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DATA DA PUBLICAÇÃO 28/04/2015 | Economia
Grande ABC perde R$ 0,03 a cada R$ 100 no consumo nacional
Grande ABC perde R$ 0,03 a cada R$ 100 no consumo nacional Foto: Nario Barbosa/DGABC
Foto: Nario Barbosa/DGABC
O Grande ABC perdeu um pedaço da fatia do consumo nacional. Em 2014, os gastos das sete cidades equivaliam a 1,78% do total, mas, neste ano, houve ligeira queda para 1,75%. Significa dizer que, a cada R$ 100 consumidos no País, R$ 1,75 é gasto na região, ou seja, R$ 0,03 a menos do que no ano passado.

Mesmo assim, o Grande ABC se mantém como um dos principais polos econômicos brasileiros. Juntas, as sete cidades vão movimentar, neste ano, R$ 65,2 bilhões, o que é 12,5% mais que o montante registrado em 2014, de acordo com estudo realizado pela consultoria IPC Marketing. Se fosse considerada um único município, a região ficaria na quinta colocação no ranking nacional de potencial de consumo, atrás apenas de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Belo Horizonte – que igualmente perderam participação entre os outros municípios que lideram o ranking, por isso mantiveram suas posições na comparação anual.

A Capital paulista, por exemplo, viu sua fatia cair de 8,81% para 7,68% e o Rio de Janeiro, de 5,03% para 4,67%. A situação dos sete municípios poderia ser melhor. Boa parte da perda de participação ocorreu por causa da queda projetada para o consumo neste ano em São Bernardo, que é um grande polo automotivo (concentra fábricas de cinco montadoras e diversas indústrias de autopeças). Isoladamente, segue como a 15ª maior força municipal do País, mas seu potencial diminuiu de R$ 19,154 bilhões no ano passado para atuais R$ 19 bilhões. Pelo estudo, as outras cidades da região devem melhorar, pelo menos em termos nominais, a movimentação de gastos e compensar, em parte, o resultado são-bernardense.

Segundo o coordenador do estudo, Marcos Pazzini, o desemprego no setor industrial, com forte impacto na área de fabricação de veículos, influi no índice, já que as pessoas deixam de ter renda e param de comprar. Dessa forma, PDVs (Programas de Demissão Voluntária), como o que gerou redução 800 funcionários na fábrica Anchieta da Volkswagen no início do ano, e cortes também em autopeças, têm efeito na economia local de forma expressiva, aponta o especialista.

CLASSIFICAÇÃO - A pesquisa mostra ainda retração no percentual de domicílios da classe A na região. Agora são 27.393, o correspondente a 3% do total. Em 2014, eram 58.606, ou 6,5% do total. Também houve diminuição no número de residências da classe B, que passaram a ser 379.811 unidades, 29% menos que em 2014. Ao mesmo tempo, houve crescimento no número de famílias das classes C e D/E. A primeira segue sendo em maior número nos sete municípios (representa hoje 49,2% do total, com 442.980 domicílios), enquanto na segunda, que em 2014 eram apenas 8,3% (74.254 famílias), agora são 162.868 (fatia de 18,1%).

Pazzini salienta que tanto a redução de domicílios mais ricos quanto o aumento de famílias mais pobres ocorreram por causa da mudança na forma de classificação do que são as classes de renda. De acordo com novo critério adotado pela Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa, o sistema de pontuação para definí-las mudou, incorporando mais itens (como computador, lavadora de roupas e micro-ondas), por exemplo, e contando agora pontos também se a pessoa mora em rua pavimentada e com água encanada.

O economista destaca que essas mudanças de metodologia também refletiram em âmbito nacional e estadual. Em comparação ao Brasil e ao Estado de São Paulo, houve crescimento maior na quantidade de domicílios urbanos da classe D/E: alta de 123,9% no Grande ABC contra 120,1% no Estado e 114,8% no Brasil. Já na classe A, houve perda maior no Grande ABC e no Estado de São Paulo – 53,2% de queda ante perda de 52,7% no Brasil. “Este cenário levou a crescimento nominal de potencial de consumo urbano (excluindo o rural) do Grande ABC de 12,8%, ante média nacional de 14,1% e estadual de 12,6%. Portanto, a região cresceu acima da média do Estado, mas abaixo da média nacional.”

Manutenção do lar lidera, ao representar 27% das despesas

Entre os segmentos de consumo, o principal destaque na região são as despesas da população com manutenção do lar: aluguel, impostos, taxas, tarifas de água e luz. Dos R$ 65,2 bilhões de potencial de gastos para 2015, R$ 17,9 bilhões estão nesse grupo, ou seja, representa 27,4% do total. Essa categoria vai ampliar seu peso neste ano. Em 2014, as despesas nessa área eram ligeiramente menores (R$ 15,1 milhões, ou 26%).

Outros segmentos que consumirão boa parte da renda do Grande ABC neste ano são a alimentação no domicílio (R$ 6,75 bilhões, o que significa 10,3% dos gastos) e fora do domicílio (R$ 4 bilhões), que também tiveram, em ambos os casos, ampliação nos valores dessas despesas. Em 2014, eram respectivamente R$ 5,28 bilhões e R$ 3,56 bilhões.

Por sua vez, as compras de materiais de construção deverão ficar estáveis: em 2015, serão R$ 2,128 bilhões com esses itens, e no ano passado, R$ 2,130 bilhões.

Por Leone Farias - Diário do Grande ABC
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