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DATA DA PUBLICAÇÃO 13/03/2011 | Turismo
História de Noronha tem causos que escolas não contam
O rei luso d. Manuel 1º precisava de capitais para explorar o Brasil e o cristão-novo Fernando de Noronha foi seu aliado de primeira hora.

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Além de investidor, Noronha era politicamente envolvido na exploração do mundo de oportunidades que se abria com as navegações até a América e as Índias.

Ele recebeu do rei um brasão da "cotta d'armas" e consta que, mesmo convertido ao catolicismo, não adotou o nome Terra de Santa Vera Cruz dado ao continente, preferindo o nome Brasil.

A árvore pau-brasil era vendida a peso de ouro na Europa para tingir roupas de vermelho (da cor da brasa).

Por sua vez, Fernando de Noronha foi bancado pelo alemão Jakob Függer (1459-1525), alcunhado "o Rico", ativo em Augsburg e financiador de reis que usava nos negócios o chamado sistema veneziano, uma contabilidade com créditos e débitos.

Függer era, de fato, um financista arquipoderoso. Emprestou dinheiro até para reis da casa de Habsburgo, mas nada se ensina sobre ele nas escolas brasileiras.

Não nos detemos muito nem na história do próprio Fernando de Noronha, que deve ter nascido nas Astúrias (Espanha) ou em Lisboa, capital que lhe conferiu o título de cidadão, em 1498.

Há quem registre que sua família, judia, ostentava um brasão e tinha raízes em Lothringhen.

Novo rumo

Depois de Vasco da Gama, em 1497, ter descoberto o caminho marítimo para as Índias, contornando o cabo da Boa Esperança, Fernando de Noronha tornou-se armador de caravelas e reforçou os ganhos empresariando o comércio com o Oriente.

Desde 1453, a tomada de Constantinopola (hoje Istambul) pelos otomanos limitava o acesso às sedas e especiarias, majorando preços e forçando o mundo europeu a buscar rotas alternativas.

Noronha, no início dos anos 1500, se notabilizou como financiador de expedições nesse contexto de expansão geográfica.

Em 1559, quando ele já havia morrido, seu neto Diogo de Loronha teve a capitania hereditária confirmada pelo então rei d. Sebastião.

Antes, no ano de 1534, o arquipélago havia sido invadido por ingleses. E, entre 1556 e 1612, esteve em mãos francesas, sendo chamado de Isle Dauphine, numa menção aos golfinhos-rotadores.

Em 1628, foi a vez de os holandeses tomarem as ilhas. Expulsos em 1630 pela expedição do português Rui Calaza Borges, eles voltaram, desta vez, chefiados por Cornelizonn Jal, em 1635.

Em 1696 há uma nova retomada portuguesa e, no ano seguinte, o arquipélago passa a ser gerido pela capitania hereditária de Pernambuco.

Outra invasão, francesa, aproveita o abandono e toma as ilhas. Só em 1737 a retomada definitiva se deu com uma expedição vinda de Recife que construiu os fortes de N. Sra.dos Remédios, N. Sra. da Conceição e Santo Antonio. Outro marco da retomada foi a edificação da igreja N. Sra. dos Remédios, em 1772.

Por Silvio Cioffi - Editor de Turismo, Folha Online
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