NOTÍCIA ANTERIOR
Governo liberará R$ 679 milhões da Nota Fiscal Paulista em outubro
PRÓXIMA NOTÍCIA
Agências da Caixa abrem 1 hora mais cedo após a greve dos bancários
DATA DA PUBLICAÇÃO 07/10/2016 | Economia
Greve dos bancários acaba após 31 dias
Greve dos bancários acaba após 31 dias Foto: Celso Luiz/DGABC
Foto: Celso Luiz/DGABC
Após 31 dias, a maior greve dos bancários desde 2004 chegou ao fim no Grande ABC. Em assembleia realizada no Sindicato dos Bancários do ABC, a maioria dos presentes concordou com a proposta da Fenaban (Federação Nacional dos Bancos).

O Comando Nacional dos Bancários aceitou a proposta da entidade representante dos bancos na madrugada de ontem.

Foi oferecido acordo bianual. Em 2016, o reajuste salarial é de 8% com abono de R$ 3.500, além de aumento de 15% no vale-alimentação, 10% no vale-refeição e auxílio-creche/babá.

Para 2017, ficaram garantidos a correção da inflação mais aumento real de 1% para salários e todas as demais verbas.

Segundo o presidente do Sindicato dos Bancários do ABC, Belmiro Moreira, o maior impasse na mesa de negociação foi o abono total dos dias de greve.

Como a Fenaban concordou, Moreira entende que a categoria sai do processo sem nenhuma perda.

Além disso, o sindicalista afirma que as reivindicações por melhores condições de saúde e de trabalho, metas, segurança e igualdade de oportunidades continuam. “Não é porque fechou acordo de dois anos que não vai ter campanha dos bancários. Vai ter justamente para discutir as outras questões que não econômicas.”

Moreira também garante a luta para manter o emprego dos bancários, principalmente em casos de fusões – como aconteceu com o HSBC, adquirido pelo Bradesco.

“Queremos garantir que o trabalhador passe por processo de requalificação e realocação dentro do banco. Ainda vamos aprofundar e construir isso em uma mesa com bancos e trabalhadores.”

O bancário Genílson Ferreira, 46 anos, de Diadema, foi favorável ao fim da greve. Ele afirmou que não pode ser considerada uma vitória dos trabalhadores, mas é uma boa proposta pela conjuntura de crises econômica e política que o País atravessa.

Funcionário do Bradesco, Ferreira destaca o acordo fechado em dois anos e a anistia dos dias de greve. “Isso mostra que o trabalhador deve, sim, fazer a greve, que ele não vai ser penalizado por isso. A gente só precisa ver forma de melhorar, para não passar tantos dias assim. É um desgaste muito grande.”

Já o bancário Alexandre Nascimento, 33, de Santo André, acredita que a proposta da Fenaban poderia ter sido muito melhor e que faltou aos bancários lutar por isso, rejeitando a proposta.

Nascimento, que trabalha na Caixa Econômica Federal, disse que o lucro dos bancos é muito grande para oferecer valor abaixo da inflação e, sobretudo, demorar tanto tempo para fazer proposta. “Poderiam ter sido mais flexíveis, não necessita estender negociação por 31 dias. É um setor que não está em crise financeira.”

Por Vinícius Claro - Especial para o Diário
Assine nosso Feed RSS
Últimas Notícias Gerais - Clique Aqui
As últimas | Economia
25/09/2018 | Operação mira sonegação de R$ 100 mi de grupos cervejeiros e cerca Proibida
25/09/2018 | Greve na Argentina cancela voos no Brasil nesta terça-feira
25/09/2018 | Demanda por GNV aumenta até 350% após alta na gasolina
As mais lidas de Economia
Relação não gerada ainda
As mais lidas no Geral
Relação não gerada ainda
Mauá Virtual
O Guia Virtual da Cidade

Todos os direitos reservados - 2024 - Desde 2003 à 7716 dias no ar.