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DATA DA PUBLICAÇÃO 23/09/2009 | Economia
Greve: região tem 1,4 milhão de cartas atrasadas
Há oito dias os trabalhadores dos Correios decidiram iniciar greve depois de reivindicar reajuste salarial de 41,03% e só conseguirem proposta de 4,5%. Segundo estimativa do Sintect-SP (Sindicato dos Trabalhadores de Correios e Telégrafos de São Paulo e Grande São Paulo), 75% dos cerca de 2.000 trabalhadores da região estão de braços cruzados.

Apesar de os Correios afirmarem que apenas 24% dos funcionários aderiram ao movimento, a reportagem do Diário foi às ruas da região e constatou que o número de grevistas é maior. Em duas horas de procura, apenas dois carteiros foram encontrados enquanto realizavam entregas. As cartas e encomendas com atraso já somam 1,4 milhão na região.

Segundo os Correios, este volume corresponde a dois dias de trabalho no Grande ABC, já que diariamente são entregues 700 mil cartas e encomendas nas sete cidades. A carga com atraso no País é de 40,5 milhões de correspondências e 441 mil encomendas, para movimento diário de aproximadamente 33 milhões de correspondências e 770 mil encomendas.

Enquanto o impasse não se resolve, quem paga a conta é a população. Edna Maria Vilares aguarda ansiosa a chegada de equipamento médico para o filho. "Ele tem problemas respiratórios graves. Depois de muito tempo conseguimos dinheiro para comprar o aparelho e agora nos deparamos com a greve. Enquanto isso, meu filho luta para sobreviver", desabafou a moradora de Santo André.

Algumas pessoas preferem não esperar e vão até os CTCs (Centros de Distribuição de Coletas). "Foi trabalhoso descobrir onde estava minha encomenda, mas prefiro vir buscar a esperar que isso se resolva", explicou a estudante Larissa Samir.

Amanhã, o TST (Tribunal Superior do Trabalho) realiza audiência de conciliação entre as partes. "Nossa principal reivindicação, além da melhoria do índice de reajuste, é que o acordo não seja válido por dois anos (os Correios oferecem 4,5% em 2009 e em 2010). Assim, temos chance de melhorar os salários novamente no ano que vem", destacou o diretor do sindicato, Anderson Lima.

Por Michele Loureiro - Diário do Grande ABC
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