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DATA DA PUBLICAÇÃO 14/03/2010 | Cultura
Guns N’ Roses ''acerta as contas'' com o público em show em SP
Passava da meia-noite e meia quando o Guns N’ Roses deu as caras no palco montado no estádio do Parque Antártica, em São Paulo, para o terceiro show da turnê brasileira do álbum “Chinese democracy”. Mas foi só o vocalista Axl Rose cantar os primeiros versos da faixa-título para, subitamente, interromper o show.

O motivo foi uma garrafa atirada ao palco. Irritado, Axl não poupou palavrões ao espectador exaltado. “Se vocês querem f**** com o show, não tem problema. Eu e os rapazes podemos ir embora”, ameaçou. O show estava previsto para as 21h30, mas neste horário quem subiu ao palco foi Sebastian Bach (ex-vocalista do grupo de hard rock Skid Row), que faz a abertura dos shows na passagem do Guns pelo Brasil. O público, que esperava o show desde as 21h30, já vaiara três vezes antes do início da apresentação.

Com os ânimos mais acalmados, o vocalista emendou com o hit “Welcome to the jungle” e outras faixas do último disco, como "Sorry", "Better". Mas esta seria só a primeira de várias pausas que Axl faria no show para “discutir a relação” com os fãs. Em outro momento, decidiu explicar a ausência da banda no show “secreto” que fariam numa boate na Vila Olímpia, na última quinta (11), e que acabou em pancadaria.

a apresentação extra sem o consentimento dos integrantes e o cansaço pela extensa agenda de shows. A banda, que já havia passado por Belo Horizonte e Brasília, se apresenta neste domingo (14) no Rio e encerra a turnê brasileira em Porto Alegre, na terça (16). Axl ainda pediu desculpas se “desapontou alguns”, mas disse preferir tocar para o público ali do que para “uma meia dúzia”. O público aplaude.

Visivelmente empenhado em reconquistar a audiência depois do ataque de raiva inicial, ainda chamaria uma tradutora ao palco para pedir que o
público em frente fosse um pouco para trás. “Nós amamos vocês, há muito tempo que queríamos estar aqui de novo e queremos que todos se
divirtam com segurança”, derramou-se. Mais aplausos.

O show Guns N'Roses no Parque Antártica, em São Paulo, que começou à 0h40 deste domingo (14), terminou às 3h10.

No palco, Axl, 48, também se esforça. Corre de um extremo a outro, ensaia os antigos passos incansavelmente imitados por fãs de todo mundo, mas a voz, esta já não acompanha os agudos rasgados em hinos da banda como “Sweet child o’mine” ou “November rain” e chega a ficar inaudível em “You could be mine”.

Já a banda, que tem em Axl o único remanescente da formação clássica executa os hits à perfeição. É ela também que mantém o público animado com solos conhecidos – de “The wall” ao tema da Pantera Cor-de Rosa – enquanto o vocalista entra e sai do palco várias vezes, a cada uma com novo figurino. Axl reconhece e apresenta, um a um, cada um dos integrantes.

Mas é a disparidade entre o som que se ouve e o vocalista que faz a banda, em alguns momentos, soar como um cover de si mesma. Para o público, principalmente o mais jovem, não parece fazer diferença. “Foi o melhor show que já vi na vida”, diz a estudante Mayara Muller, 15, e fã da banda há dois. Ao lado dela, o técnico de informática Ricardo Ariel, 20, concorda: “Excelente, não esperava que fosse tão bom e que ele [Axl] falasse tanto com o público.”

Da pista, no entanto, a impressão que se tinha era que o público vibrava mais com os hits antigos, como "Knockin' on heaven's door", "Patience" e "Nightrain".

“Foi tudo perfeito, tirando o atraso”, pondera o farmacêutico Maurício Rodrigues, 29. Passava das 3h da manhã quando a banda retornou ao palco para o bis, sem pedidos muito empolgados do público. Encerram o show com “Madagascar”, do último álbum, e o hino “Paradise city”, em meio a fogos e uma chuva de papel picado.

Por Amauri Arrais - G1, em São Paulo
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