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DATA DA PUBLICAÇÃO 12/02/2015 | Educação
Governador Alckmin corta 3 mil salas de aula no Estado
Governador Alckmin corta 3 mil salas de aula no Estado Corte atinge ABCD, além de todo o Estado; Apeoesp promete cobrar de governador reabertura das salas de aula. Foto: Cris Castelo Branco/GESP
Corte atinge ABCD, além de todo o Estado; Apeoesp promete cobrar de governador reabertura das salas de aula. Foto: Cris Castelo Branco/GESP
Somente no ABCD, foram fechadas 300 classes em diversas escolas

O governo do Estado, comandado por Geraldo Alckmin (PSDB), não fechou salas de aula apenas no ABCD. Ao todo, foram cortadas mais de três mil classes entre os municípios de São Paulo; 10% do total foram na Região, que perdeu 300 salas. Como resultado, algumas escolas estaduais já operam com 50 alunos por classe no ABCD. O número é ainda maior na Capital, onde algumas salas contam até com 90 alunos, conforme denuncia a Apeoesp (Sindicato de Professores da Rede Estadual de São Paulo). Ao todo, as salas fechadas poderiam atender a cerca de 120 mil alunos.

A cidade de São Paulo foi a que mais sofreu com a medida de Alckmin. Somente no bairro de Santo Amaro foram fechadas 250 salas de aula. Em São Miguel Paulista, outras 90. A cidade de Campinas perdeu 200 classes e Jundiaí teve redução de 153 salas.

Os cortes se dão no Ensino Médio e também no Fundamental, e atingem os períodos da manhã, tarde e noite. Em nota, a Secretaria Estadual de Educação afirma que atende toda a demanda de alunos apresentada pelos municípios.

Para tentar reverter a decisão, a Apeoesp agendou para 13 de março assembleia em que decidirá se realiza greve por melhores condições de trabalho e reajuste salarial de 75,33%. “Somente com mobilização vamos conseguir melhorias e a reabertura dessas salas. O governo do Estado está cortando verba para a educação, o que precariza o ensino e aumenta o desemprego da categoria”, avaliou a presidente da Apeoesp, Maria Izabel Azevedo Noronha, a Bebel.

ABCD - São Bernardo foi o município que teve maior redução na Região, perdendo cerca de 100 salas. Em Santo André foram cortadas 70 classes; Diadema perdeu 22 e São Caetano, 32 salas. O Estado também cortou, somadas as cidades de Mauá, Rio Grande da Serra e Ribeirão Pires, outras 90 salas.

Mãe continua peregrinação por matrícula

Como apontou reportagem do ABCD MAIOR publicada no dia 3 (clique aqui para ler), o corte promovido pelo governador Geraldo Alckmin já afeta pais e alunos. Apesar de o governo do Estado afirmar que ninguém está sem vaga, há dificuldade em realizar matrícula na rede estadual de ensino. Vânia da Silva Santos, que tenta, sem sucesso, matricular seus dois filhos, procurou a reportagem para denunciar o problema na semana passada, mas ainda não conseguiu vaga em nenhuma escola estadual de São Bernardo

Vânia já tentou encontrar uma sala de aula para seus filhos em três escolas, mas não conseguiu matrícula por falta de vagas: Carlos Pezzolo (Ferrazópolis), Brasília Tondi de Lima (Vila São José) e Nelson Monteiro Palma (Jardim Irajá).

“Depois da reportagem eu voltei em quatro escolas estaduais e todas falaram a mesma coisa: que não tem vaga. Continuo na mesma. E meus filhos sem estudar, sem nenhuma ocupação”, lamentou Vânia.

Por Karen Marchetti - ABCD Maior
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