente-se levemente o ligar do motor a combustão.
Honda Insight
Tanta tecnologia não faz a menor diferença na sensação de dirigir, afinal, é como se tratasse de um carro normal. A não ser quando o motor elétrico entra em funcionamento sozinho, pois ele, além de proporcionar zero emissão, não emite barulho algum. No caso do Insight, em velocidades constantes entre 30 km/h e 40 km/h, o motor elétrico assume.
Para o condutor, o que faz diferença mesmo é a série de recursos que o modelo oferece graças à eletrônica. O maior destaque fica para o sistema Eco Assist, tecnologia desenvolvida para aproveitar melhor a energia que o veículo utiliza.
Ao apertar o botão “Econ”, localizado no painel do motorista, diversos parâmetros do software do veículo se modificam, para alcançar uma redução significativa do consumo de combustível. Na prática, o carro assume o controle. Ele modifica ligeiramente a resposta de aceleração, que é mais progressiva para evitar acelerações desnecessárias e produz a troca de marcha com baixa rotação do motor para reduzir o consumo. Também adianta a parada do motor, inclusive antes do veículo parar por completo. tudo pode ser acompanhado pelas informações através da cor do velocímetro e da barra branca do painel de multi-informação.
Quando se dirige com suavidade e controle, o ponteiro estará no verde, contudo, se o motorista dirigir sem cautela, de maneira agressiva, o ponteiro ficará azul. Da mesma maneira, o condutor deve tentar manter a barra lateral branca o mais centralizada possível, para uma economia mais eficiente.
O Insight é equipado com um motor 1.3 de baixa fricção e um elétrico compacto. Juntos, eles rendem 120 cv de potência e garantem consumo entre 26 km/l e 30 km/l.
Honda CR-Z
Já o cupê híbrido funciona com o motor 1.5 i-VTEC sempre ligado. As baterias elétricas só entram em ação para oferecer torque extra em acelerações e retomadas de velocidade. Assim, os motores garantem 140 cv de potência e emitem 117 g/km de CO2.
Porém, o CR-Z conta com três modos de condução, o 3-Mode Drive System (Sport, Normal e Econ). O sistema é acionado por meio de botões instalados à esquerda do volante e permite ao motorista escolher entre opções que alteram a resposta do acelerador e o nível de assistência fornecida pelo sistema IMA.
O modo Sport altera as respostas de aceleração, direção e assistência elétrica, priorizando o desempenho. Por outro lado, o modo Econ, como no Insight, é ajustado para a economia de combustível, com o motor elétrico dando prioridade total ao menor consumo. Já o modo Normal mantém as configurações de direção, motor e ar-condicionado sem alterações.
Ao fim, carro dá parabéns ao condutor
Para estimular a direção econômica, além do apelo no bolso ao abastecer, o carro vem com uma espécie de game. Quando o motorista termina um percurso, ele aciona um botão na alavanca de comandos que fica ao volante. No painel, aparece um balanço de como foi a condução, que utiliza uma sequência de flores. Sim, flores. Se o condutor conseguir completar, cabo, folha e flor desta série, ele ganha um “parabéns do carro”, com direito a uma imagem de troféu. Uma espécie de “score”. Dá para se divertir.
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