DATA DA PUBLICAÇÃO 14/09/2016 | Economia
Greve fecha as portas de 81,7% das agências bancárias do Grande ABC
Foto: Denis Maciel/DGABC
A paralisação dos bancos, que teve início no dia 6 em todo o País, chegou ontem ao quinto dia útil de greve e se espalhou para os bairros das sete cidades. Ao todo, 327 agências estão com as portas fechadas, ou seja, 81,7% das 400 existentes na região. Quanto aos trabalhadores, 6.000 estão com os braços cruzados, 91% dos 6.600. É o que aponta levantamento realizado pelo Sindicato dos Bancários do ABC, que tem o objetivo de conseguir 100% de adesão hoje.
“Hoje (ontem) eu precisava fazer apenas um depósito. Essa greve afeta tanto que, na semana passada, tive de ir ao banco e fiquei 40 minutos na fila. Tinha muito idosos e, sem dúvida, eles são os que mais sofrem, porque não sabem mexer nos caixas eletrônicos e, muito menos, na internet. Mas a culpa não é deles. Nesse momento a greve afeta todo mundo, e é preciso ter paciência”, avalia o diretor comercial de São Paulo, Osias Prado, 35 anos.
“Vou tentar utilizar o caixa, mas não sei se vai funcionar. Minha mãe tem um cartão bloqueado com o salário dela e, pelo que sei, só um bancário pode fazer isso. O pior é que eu não sei quando tudo isso vai parar. Enquanto isso, ela vai ficar sem esse dinheiro”, desabafa a recepcionista andreense Lucimara Regina Silva, 46.
O metalúrgico Vagner Aparecido Costa, 52, também de Santo André, precisava utilizar o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e descobriu que a Caixa Econômica Federal mantém equipe trabalhando, e que é possível agendar horário. “Hoje todo mundo depende do banco, e quando ele para tudo para, não dá para fazer muita coisa”, comenta.
“Trabalhei em banco durante 30 anos, e o problema é que quase nunca há um resultado positivo ao fazer o balanço dessas greves. Isso prejudica o cliente, porque não há funcionários para atender. Mas, por outro lado, o sindicato precisa fazer o trabalho dele”, avalia a aposentada andreense Andrea Ricciardi, 47.
NEGOCIAÇÃO - Na tarde de ontem, os bancários se reuniram novamente com a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) para discutir o reajuste salarial. A negociação, no entanto, não apresentou avanços. Nova reunião foi marcada para amanhã, às 16h.
A última proposta, de correção de 7%, mais abono de R$ 3.300, a ser pago até dez dias após a assinatura do acordo coletivo, foi rejeitada na quinta-feira. Anteriormente, a oferta era de aumento de 6,5% e abono de R$ 3.000.
Os bancários, entretanto, pedem 14,78% (inflação de 9,31% mais cinco pontos percentuais de aumento real), PLR (Participação nos Lucros e Resultados) de três salários mais R$ 8.317,90, piso de R$ 3.940,24 (salário mínimo do Dieese), vale-refeição de R$ 40 por dia, vale-alimentação de R$ 880 (atualmente de R$ 652) e auxílio creche/babá de R$ 880, entre outros.
OPÇÕES - A Fenaban lembra os clientes de que todos os caixas eletrônicos podem ser utilizados para agendamento e pagamento de contas (desde que não estejam vencidas), saques, depósitos, emissão de folhas de cheques, transferências e saques de benefícios. Nos correspondentes bancários, como lotéricas e supermercados também é possível fazer esses serviços.
Além disso, as agências próprias dos Correios que atuem como Banco Postal também são opção. Para conferir onde há o serviço, basta acessar o site http:// www2.correios.com.br/sistemas/agencias/.
“Hoje (ontem) eu precisava fazer apenas um depósito. Essa greve afeta tanto que, na semana passada, tive de ir ao banco e fiquei 40 minutos na fila. Tinha muito idosos e, sem dúvida, eles são os que mais sofrem, porque não sabem mexer nos caixas eletrônicos e, muito menos, na internet. Mas a culpa não é deles. Nesse momento a greve afeta todo mundo, e é preciso ter paciência”, avalia o diretor comercial de São Paulo, Osias Prado, 35 anos.
“Vou tentar utilizar o caixa, mas não sei se vai funcionar. Minha mãe tem um cartão bloqueado com o salário dela e, pelo que sei, só um bancário pode fazer isso. O pior é que eu não sei quando tudo isso vai parar. Enquanto isso, ela vai ficar sem esse dinheiro”, desabafa a recepcionista andreense Lucimara Regina Silva, 46.
O metalúrgico Vagner Aparecido Costa, 52, também de Santo André, precisava utilizar o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e descobriu que a Caixa Econômica Federal mantém equipe trabalhando, e que é possível agendar horário. “Hoje todo mundo depende do banco, e quando ele para tudo para, não dá para fazer muita coisa”, comenta.
“Trabalhei em banco durante 30 anos, e o problema é que quase nunca há um resultado positivo ao fazer o balanço dessas greves. Isso prejudica o cliente, porque não há funcionários para atender. Mas, por outro lado, o sindicato precisa fazer o trabalho dele”, avalia a aposentada andreense Andrea Ricciardi, 47.
NEGOCIAÇÃO - Na tarde de ontem, os bancários se reuniram novamente com a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) para discutir o reajuste salarial. A negociação, no entanto, não apresentou avanços. Nova reunião foi marcada para amanhã, às 16h.
A última proposta, de correção de 7%, mais abono de R$ 3.300, a ser pago até dez dias após a assinatura do acordo coletivo, foi rejeitada na quinta-feira. Anteriormente, a oferta era de aumento de 6,5% e abono de R$ 3.000.
Os bancários, entretanto, pedem 14,78% (inflação de 9,31% mais cinco pontos percentuais de aumento real), PLR (Participação nos Lucros e Resultados) de três salários mais R$ 8.317,90, piso de R$ 3.940,24 (salário mínimo do Dieese), vale-refeição de R$ 40 por dia, vale-alimentação de R$ 880 (atualmente de R$ 652) e auxílio creche/babá de R$ 880, entre outros.
OPÇÕES - A Fenaban lembra os clientes de que todos os caixas eletrônicos podem ser utilizados para agendamento e pagamento de contas (desde que não estejam vencidas), saques, depósitos, emissão de folhas de cheques, transferências e saques de benefícios. Nos correspondentes bancários, como lotéricas e supermercados também é possível fazer esses serviços.
Além disso, as agências próprias dos Correios que atuem como Banco Postal também são opção. Para conferir onde há o serviço, basta acessar o site http:// www2.correios.com.br/sistemas/agencias/.
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