DATA DA PUBLICAÇÃO 20/01/2016 | Política
Gestão Marinho é investigada por fraude em compra de suco de laranja
A Polícia Civil e o Ministério Público deflagraram ontem a Operação Alba Branca, que investiga suspeita de formação de organização criminosa em contratos da Coaf (Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar) com diversas prefeituras de São Paulo, entre elas a de São Bernardo, comandada pelo prefeito Luiz Marinho (PT).
Ontem, policiais estiveram no Paço de São Bernardo e apreenderam documentos referentes ao vínculo da Coaf com o governo petista. O contrato, em vigência desde 2010, é para fornecimento de suco de laranja para a merenda escolar.
A Coaf tem sede em Bebedouro, no Interior, onde teve início a Operação Alba Branca, conduzida pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado). Sete mandados de prisão foram expedidos e seis cumpridos.
A polícia relacionou o governo Marinho com outras cidades argumentando apuração “de possível organização criminosa que estaria fraudando procedimentos do tipo ‘chamada pública’, destinados à compra de itens da merenda escolar de escolas da rede pública”. Foram realizados mandados de busca e apreensão também nas prefeituras de Paraíso, Novaes, Santos, Sumaré, Americana, Colômbia, Campinas, Santa Rosa do Viterbo, Bauru, Mogi das Cruzes, Barueri, Araras, Cotia, Mairinque e Caieiras.
A administração são-bernardense repassou R$ 4,1 milhões à Coaf, em contratos firmados desde 2010, segundo dados do Portal da Transparência. Os documentos ontem apreendidos pela Polícia Civil são referentes a um processo licitatório de 2014.
A Polícia Civil detalhou que o processo será dividido em etapas. “Por ora, é uma fase de levantamento de documentação, não sendo possível afirmar categoricamente se há, ou não, irregularidades em cada uma dessas prefeituras e nos retrospectivos procedimentos de compras. Nesta manhã (ontem), estão sendo cumpridos por agentes da Polícia Civil 24 mandados de busca e apreensão e sete mandados de prisão, estes expedidos, principalmente, em desfavor de integrantes da Coaf”, acrescentou. A polícia evitou fornecer mais detalhes do caso e prometeu esclarecer a investigação somente hoje.
O governo Marinho admitiu “que a Polícia Civil procurou a Secretaria de Educação da Prefeitura de São Bernardo nesta terça-feira (ontem) com um mandado de busca e apreensão”. Destacou que os “documentos eram relacionados ao processo 80074/2014, que tem a Coaf como vencedora da chamada pública realizada pela administração para fornecimento de suco de laranja integral na rede de ensino. O processo foi homologado no dia 29 de maio de 2014, seguindo as normas da Lei de Licitações”. Informou ainda que “forneceu o processo e está disponível para os esclarecimentos necessários por parte das autoridades.”
A equipe do Diário entrou em contato com a direção da Coaf pelos telefones relacionados no site da empresa, mas nenhuma das ligações foi atendida. O vínculo com a Coaf foi estabelecido por Cleuza Repulho (PT), que deixou a Pasta em julho do ano passado, em meio a escândalos. Ela é ré em processo do Gaeco, acusada de desviar R$ 4 milhões na compra de tênis e mochilas a alunos da rede pública. Ela também responde a ação civil pública por compra de brinquedos à rede. Hoje, o setor é comandado pelo vereador licenciado Paulo Dias (PT).
HISTÓRICO
Em 2014, A Polícia Civil de São Bernardo instaurou inquérito para investigar indícios de direcionamento, formação de cartel e superfaturamento em licitação aberta em 2012 para compra de salsichas de peru congeladas. O pregão foi vencido pela New Quality Indústria e Comércio de Carnes e Produtos Alimentícios – o resultado havia sido antecipado antes da abertura dos envelopes.
Outra polêmica foi o corte parcial na distribuição de merenda no ano passado, também alvo da Justiça. Meses depois, o governo Marinho voltou a repassar de maneira integral os alimentos.
Ontem, policiais estiveram no Paço de São Bernardo e apreenderam documentos referentes ao vínculo da Coaf com o governo petista. O contrato, em vigência desde 2010, é para fornecimento de suco de laranja para a merenda escolar.
A Coaf tem sede em Bebedouro, no Interior, onde teve início a Operação Alba Branca, conduzida pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado). Sete mandados de prisão foram expedidos e seis cumpridos.
A polícia relacionou o governo Marinho com outras cidades argumentando apuração “de possível organização criminosa que estaria fraudando procedimentos do tipo ‘chamada pública’, destinados à compra de itens da merenda escolar de escolas da rede pública”. Foram realizados mandados de busca e apreensão também nas prefeituras de Paraíso, Novaes, Santos, Sumaré, Americana, Colômbia, Campinas, Santa Rosa do Viterbo, Bauru, Mogi das Cruzes, Barueri, Araras, Cotia, Mairinque e Caieiras.
A administração são-bernardense repassou R$ 4,1 milhões à Coaf, em contratos firmados desde 2010, segundo dados do Portal da Transparência. Os documentos ontem apreendidos pela Polícia Civil são referentes a um processo licitatório de 2014.
A Polícia Civil detalhou que o processo será dividido em etapas. “Por ora, é uma fase de levantamento de documentação, não sendo possível afirmar categoricamente se há, ou não, irregularidades em cada uma dessas prefeituras e nos retrospectivos procedimentos de compras. Nesta manhã (ontem), estão sendo cumpridos por agentes da Polícia Civil 24 mandados de busca e apreensão e sete mandados de prisão, estes expedidos, principalmente, em desfavor de integrantes da Coaf”, acrescentou. A polícia evitou fornecer mais detalhes do caso e prometeu esclarecer a investigação somente hoje.
O governo Marinho admitiu “que a Polícia Civil procurou a Secretaria de Educação da Prefeitura de São Bernardo nesta terça-feira (ontem) com um mandado de busca e apreensão”. Destacou que os “documentos eram relacionados ao processo 80074/2014, que tem a Coaf como vencedora da chamada pública realizada pela administração para fornecimento de suco de laranja integral na rede de ensino. O processo foi homologado no dia 29 de maio de 2014, seguindo as normas da Lei de Licitações”. Informou ainda que “forneceu o processo e está disponível para os esclarecimentos necessários por parte das autoridades.”
A equipe do Diário entrou em contato com a direção da Coaf pelos telefones relacionados no site da empresa, mas nenhuma das ligações foi atendida. O vínculo com a Coaf foi estabelecido por Cleuza Repulho (PT), que deixou a Pasta em julho do ano passado, em meio a escândalos. Ela é ré em processo do Gaeco, acusada de desviar R$ 4 milhões na compra de tênis e mochilas a alunos da rede pública. Ela também responde a ação civil pública por compra de brinquedos à rede. Hoje, o setor é comandado pelo vereador licenciado Paulo Dias (PT).
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Em 2014, A Polícia Civil de São Bernardo instaurou inquérito para investigar indícios de direcionamento, formação de cartel e superfaturamento em licitação aberta em 2012 para compra de salsichas de peru congeladas. O pregão foi vencido pela New Quality Indústria e Comércio de Carnes e Produtos Alimentícios – o resultado havia sido antecipado antes da abertura dos envelopes.
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