DATA DA PUBLICAÇÃO 13/09/2011 | Geral
Governos federal e de SP anunciam liberação de verbas para o Rodoanel
Traçado do trecho norte do Rodoanel Mario Covas, que deverá ser concluído até 2014 (Foto: Divulgação/Secretaria dos Transportes)
Representantes dos governos federal e estadual anunciaram nesta segunda-feira (12) em São Paulo a assinatura de convênios para a liberação de recursos e investimentos para a construção do Trecho Norte do Rodoanel Mario Covas e para ampliação e obras da Hidrovia Tietê-Paraná. A presidente da República, Dilma Rousseff, assinará nesta terça-feira (13) em São Paulo os dois convênios com o governo paulista.
Por meio do Ministério dos Transportes, o governo federal irá repassar R$ 1,72 bilhão para a construção do Trecho Norte do Rodoanel. O custo total do empreendimento será de R$ 6,51 bilhões, sendo que deste montante R$ 2,79 bilhões sairão dos cofres do estado, e R$ 2 bilhões virão de empréstimo junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
O Trecho Norte terá 44 km de extensão, passando ao sul do Parque Estadual da Cantareira, em São Paulo, por Guarulhos e Arujá, e mais 4 km de interligação com o Aeroporto Internacional de Guarulhos. Serão construídos sete túneis, cinco na capital e dois em Guarulhos.
De acordo com o diretor-presidente da Dersa, Lawrence Casagrande Lourenço, o traçado escolhido é o de menor impacto ambiental. "Em alguns pontos alguns ajustes podem ser feitos, mas serão mínimos", enfatizou. O diretor da Dersa afirmou que a via não deixará moradores de determinados bairros isolados. "Em todo lugar, haverá interligação sob o rodoanel entre os bairros." A previsão é que as obras sejam iniciadas em março de 2012.
Devido às obras do Trecho Norte, 2.100 imóveis em terrenos regulares serão desapropriados. Seus proprietários receberão, segundo Lourenço, os valores de mercado depois de uma avaliação. Outras 600 famílias, que ocupam moradias em áreas irregulares, serão reassentadas. "Em um primeiro momento, receberão uma bolsa-aluguel. Depois, receberão uma unidade em um CDHU", disse Lourenço.
Hidrovia Paraná-Tietê
As obras de ampliação da hidrovia, por sua vez, terão um investimento de aproximadamente R$ 1,5 bilhão, sendo que R$ 900 milhões serão repassados pelo governo federal. Está prevista, além da eliminação de gargalos no trecho navegável do Rio Tietê, a extensão da hidrovia até o Rio Piracicaba. O Rio Tietê tem uma extensão de 576 km, enquanto o Piracicaba, de 24 km.
Com a obra, a expectativa, após a sua conclusão, é de uma economia de 20% por tonelada transportada, além de uma redução de 15% no tempo da viagem da carga e a possibilidade de incremento de 7% no total da carga transportada atualmente.
De acordo com cálculos da Secretaria Estadual dos Transportes, cada quatro chatas - tipo de embarcação de carga - movidas por um barco empurrador substituem 172 carretas com capacidade de carga de 35 toneladas. "Com o transporte rodoviário, o consumo de combustível é muito maior, obviamente, e isso se reflete na emissão de CO2", afirmou Casemiro Tércio de Carvalho, diretor da secretaria.
De acordo com Saulo de Castro Abreu Filho, secretário estadual de Logística e Transportes, a previsão para o término destas obras é no final de 2014. Ele elogiou a parceria com o governo federal.
“Não posso pensar só em uma gestão, só em 2014. Não sei quem fará. Alguém fará. Nos pediram para apresentar projetos e nós apresentamos. A ideia aqui é isso. Algo vai acontecer, independentemente de coloração partidária. É importante que o governo federal tenha essa percepção de futuro”, disse.
“É um investimento no país. A nossa competição é com a China e outros países. Ao criarmos melhores condições de competitividade para os nossos produtos, a nossa economia melhora, melhora a vida de cada um de nós”, afirmou Adão Marcondes, diretor de Estrutura Aquaviária do Departamento Nacional de Infraestrutura (DNIT).
Duplicação da Tamoios
O entrosamento entre as duas esferas de governo - federal e estadual - é tão bom, segundo o secretário dos Transportes, que ele disse ter pleiteado, durante o anúncio dos convênios, a participação da União na duplicação da Rodovia dos Tamoios, que liga o Vale do Paraíba ao litoral norte do estado.
"A duplicação é importantíssima não apenas para o desenvolvimento do estado, mas também para o desenvolvimento da Petrobras, que terá uma plataforma de operações em São José dos Campos. Por isso, nada mais lógico que o governo federal nos auxiliar neste projeto. É um pleito novo da minha parte", disse.
