NOTÍCIA ANTERIOR
Sem a CPMF, cresce o uso de cheques no comércio
PRÓXIMA NOTÍCIA
Alimentos estão mais baratos neste mês
DATA DA PUBLICAÇÃO 18/01/2008 | Economia
Grande ABC abre 36.603 vagas em 1 ano
O reaquecimento da economia brasileira em 2007 estimulou as empresas do Grande ABC a contratar mais funcionários. Números do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), divulgados nesta quinta-feira pelo Ministério do Trabalho, mostram que a região encerrou o ano com um saldo positivo de 36.603 vagas. Ao todo, as sete cidades contrataram 264.431 trabalhadores - aumento de 12,5% contra 2006.

O emprego da região cresceu em especial por causa do desempenho do setor de serviços. O setor também puxou as contratações na Grande São Paulo, no Estado e no País.]

"Já havia sido um ano bom em 2006 e 2007 foi muito melhor", define Paulo Henrique da Silva, do Observatório Econômico de Santo André. Ele explica que o fortalecimento da economia impulsionou o resultado do mercado de trabalho. "Tudo isso foi em função de um forte aquecimento do mercado interno", garante.

No entanto, o coordenador do curso de economia do Imes, Francisco Funcia, aponta que o crescimento do emprego no Grande ABC foi inferior ao observado na Capital, no Estado, na Grande São Paulo e no Brasil em geral. Para Funcia, isso tem a ver com o tipo de crescimento econômico que impulsionou o mercado de trabalho no ano passado. "O mercado interno foi o grande elemento para o crescimento no emprego, diferente de 2004 e 2005, que tiveram forte participação das exportações."

"Esse baixo dinamismo observado no Grande ABC pode estar relacionado a este fator. Considerando que as empresas da região têm uma força exportadora, elas não se beneficiam tanto de crescimentos baseados no mercado interno", explica.

Para Paulo Henrique da Silva, o impulso dos serviços no Grande ABC tem a ver com a força industrial "A mesma coisa que faz com que a indústria gere menos emprego faz os serviços empregarem mais: o fenômeno da terceirização, que é muito grande", disse Silva.

Além disso, com o crescimento da renda gerado por mais emprego é criado o "círculo virtuoso" do desenvolvimento econômico. "A demanda por serviços pessoais também cresce bastante", conta o analista do Observatório Econômico. "E uma coisa impulsiona a outra."

Construção civil também apresenta bom desempenho

O emprego na construção civil fechou o ano com saldo de 176.755 vagas criadas de acordo com o Caged. O forte desempenho também teve reflexo no Grande ABC, onde o setor impulsionou o mercado de trabalho em São Caetano. Foram 743 postos a mais em 2007 no município.

"Isso mostra o forte crescimento do setor imobiliário na cidade", contou o coordenador do curso de economia do Imes, Francisco Funcia.

Comprovando a importância da construção civil na geração de vagas, o Sinduscon-SP (sindicado das construtoras) divulgou nesta quinta-feira que o nível de emprego no setor cresceu 15,12% entre janeiro e novembro de 2007.

Recuo das contratações em dezembro não prejudica balanço

Em dezembro, o Grande ABC perdeu 674 vagas. O resultado negativo não contraria o bom desempenho da região em 2007. Pelo contrário: o baixo índice de queda mostra que a economia da região estava em um forte ritmo nos 12 meses passados.

"Em dezembro, essa quase estabilidade significa que o ano foi forte o suficiente para diminuir a sazonalidade do mês", diz Paulo Henrique da Silva, do Observatório Econômico de Santo André.

Segundo Silva, o sinal negativo no resultado de dezembro não é motivo de preocupação já que trata-se de um mês que é sempre negativo para o emprego, contribuindo para isso o breque da indústria no fim do ano.

Só nos últimos 31 dias de 2007 o Brasil perdeu 319.414 empregos - equivalente a mais que o dobro da população de São Caetano. Já no Estado de São Paulo, a queda no saldo de vagas foi de 173.905.

Saldo - No entanto, em dezembro houve mais admissões do que no mesmo mês de 2006. Foram 17.614 contratações na região nos últimos 31 dias do ano passado, contra 15.963 no mesmo período do ano anterior, aumento de 10,3%. Ao mesmo tempo, o número de demissões subiu só 5,4% (de 17.359 para 18.288).

Com saldo de 1,6 mi, geração de emprego no Brasil bate recorde

O saldo de geração de empregos formais no Brasil atingiu a marca de 1.617.392 em 2007, recorde histórico desde o começo da série, em 1992. Ao todo, o mercado formal do País contratou 14.341.289, mas demitiu 12.723.897 pessoas no ano passado.

O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, atribuiu o resultado ao crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) - que são as riquezas produzidas no ano -, estimado em 5,2% em 2007.

"A gente sente que há uma consistência de forma generalizada na geração de empregos. Isso permite manter a minha previsão otimista de que 2008 vai ser ainda melhor que 2007", disse.

O otimismo do ministro é tanto que ele crê em uma geração de até 2 milhões de novos empregos em 2008. Para Lupi, nem os temores de uma possível recessão nos Estados Unidos vão atrapalhar o crescimento. O ministro diz que as exportações brasileiras é diversificado no mundo e não só nos EUA. Além disso, a demanda interna permanece aquecida.

Por Daniel Trielli - Diário do Grande ABC
Assine nosso Feed RSS
Últimas Notícias Gerais - Clique Aqui
As últimas | Economia
25/09/2018 | Operação mira sonegação de R$ 100 mi de grupos cervejeiros e cerca Proibida
25/09/2018 | Greve na Argentina cancela voos no Brasil nesta terça-feira
25/09/2018 | Demanda por GNV aumenta até 350% após alta na gasolina
As mais lidas de Economia
Relação não gerada ainda
As mais lidas no Geral
Relação não gerada ainda
Mauá Virtual
O Guia Virtual da Cidade

Todos os direitos reservados - 2024 - Desde 2003 à 7716 dias no ar.