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Crise pode piorar sem o ajuste fiscal
DATA DA PUBLICAÇÃO 26/09/2015 | Economia
Greve aumenta em até 30% demanda de entregadoras
Greve aumenta em até 30% demanda de entregadoras Foto: Claudinei Plaza/DGABC
Foto: Claudinei Plaza/DGABC
A três meses do Natal, as empresas especializadas em entregas já iniciam as comemorações. Isso porque o volume da demanda subiu em até 30% devido à paralisação dos funcionários dos Correios, que entra hoje no décimo dia de greve.

Quem costuma utilizar serviços como Sedex, Sedex 10 ou Sedex Hoje, por exemplo, e conta com a garantia de que o item chegará no prazo, está preferindo pagar mais caro para empresas especializadas em entrega, do que arriscar na postagem pelos Correios.

O proprietário da 3D Express Transportes, de São Caetano, Dener Marques, considera a época como um preaquecimento para o fim do ano. “É o nosso Natal antecipado. Nos últimos anos é de praxe que os Correios entrem em greve nesta época, o que sempre nos ajuda, chegando a aumentar as entregas em até 30%.”

Contudo, em 2015, o volume de entregas foi baixo e, para Marques, esse percentual apenas ajudou a não sentir tanto a crise. “No ano passado foi diferente, pude contar o extra como lucro, mas neste ano só ajudou a equilibrar.”

Quem também espera pela paralisação dos Correios para aumentar a demanda na entregadora é o dono da Mec Express Service, de Santo André, Mauro Augusto dos Santos. “Neste mês, tivemos um aumento de 260 entregas, o que significa 30% a mais na demanda”, afirma.

A urgência das entregas é o ponto principal que faz com que outros clientes optem pelos serviços dos motoboys. “Além da garantia, nós temos um prazo bem curto para a entrega. O que nos Correios poderia demorar dois dias, conosco demora cerca de uma hora e meia”, declara.

A demanda que mais cresce nesse período de greve, para as entregadoras, geralmente é de produtos de e-commerce, envelopes ou pequenas encomendas, que em dias normais dependem dos serviços dos Correios, por praticar um preço mais acessível.

O gerente da entregadora CG Express, de Santo André, Adriano Monteiro, sabe que os clientes oriundos da greve geralmente são temporários. “Nesses últimos dias, percebemos alta de 15%, devido à paralisação. Ninguém quer perder tempo, e até os Correios voltarem ao normal, o volume de nossas entregas tende a subir.”

Se tivesse como voltar no tempo, certamente a proprietária da ONG Ajuda Animal, de Ribeirão Pires, Maria Cecilia Bentini, teria optado pela entrega alternativa. Um cachorro de seu abrigo foi picado por uma aranha e o medicamento que pode curá-lo só é vendido pela internet. O remédio foi postado na terça-feira, mas ela ainda não o recebeu por conta da greve. “Na quinta-feira o status do pacote constava como verificado. Mas não consegui recebê-lo ainda. Enquanto isso, a vida do cachorro corre perigo.”

COMPARAÇÃO - Em uma simulação de entrega na mesma cidade no Grande ABC, o preço que os Correios cobram pelo serviço de Sedex é de R$ 22,70 para envelopes e R$ 25,30 para embalagens, ambos contando com aviso de recebimento, com entrega que varia conforme a localidade. É preciso, no entanto, ficar atento se o serviço está disponível para a região. Essa informação pode ser encontrada no site dos Correios.

Nas mesmas condições, as entregas de empresas especializadas, do mesmo endereço para outro, na mesma cidade, vão de R$ 25 a R$ 48. Com o aviso de recebimento e entrega no mesmo dia, em poucas horas.

DIFICULDADES - Para o dono da Jota Motoboy Express, de Diadema, Francisco Pereira Sobrinho, em cinco anos no ramo, nunca viu uma crise como essa. “As entregas estão escassas. Mesmo com a greve, não percebemos aumento. Infelizmente, nosso setor compete com um serviço que além de conhecido é mais barato. Hoje em dia só quem tem urgência de entregar imediatamente acaba contratando.”

Neste ano, na Transbritto, de Santo André, a demanda caiu 60%, e mesmo com a paralisação esse número não mudou. “Estamos operando como nos últimos dias. Não observamos aumento”, declara o consultor comercial, Rodrigo Arriaga. Ele explica que o serviço de motoboy é paralelo ao dos Correios e, por isso, não vê oportunidade de aumento das entregas. “Quem nos procura é porque precisa de algo emergencial.”

(Colaborou Soraia Abreu Pedrozo)

Por Marina Teodoro - Especial para o Diário
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