Segundo Saulo, o governo estadual se encarregará da duplicação dos trechos de serra e do planalto, enquanto o federal do trecho de planície. O projeto de duplicação pode incluir também a rodovia SP-055, conhecida como Rio-Santos, que margeia todo o litoral paulista desde Santos até a capital fluminense. O custo total da obra, de acordo com o secretário, está em R$ 4,7 bilhões.
Por meio do Ministério dos Transportes, o governo federal irá repassar R$ 1,72 bilhão para a construção do Trecho Norte do Rodoanel. O custo total do empreendimento será de R$ 6,51 bilhões, sendo que deste montante R$ 2,79 bilhões sairão dos cofres do estado, e R$ 2 bilhões virão de empréstimo junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
O Trecho Norte terá 44 km de extensão, passando ao sul do Parque Estadual da Cantareira, em São Paulo, por Guarulhos e Arujá, e mais 4 km de interligação com o Aeroporto Internacional de Guarulhos. Serão construídos sete túneis, cinco na capital e dois em Guarulhos.
De acordo com o diretor-presidente da Dersa, Lawrence Casagrande Lourenço, o traçado escolhido é o de menor impacto ambiental. "Em alguns pontos alguns ajustes podem ser feitos, mas serão mínimos", enfatizou. O diretor da Dersa afirmou que a via não deixará moradores de determinados bairros isolados. "Em todo lugar, haverá interligação sob o rodoanel entre os bairros." A previsão é que as obras sejam iniciadas em março de 2012.
Devido às obras do Trecho Norte, 2.100 imóveis em terrenos regulares serão desapropriados. Seus proprietários receberão, segundo Lourenço, os valores de mercado depois de uma avaliação. Outras 600 famílias, que ocupam moradias em áreas irregulares, serão reassentadas. "Em um primeiro momento, receberão uma bolsa-aluguel. Depois, receberão uma unidade em um CDHU", disse Lourenço.
Hidrovia Paraná-Tietê
As obras de ampliação da hidrovia, por sua vez, terão um investimento de aproximadamente R$ 1,5 bilhão, sendo que R$ 900 milhões serão repassados pelo governo federal. Está prevista, além da eliminação de gargalos no trecho navegável do Rio Tietê, a extensão da hidrovia até o Rio Piracicaba. O Rio Tietê tem uma extensão de 576 km, enquanto o Piracicaba, de 24 km.
Com a obra, a expectativa, após a sua conclusão, é de uma economia de 20% por tonelada transportada, além de uma redução de 15% no tempo da viagem da carga e a possibilidade de incremento de 7% no total da carga transportada atualmente.
De acordo com cálculos da Secretaria Estadual dos Transportes, cada quatro chatas - tipo de embarcação de carga - movidas por um barco empurrador substituem 172 carretas com capacidade de carga de 35 toneladas. "Com o transporte rodoviário, o consumo de combustível é muito maior, obviamente, e isso se reflete na emissão de CO2", afirmou Casemiro Tércio de Carvalho, diretor da secretaria.
De acordo com Saulo de Castro Abreu Filho, secretário estadual de Logística e Transportes, a previsão para o término destas obras é no final de 2014. Ele elogiou a parceria com o governo federal.
“Não posso pensar só em uma gestão, só em 2014. Não sei quem fará. Alguém fará. Nos pediram para apresentar projetos e nós apresentamos. A ideia aqui é isso. Algo vai acontecer, independentemente de coloração partidária. É importante que o governo federal tenha essa percepção de futuro”, disse.
“É um investimento no país. A nossa competição é com a China e outros países. Ao criarmos melhores condições de competitividade para os nossos produtos, a nossa economia melhora, melhora a vida de cada um de nós”, afirmou Adão Marcondes, diretor de Estrutura Aquaviária do Departamento Nacional de Infraestrutura (DNIT).
Duplicação da Tamoios
O entrosamento entre as duas esferas de governo - federal e estadual - é tão bom, segundo o secretário dos Transportes, que ele disse ter pleiteado, durante o anúncio dos convênios, a participação da União na duplicação da Rodovia dos Tamoios, que liga o Vale do Paraíba ao litoral norte do estado.
"A duplicação é importantíssima não apenas para o desenvolvimento do estado, mas também para o desenvolvimento da Petrobras, que terá uma plataforma de operações em São José dos Campos. Por isso, nada mais lógico que o governo federal nos auxiliar neste projeto. É um pleito novo da minha parte", disse.
Segundo Saulo, o governo estadual se encarregará da duplicação dos trechos de serra e do planalto, enquanto o federal do trecho de planície. O projeto de duplicação pode incluir também a rodovia SP-055, conhecida como Rio-Santos, que margeia todo o litoral paulista desde Santos até a capital fluminense. O custo total da obra, de acordo com o secretário, está em R$ 4,7 bilhões.
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