DATA DA PUBLICAÇÃO 29/06/2012 | Internacional
Gripe aviária no México coloca o Brasil em alerta
A influenza aviária, a chamada gripe aviária, reapareceu no México e preocupa os brasileiros. O vírus é de alta patogenicidade, o que quer dizer que tem rápida difusão e causa grande mortalidade de aves.
A influenza aviária nessa região preocupa porque, se atravessar a América Central, poderá chegar ao Brasil, diz Ariel Mendes, diretor da Ubabef (entidade do setor).
O Brasil desenvolveu mecanismos de defesa nos últimos anos, mas produtores e governo devem redobrar a atenção agora, segundo Mendes. O vírus que reapareceu no México é do tipo H7N3.
Da parte dos produtores, Mendes diz que poderão ser tomadas medidas simples, como a proibição de visitas nas granjas, eliminação de contato das aves silvestres com as das granjas (por meio de colocação de telas) e cuidados com as importações de material genético.
Guilherme Marques, diretor do Departamento de Saúde Animal do Ministério da Agricultura, diz que nenhum país está imune à ocorrência dessa doença, principalmente porque um dos transmissores são aves migratórias.
O importante, segundo ele, é identificar o risco e eliminá-lo rapidamente.
Para isso, o país tem de aumentar a vigilância. "Não basta dizer que há um sistema de defesa. É preciso demonstrá-lo", diz Marques.
A partir de agosto, o país aumentará a adoção de um sistema de defesa chamado de compartimentalização.
É um projeto-piloto da OIE (Organização Mundial para a Saúde Animal) que está sendo posto em prática em quatro unidades de produção pelo Ministério da Agricultura. O sistema consiste em uma proteção conjugada de granjas de matrizes, incubatório, granjas de frango, fábrica de rações e abatedouro. O projeto envolve a busca de segurança máxima para todo esse conjunto.
A chegada da doença ao Brasil faria o país perder muito, já que é o maior exportador mundial.
*
Sementes: A produção de sementes se concentra cada vez mais. O setor passa por um momento de ajustes e essa concentração vai aumentar, deixando muita gente pelo caminho.
Custos: A avaliação é de um participante desse setor, que diz ser necessário muito dinheiro para o desenvolvimento de novos produtos. E esses investimentos vão para onde a indústria encontra melhor retorno.
Investimentos: A Case New Holland ampliará a linha de montagem de tratores, em Curitiba -a capacidade instalada aumentará de 67 para 100 unidades por dia. Para atender essa nova demanda, a empresa contratou 20 engenheiros de manufatura e desenvolvimento industrial.
Pesquisa: A Case desenvolve, ainda, um departamento de pesquisa e desenvolvimento de novos produtos voltados para os setores de café, cana e biomassa. A empresa quer transformar o Brasil em polo mundial de produção.
Olimpíadas: A Miolo Wine Group foi eleita uma das fornecedoras oficiais de vinhos para a Olimpíada de Londres. A empresa fornecerá um vinho tinto com corte shiraz/tempranillo.
Exportações: "Foi determinante na escolha o trabalho que desenvolvemos na Inglaterra, o principal destino de nossas vendas internacionais", diz Fabiano Maciel, gerente de exportações da Miolo para a Europa.
Mauro Zafalon
Mauro Zafalon é jornalista e, em duas passagens pela Folha, soma mais de 35 anos de jornal. Escreve, de terça a sábado na versão impressa de "Mercado", sobre commodities e pecuária.
A influenza aviária nessa região preocupa porque, se atravessar a América Central, poderá chegar ao Brasil, diz Ariel Mendes, diretor da Ubabef (entidade do setor).
O Brasil desenvolveu mecanismos de defesa nos últimos anos, mas produtores e governo devem redobrar a atenção agora, segundo Mendes. O vírus que reapareceu no México é do tipo H7N3.
Da parte dos produtores, Mendes diz que poderão ser tomadas medidas simples, como a proibição de visitas nas granjas, eliminação de contato das aves silvestres com as das granjas (por meio de colocação de telas) e cuidados com as importações de material genético.
Guilherme Marques, diretor do Departamento de Saúde Animal do Ministério da Agricultura, diz que nenhum país está imune à ocorrência dessa doença, principalmente porque um dos transmissores são aves migratórias.
O importante, segundo ele, é identificar o risco e eliminá-lo rapidamente.
Para isso, o país tem de aumentar a vigilância. "Não basta dizer que há um sistema de defesa. É preciso demonstrá-lo", diz Marques.
A partir de agosto, o país aumentará a adoção de um sistema de defesa chamado de compartimentalização.
É um projeto-piloto da OIE (Organização Mundial para a Saúde Animal) que está sendo posto em prática em quatro unidades de produção pelo Ministério da Agricultura. O sistema consiste em uma proteção conjugada de granjas de matrizes, incubatório, granjas de frango, fábrica de rações e abatedouro. O projeto envolve a busca de segurança máxima para todo esse conjunto.
A chegada da doença ao Brasil faria o país perder muito, já que é o maior exportador mundial.
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Sementes: A produção de sementes se concentra cada vez mais. O setor passa por um momento de ajustes e essa concentração vai aumentar, deixando muita gente pelo caminho.
Custos: A avaliação é de um participante desse setor, que diz ser necessário muito dinheiro para o desenvolvimento de novos produtos. E esses investimentos vão para onde a indústria encontra melhor retorno.
Investimentos: A Case New Holland ampliará a linha de montagem de tratores, em Curitiba -a capacidade instalada aumentará de 67 para 100 unidades por dia. Para atender essa nova demanda, a empresa contratou 20 engenheiros de manufatura e desenvolvimento industrial.
Pesquisa: A Case desenvolve, ainda, um departamento de pesquisa e desenvolvimento de novos produtos voltados para os setores de café, cana e biomassa. A empresa quer transformar o Brasil em polo mundial de produção.
Olimpíadas: A Miolo Wine Group foi eleita uma das fornecedoras oficiais de vinhos para a Olimpíada de Londres. A empresa fornecerá um vinho tinto com corte shiraz/tempranillo.
Exportações: "Foi determinante na escolha o trabalho que desenvolvemos na Inglaterra, o principal destino de nossas vendas internacionais", diz Fabiano Maciel, gerente de exportações da Miolo para a Europa.
Mauro Zafalon
Mauro Zafalon é jornalista e, em duas passagens pela Folha, soma mais de 35 anos de jornal. Escreve, de terça a sábado na versão impressa de "Mercado", sobre commodities e pecuária.
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