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DATA DA PUBLICAÇÃO 15/04/2013 | Internacional
Herdeiro de Chávez, Maduro é eleito na Venezuela; rival não reconhece
Herdeiro de Chávez, Maduro é eleito na Venezuela; rival não reconhece O presidente eleito da Venezuela, Nicolás Maduro, celebra sua vitória neste domingo (14) no Palácio de Miraflores, em Caracas (Foto: Reuters)
O presidente eleito da Venezuela, Nicolás Maduro, celebra sua vitória neste domingo (14) no Palácio de Miraflores, em Caracas (Foto: Reuters)
Presidente interino venceu opositor Capriles por margem estreita de votos.

Oposicionista reivindica vitória e exige recontagem total dos votos.


O presidente interino da Venezuela, Nicolás Maduro, "herdeiro político" do chavismo, foi eleito neste domingo (14) presidente do país até 2019, em votação realizada 40 dias após a morte do líder Hugo Chávez.

Mas seu rival, o oposicionista Henrique Capriles, não reconheceu a vitória do chavista e pediu uma recontagem total dos votos.

Maduro teve 50,66% dos votos, contra 49,07% de Capriles, segundo Tibisay Lucena, chefe do Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela. Em números

A vitória foi por uma margem de 1,59 ponto percentual, ou 235 mil votos, muito mais apertada do que o esperado.

A participação foi de 78,71% dos 19 milhões de eleitores cadastrados.

Lucena afirmou que os resultados são irreversíveis, pediu respeito a eles e aconselhou os venezuelanos a se manterem em casa.

Falando a uma multidão de chavistas desde o Palácio de Miraflores, Maduro disse que sua vitória foi "justa e legal", mandou uma mensagem de união aos opositores derrotadas e prometeu manter as conquistas dos 14 anos de governo Chávez.

O presidente eleito afirmou no entanto que apoia uma auditoria nos votos, já pedida pelo integrante oposicionista do Conselho Eleitoral, Vicente Díaz.

Pouco antes do anúncio do resultado, o oposicionista Capriles já havia insinuado, via Twitter, sobre uma suposta tentativa de fraude, mas foi rechaçado pelo governo, que o acusou de "irresponsabilidade" em suas declarações.

A notícia da vitória de Maduro foi recebida com fogos de artifício pelos chavistas em Caracas.

Manifestantes da oposição, que acreditavam na vitória de Capriles, foram às ruas batendo panelas e choraram tristes contra o resultado.

País dividido
Maduro foi eleito após uma campanha curta, feita ainda sob a emoção da morte recente de Chávez. Ele terá o desafio de dirigir uma nação bastante dividida.

Ao votar neste domingo, ele afirmou que não fará um "pacto" com a "burguesia", seguindo na linha chavista de acirrar o confronto de classes no país.

Menos carismático que o "Comandante", ele vai precisar manter a unidade do chavismo e encontrar um estilo próprio de governar, após 14 anos do governo personalista de Chávez.

A crise econômica e a violência são alguns dos principais desafios que ele terá pela frente.

O sucessor, "ungido" por Chávez em dezembro do ano passado, herda uma Venezuela com as maiores reservas de petróleo em todo o mundo, mas com a maior inflação da América Latina, 20,1% em 2012, uma indústria deprimida, ciclos de escassez de bens de consumo e uma dívida pública que ultrapassa 50% do PIB (Produto Interno Bruto).

A eleição extraordinária deste domingo ocorreu porque Chávez, reeleito presidente em outubro do ano passado após bater o mesmo Capriles com uma vantagem de mais de 1,5 milhão de votos, nem chegou a assumir o mandato, por conta de seus problemas de saúde.

O polêmico líder socialista, que mudou a cara da Venezuela ao longo de seus mandatos, acabaria morrendo em 5 de março, em um hospital militar de Caracas, após uma longa luta contra o câncer.

A maneira como o governo lidou com a doença de Chávez, bem como as decisões do Judiciário que mantiveram Maduro no poder, foram bastante criticadas pela oposição.

Os oposicionistas, Capriles à frente, acusaram o governo de falta de transparência durante o processo e durante o tratamento de Chávez, que ocorreu, em sua maior parte, em Cuba.

Maduro, de 50 anos, ex-motorista, ex-sindicalista e ex-ministro das Relações Exteriores, afirmou, ao longo da campanha, que pretende continuar a chamada "revolução bolivariana" de Chávez, marcada por projetos sociais que beneficiaram os mais pobres, mas também por problemas.

Ao longo da campanha, Maduro "colou" sua imagem à do carismático Chávez, de quem se disse "filho" e "apóstolo", em uma tentativa de encaminhar a escolha popular para o lado emocional.

As pesquisas eleitorais davam uma vantagem de sete pontos para Maduro em relação ao rival, mas o resultado das urnas se mostrou mais apertado, o que apenas intensifica as divisões internas do país.

Maduro, que já vem governando o país desde que Chávez foi a Cuba para se tratar em dezembro passado, vai tomar posse em 19 de abril.

Cerca de 170 organizações internacionais acompanharam o processo eleitoral na Venezuela, entre elas o Centro Carter.

Por G1, em São Paulo
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