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DATA DA PUBLICAÇÃO 05/01/2014 | Veículos
GM diz a Mantega que não voltará atrás sobre demissões do fim do ano
Diretor da montadora, que também chefia a Anfavea, deu explicações.

Ele diz que corte de 1.053 vagas ao longo de 2013 já era previsto.


O presidente da associação das montadoras (Anfavea), Luiz Moan, se reuniu na tarde desta sexta-feira (3) com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, em São Paulo, para explicar as demissões na fábrica da General Motors em São José dos Campos (SP) no fim do ano. Segundo ele, o corte estava previsto em um acordo assinado entre a GM e o sindicato dos metalúrgicos da região em janeiro de 2013 e não há possibilidade de a montadora voltar atrás.

O executivo não informou número de demitidos no último dia 28, alegando que o corte também incluiu um Programa de Demissão Voluntária (PDV). No entanto, Luiz Moan disse que o acordo já previa o corte de 1.053 vagas que ocorreu uma das fábricas da GM em São José dos Campos. Este foi o total de funcionários desligados entre janeiro e dezembro de 2013.

Moan, que também é diretor de relações institucionais da GM do Brasil, foi quem negociou com o sindicato o acordo mencionado, que previa o fechamento da linha de montagem de automóveis, um dos setores da fábrica, onde era produzida a linha Classic. Nela, atuavam 1.500 funcionários.

As cartas de demissão dos que foram desligados em dezembro foram recebidas enquanto os trabalhadores estavam em férias coletivas, segundo o sindicato.

Ministro convocou reunião
A reunião desta tarde foi convocada pelo ministro, para que a Anfavea justificasse as demissões. "Vou conversar com alguém na Anfavea (associação das montadoras) para cobrar explicações. As empresas não podem estar demitindo trabalhadores em condições normais. Estamos subindo o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), mas ainda há uma folga", afirmou, ainda em Brasília.

"O ministro ficou preocupado (com as demissões), eu expliquei que era um acordo e o sindicato já sabia", disse Moan. "Não há a mínima chance de revisão." Segundo o executivo, Mantega entendeu: O ministro, no entanto, não falou com os jornalistas após a reunião.

O diretor da GM disse que o acordo das montadoras com o governo garante a manutenção do nível de emprego no setor. Segundo ele, o número de empregos na indústria de automóveis aumentou de 145 mil no final de 2012 para 155 mil em novembro de 2013. Portanto, mesmo com as demissões em São José dos Campos, o acordo foi mantido, diz o executivo.

Sindicato reclama
Apesar de Moan dizer que os cortes faziam parte do acordo, o sindicato dos metalúrgicos de São José dos Campos reclamou. “Vamos entrar com uma ação judicial para anular essas demissões", afirmou ao G1 o presidente do sindicato, Antônio Ferreira de Barros, no último dia 28.

Procurada, a GM informou naquela data que "desde 2008, negociou com o sindicato novos investimentos que permitiriam a aprovação de novos projetos para a fábrica, chegando inclusive a contar com o apoio da sociedade civil joseense, mas não obteve sucesso".

"A instância judicial é aberta a todos", disse Moan nesta sexta-feira, sobre a possiblidade de ação do sindicato. Ele reafirmou, no entanto: "Acordo é acordo que deve ser cumprido".

'Novela' em São José dos Campos
As discussões sobre o fechamento da linha de montagem de automóveis (MVA) em São José dos Campos se estende há 5 anos. Em março passado, após o acordo, a GM já havia desligado 598 trabalhadores. Em julho passado, em meio à crise da GM com o sindicato de São José dos Campos, a presidente Dilma Rousseff mandou um recado à montadora, dizendo que a redução do IPI, determinada em maio de 2012, estava condicionada à manutenção de empregos na indústria automobilística.

"Nós damos incentivos fiscais e financeiros e queremos, como retorno para o Brasil, a manutenção de emprego", disse. "Fazemos toda uma política anticíclica pra garantir empregos. Isso vale não só para as montadoras, mas para todos que receberem incentivos."

Em agosto, a GM decidiu antecipar o fim da produção do Classic na planta, contrariando o acordo. Pressionada, a montadora voltou atrás, mas condicionou a manutenção da linha até o fim do ano à abertura do Plano de Demissão Voluntária (PDV).

O sindicato informou que, mesmo depois do PDV a empresa alegava que havia um excedente de aproximadamente 450 pessoas na planta.

O Classic continua no portfólio da Chevrolet: ele continua sendo feito em Rosário, na Argentina, e em São Caetano do Sul, no ABC paulista.

Por Rodrigo Ortega - G1, em São Paulo
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