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DATA DA PUBLICAÇÃO 29/09/2009 | Cidade
Grupo quer preservar área verde em Mauá
Cansados de esperar por atitudes do poder público, moradores do Parque São Vicente, em Mauá, decidiram criar um grupo para cuidar da preservação de uma área verde de 200 quilômetros quadrados no bairro. O terreno está dentro de uma Área de Preservação Permanente, no meio do caminho das obras de extensão da Avenida Jacu-Pêssego - que será interligada ao Trecho Sul do Rodoanel - e da construção de um condomínio residencial.

"Não queremos impedir que o progresso passe por aqui. Estamos lutando é para que a gente não perca um bem que o bairro já tinha e está protegido por lei", diz a hoteleira e, desde 2006, ambientalista Renata da Silva Ribeiro, 32 anos. Integrante de um grupo que tem, pelo menos, outros 30 vizinhos, Renata faz parte o Projeto Horto São Vicente.

O grupo está preocupado com o projeto de compensação ambiental preparado pelo Dersa (Desenvolvimento Rodoviário) para a passagem da Avenida Jacu-Pêssego pelo local. Questionado sobre a compensação na última quinta-feira, a Dersa não respondeu.

"Não adianta fazer o reflorestamento lá em São Mateus. Queremos alguma coisa para nossa comunidade", comenta Renata, que propôs a criação de um parque público no bairro.

O projeto de implantação do parque, segundo a ambientalista, foi encaminhado à Prefeitura de Mauá no dia 17. A administração municipal respondeu sobre a viabilidade da proposta do Projeto Horto São Vicente. Antes que a Prefeitura tome uma decisão, os ativistas começaram a montar seu próprio parque, com direito a plantação de mudas de árvores e instalação de pista de caminhada.

Os moradores pedem, ainda, a canalização do esgoto de cerca de 15 imóveis da Rua Marechal Deodoro da Fonseca. Atualmente, os dejetos vão direto para uma nascente. O esforço do grupo esbarra numa questão burocrática. Embora o terreno todo esteja na área de preservação, sua propriedade é dividida entre dois donos diferentes.

Outro foco de atuação do grupo é a limpeza da área verde, onde existem três nascentes de rios. "Precisamos promover mudança de cultura. Muitas pessoas cresceram acostumadas a jogar lixo nesse local", conta Renata. O professor Geraldo Jordão, 38, lembra que os vizinhos se juntaram para comprar ferramentas para limpeza de jardins e usam o equipamento no espaço.

Mata nativa - "A gente não se mobilizou antes porque achava que ninguém ia mexer nesse local por ser uma área de proteção. Mas não foi o que aconteceu", diz Geraldo. A região que os moradores protegem ainda guarda vegetação com características de Mata Atlântica. Vizinhos relatam que já viram por lá pica-pau, porco-espinho e sagui, além de aves migratórias.

Por Tiago Dantas - Diário do Grande ABC
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