DATA DA PUBLICAÇÃO 17/05/2012 | Internacional
Grécia realizará novas eleições no dia 17 de junho
Presidente do Conselho de Estado assume como primeiro-ministro interino
A Grécia vai realizar novas eleições parlamentares no próximo dia 17 de junho, anunciou nesta quarta-feira (16) a agência grega AMNA.
Até a data da eleição, o cargo de primeiro-ministro interino será ocupado pelo atual presidente do Conselho de Estado, Panayotis Pikrammenos.
A definição por novas eleições ocorreu ontem, após o presidente do país, Karolos Papoulias, se reunir com os líderes dos principais partidos políticos para uma última rodada de negociações.
A Grécia vive uma grave crise política desde segunda-feira passada, dia 7 de maio, após uma eleição que deixou o Parlamento dividido entre os que defendem e os que são contra o pacote de R$ 330 bilhões (130 bilhões de euros) de ajuda da União Europeia e do FMI. Nenhum dos partidos conquistou assentos suficientes para formar um governo.
O impasse político se agravou porque os líderes dos três partidos mais votados na eleição de 6 de maio (o conservador Nova Democracia, o esquerdista radical Syriza, e o esquerdista moderado Pasok) não conseguiram formar um governo de coalizão, o que significaria obter 151 das 300 cadeiras no parlamento grego (entenda a fragmentação do Parlamento Helênico no gráfico ao final).
A nomeação de Pikrammenos como premiê interino foi decidida hoje em reunião entre o chefe de Estado, Karolos Papoulias, e os líderes dos partidos políticos gregos com representação parlamentar, com exceção dos neonazistas da Aurora Dourada, que se negaram a participar.
Segundo explicaram os líderes dos partidos políticos em sua saída do palácio presidencial, o novo governo interino não poderá tomar nenhuma decisão relevante em relação à União Europeia ou à Otan. Os ministros do governo interino serão nomeados pelo presidente da República.
O novo primeiro-ministro que governará a Grécia até as próximas eleições é um jurista de 67 anos que atualmente preside o Conselho de Estado, a corte suprema grega para assuntos administrativos.
Pikramenos entrou nesta instituição como juiz no ano 1976 e ali fez toda sua carreira. Em 2007 foi nomeado vice-presidente do Conselho de Estado, liderando a Seção V, que tem jurisdição em temas de proteção do meio ambiente.
Em 2010 foi nomeado presidente do Conselho de Estado, posto no qual, em princípio, permanecerá até sua aposentadoria em 2014.
Esquerda radical na frente
O líder socialista do Pasok, Evagenlos Venizelos, cujo partido foi o maior derrotado nas recentes eleições, lamentou disse ontem que "o país terá novas eleições em condições muito difíceis, porque alguns colocaram os interesses de seu partido acima do nacional".
A crítica de Venizelos mirava especificamente o líder do Syriza, Alexis Tsipras. O apoio do esquerdista radical, que é contrário ao pacote de austeridade imposto à Grécia, era fundamental para que o novo governo fosse formado.
Mas Tsipras se recusou a fazer parte de um governo de coalizão com os conservadores ou os socialistas, que governaram a Grécia nas últimas décadas, porque as últimas pesquisas indicam que o Syriza deve sair vencedor em uma próxima eleição.
Após terminar em segundo lugar no recente pleito, pesquisas mostram que a legenda esquerdista radical ficaria em primeiro lugar numa nova eleição, o que lhe daria um prêmio de 50 assentos extras no Parlamento de 300 lugares.
A Grécia vai realizar novas eleições parlamentares no próximo dia 17 de junho, anunciou nesta quarta-feira (16) a agência grega AMNA.
Até a data da eleição, o cargo de primeiro-ministro interino será ocupado pelo atual presidente do Conselho de Estado, Panayotis Pikrammenos.
A definição por novas eleições ocorreu ontem, após o presidente do país, Karolos Papoulias, se reunir com os líderes dos principais partidos políticos para uma última rodada de negociações.
A Grécia vive uma grave crise política desde segunda-feira passada, dia 7 de maio, após uma eleição que deixou o Parlamento dividido entre os que defendem e os que são contra o pacote de R$ 330 bilhões (130 bilhões de euros) de ajuda da União Europeia e do FMI. Nenhum dos partidos conquistou assentos suficientes para formar um governo.
O impasse político se agravou porque os líderes dos três partidos mais votados na eleição de 6 de maio (o conservador Nova Democracia, o esquerdista radical Syriza, e o esquerdista moderado Pasok) não conseguiram formar um governo de coalizão, o que significaria obter 151 das 300 cadeiras no parlamento grego (entenda a fragmentação do Parlamento Helênico no gráfico ao final).
A nomeação de Pikrammenos como premiê interino foi decidida hoje em reunião entre o chefe de Estado, Karolos Papoulias, e os líderes dos partidos políticos gregos com representação parlamentar, com exceção dos neonazistas da Aurora Dourada, que se negaram a participar.
Segundo explicaram os líderes dos partidos políticos em sua saída do palácio presidencial, o novo governo interino não poderá tomar nenhuma decisão relevante em relação à União Europeia ou à Otan. Os ministros do governo interino serão nomeados pelo presidente da República.
O novo primeiro-ministro que governará a Grécia até as próximas eleições é um jurista de 67 anos que atualmente preside o Conselho de Estado, a corte suprema grega para assuntos administrativos.
Pikramenos entrou nesta instituição como juiz no ano 1976 e ali fez toda sua carreira. Em 2007 foi nomeado vice-presidente do Conselho de Estado, liderando a Seção V, que tem jurisdição em temas de proteção do meio ambiente.
Em 2010 foi nomeado presidente do Conselho de Estado, posto no qual, em princípio, permanecerá até sua aposentadoria em 2014.
Esquerda radical na frente
O líder socialista do Pasok, Evagenlos Venizelos, cujo partido foi o maior derrotado nas recentes eleições, lamentou disse ontem que "o país terá novas eleições em condições muito difíceis, porque alguns colocaram os interesses de seu partido acima do nacional".
A crítica de Venizelos mirava especificamente o líder do Syriza, Alexis Tsipras. O apoio do esquerdista radical, que é contrário ao pacote de austeridade imposto à Grécia, era fundamental para que o novo governo fosse formado.
Mas Tsipras se recusou a fazer parte de um governo de coalizão com os conservadores ou os socialistas, que governaram a Grécia nas últimas décadas, porque as últimas pesquisas indicam que o Syriza deve sair vencedor em uma próxima eleição.
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