DATA DA PUBLICAÇÃO 21/03/2013 | Economia
Grande ABC ganha 2.212 vagas em 1 mês
Imagem Ilustrativa. Foto: www.imagens.usp.br
A abertura de vagas no Grande ABC, em fevereiro, foi capitaneada pela prestação de serviços. Graças ao bom desempenho do setor, que encerrou o mês com 1.999 postos de trabalho a mais, o emprego na região alcançou saldo (admissões menos demissões) de 2.212 oportunidades, alta de 30% sobre o montante gerado no mesmo período do ano passado (1.704). Na comparação com o segundo mês do ano em 2011, porém, quando a economia estava a todo vapor e 4.409 trabalhadores foram contratados, o volume ainda é 50% menor.
Os dados integram o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do MTE (Ministério do Trabalho e Emprego), e consideram apenas o emprego com registro em carteira.
O resultado demonstra que este ano já começou melhor do que 2012, que foi bastante ruim para o emprego no Grande ABC por conta do ritmo lento da economia. Para se ter ideia, o bimestre soma 1.638 vagas, 172,5% a mais do que nos dois primeiros meses do ano passado, quando o saldo era de 601 postos de trabalho.
Mesmo com o dólar na casa dos R$ 1,98 (há um ano, entretanto, a moeda estava em R$ 1,80), os empresários estão mais confiantes na melhora do cenário. No mesmo período do ano passado, a Europa atravessava forte crise e reduzia os pedidos às empresas brasileiras. Além disso, o câmbio favorecia enxurrada de itens importados, especialmente chineses, e encarecia o produto nacional lá fora.
Hoje, os estoques estão menores, redução propiciada ao longo do ano passado por medidas de incentivo do governo federal, como a redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para veículos, móveis, linha branca e materiais de construção. "Os números indicam movimento de retomada impulsionado pelo retorno dos investimentos (no fim do segundo semestre). Os juros em queda, a desoneração da folha de pagamento de diversos setores e o IPI reduzido têm estimulado o investimento privado", avalia Volney Gouveia, professor de Economia da Fundação Santo André.
Em relação a janeiro, mês tradicionalmente marcado por demissões, o saldo de 2.212 empregos também se destaca. No primeiro mês do ano, o montante ficou negativo em 778 postos de trabalho - o resultado, porém, foi melhor do que em janeiro de 2012, quando as demissões atingiram 1.342 trabalhadores.
O setor de serviços, que em janeiro registrou saldo negativo de 262 vagas, se recuperou com a abertura de 1.999 postos em fevereiro. Mesmo o setor industrial, que em janeiro teve 986 contratações, manteve saldo positivo de 364 profissionais no mês passado. "O comportamento da indústria merece destaque, pois continua contratando. Isso é interessante, pois em 2012 o segmento perdeu cerca de 7.000 empregos na região", analisa Sandro Maskio, economista da Prefeitura de Santo André.
Pelo fato de diversas atividades de serviços caminharem lado a lado com a indústria, se esse setor vai bem, o outro acompanha. Estão relacionadas as áreas de tecnologia, telemarketing, logística, contabilidade, limpeza, segurança e financeira. E, embora paguem salários menores, a maioria das oportunidades está no ramo de serviços. "A vocação industrial da região está se deslocando para serviços. A remuneração média, porém, é muito baixa. O nosso desafio está em melhorar a qualificação do trabalho. As prefeituras têm de agir de maneira coordenada por meio da Agência de Desenvolvimento do Grande ABC", diz Gouveia.
Por concentrar maior atividade de serviços, Santo André liderou as admissões, com 1.468 postos, e figurou no quinto lugar do ranking estadual. Na sequência, aparecem São Bernardo (36º), Diadema (61º), São Caetano (106º), Ribeirão Pires (112º) e Mauá (323º).
Os dados integram o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do MTE (Ministério do Trabalho e Emprego), e consideram apenas o emprego com registro em carteira.
O resultado demonstra que este ano já começou melhor do que 2012, que foi bastante ruim para o emprego no Grande ABC por conta do ritmo lento da economia. Para se ter ideia, o bimestre soma 1.638 vagas, 172,5% a mais do que nos dois primeiros meses do ano passado, quando o saldo era de 601 postos de trabalho.
Mesmo com o dólar na casa dos R$ 1,98 (há um ano, entretanto, a moeda estava em R$ 1,80), os empresários estão mais confiantes na melhora do cenário. No mesmo período do ano passado, a Europa atravessava forte crise e reduzia os pedidos às empresas brasileiras. Além disso, o câmbio favorecia enxurrada de itens importados, especialmente chineses, e encarecia o produto nacional lá fora.
Hoje, os estoques estão menores, redução propiciada ao longo do ano passado por medidas de incentivo do governo federal, como a redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para veículos, móveis, linha branca e materiais de construção. "Os números indicam movimento de retomada impulsionado pelo retorno dos investimentos (no fim do segundo semestre). Os juros em queda, a desoneração da folha de pagamento de diversos setores e o IPI reduzido têm estimulado o investimento privado", avalia Volney Gouveia, professor de Economia da Fundação Santo André.
Em relação a janeiro, mês tradicionalmente marcado por demissões, o saldo de 2.212 empregos também se destaca. No primeiro mês do ano, o montante ficou negativo em 778 postos de trabalho - o resultado, porém, foi melhor do que em janeiro de 2012, quando as demissões atingiram 1.342 trabalhadores.
O setor de serviços, que em janeiro registrou saldo negativo de 262 vagas, se recuperou com a abertura de 1.999 postos em fevereiro. Mesmo o setor industrial, que em janeiro teve 986 contratações, manteve saldo positivo de 364 profissionais no mês passado. "O comportamento da indústria merece destaque, pois continua contratando. Isso é interessante, pois em 2012 o segmento perdeu cerca de 7.000 empregos na região", analisa Sandro Maskio, economista da Prefeitura de Santo André.
Pelo fato de diversas atividades de serviços caminharem lado a lado com a indústria, se esse setor vai bem, o outro acompanha. Estão relacionadas as áreas de tecnologia, telemarketing, logística, contabilidade, limpeza, segurança e financeira. E, embora paguem salários menores, a maioria das oportunidades está no ramo de serviços. "A vocação industrial da região está se deslocando para serviços. A remuneração média, porém, é muito baixa. O nosso desafio está em melhorar a qualificação do trabalho. As prefeituras têm de agir de maneira coordenada por meio da Agência de Desenvolvimento do Grande ABC", diz Gouveia.
Por concentrar maior atividade de serviços, Santo André liderou as admissões, com 1.468 postos, e figurou no quinto lugar do ranking estadual. Na sequência, aparecem São Bernardo (36º), Diadema (61º), São Caetano (106º), Ribeirão Pires (112º) e Mauá (323º).
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