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DATA DA PUBLICAÇÃO 17/01/2018 | Setecidades
Grande ABC registra primeira morte suspeita por febre amarela
Grande ABC registra primeira morte suspeita por febre amarela  Morador de Santo André, de 56 anos, teria contraído doença no Mato Grosso do Sul. Foto: Reprodução/Instagram
Morador de Santo André, de 56 anos, teria contraído doença no Mato Grosso do Sul. Foto: Reprodução/Instagram
O pedreiro Eli José de Oliveira Silva, 56 anos, é o primeiro caso suspeito de morte causada pela febre amarela no Grande ABC. Morador da Vila Alto de Santo André, em Santo André, veio a óbito no domingo no Hospital Bartira, na mesma cidade, onde havia sido internado há cerca de três horas. Antes de procurar o hospital, Silva passou por atendimento na UPA Centro (Unidade de Pronto Atendimento), com dores nas costas, vômito, febre e mal estar por três dias seguidos.

No domingo – após piora do quadro – Silva foi internado e realizou exames de sangue para atestar a presença ou não do vírus da febre amarela. O resultado, no entanto, não ficou pronto em tempo. Embora o atestado de óbito alegue que a morte foi decorrente de infarto agudo e ruptura de parede do miocárdio (coração), exame de sorologia – colhido novamente após óbito – será analisado para investigar se a vítima estava com a doença. A administração do hospital notificou o caso ao CVE (Centro de Vigilância Epidemiológica) do município.

A família acredita que Silva possa ter contraído o vírus durante viagem a Dourados, no Mato Grosso do Sul, entre os dias 23 de dezembro e 6 de janeiro, quando foi pescar com a mulher e o sobrinho. Nenhum dos três havia tomado a vacina.

“Os médicos deram 90% de chance de ser febre amarela, portanto, tudo indica que a suspeita é conclusiva. Vamos buscar o exame assim que sair e, em breve, teremos o desfecho oficial. Infelizmente meu sogro estava em estado grave e morreu rápido, mas a amostra colhida ainda dará respostas”, diz o genro de Silva, Daniel Bruno Souza Ribeiro, 34.

Os familiares aguardam o resultado para que possam tomar os devidos cuidados em relação à doença. “Agora vamos (família) correr atrás de tomar a vacina. Se ele realmente contraiu o vírus, temos de nos cuidar ainda mais”, ressalta Ribeiro.

O professor de infectologia da FMABC (Faculdade de Medicina do ABC), Juvencio Duailibe Furtado, explica que quando há suspeita da doença e, posteriormente, óbito, o procedimento correto é colher amostra para comprovação do caso. “Se havia a febre amarela, isso tem ainda de ser investigado, pois o infarto pode ter acontecido devido às complicações da doença.”

O médico lembra que não existe tratamento específico para o combate da doença e, por isso, alguns problemas físicos podem acontecer, como, por exemplo, falência múltipla de órgãos, “Quem contrai a febre amarela tem mais chances de morrer do que de viver. A pessoa normalmente é internada para controle, mas não há um remédio que cure.”

No ano passado, a região registrou uma morte em detrimento da doença, também em Santo André. A professora Thalita Beneduzi, 28, morreu em fevereiro, após viagem à cidade de Capitólio, Minas Gerais.

Campanha de vacinação é antecipada e inclui S.Caetano

Na manhã de ontem, o governador Geraldo Alckmin (PSDB), anunciou que a campanha de vacinação fracionada contra a febre amarela – com início previsto para o dia 3 de fevereiro – será antecipada para o dia 29, e que São Caetano, até então único município da região que não estava no calendário, passa a integrar a ação nacional.

A Secretaria da Saúde do Estado esclareceu que a medida corresponde a estratégia de prevenção. A finalidade é aumentar a proteção da população que vive em áreas próximas a cinturões verdes, como é o caso do Grande ABC. Ao todo 54 municípios estão elencados no calendário, inclusive as sete cidades. A meta é imunizar, em todo o Estado, 8,3 milhões de pessoas, sendo 869,2 mil no Grande ABC.

Nenhuma outra cidade da região – exceto Santo André – registrou casos suspeitos de febre amarela.

OMS coloca São Paulo como área de risco para contaminação

(do Estadão Conteúdo)

A OMS passou a considerar, ontem, todo o Estado de São Paulo como área de risco de febre amarela e recomendou que todos os estrangeiros que façam viagens à região estejam vacinados. “Considerando o nível elevado da atividade do vírus da febre amarela observado em todo o Estado de São Paulo, a OMS determinou que, além de áreas listadas em avaliações anteriores, o Estado inteiro deve ser considerado como risco de transmissão”, aponta o órgão.

O número de mortes pela doença confirmadas no Estado desde janeiro de 2017 subiu para 21, conforme a Secretaria de Estado da Saúde. Somados, os 11 óbitos confirmados em 12 dias de 2018 são mais que o dobro dos dez casos relatados em todo o ano passado. Também houve aumento nos casos autóctones (transmissão interna) da doença, que passaram de 29 para 40.

Por Ana Beatriz Moço - Diário Online
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