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DATA DA PUBLICAÇÃO 07/07/2015 | Saúde e Ciência
Gestante que optar por cesariana deve preencher termo em hospital
Gestante que optar por cesariana deve preencher termo em hospital Foto: Celso Luiz/DGABC
Foto: Celso Luiz/DGABC
As gestantes que optarem por fazer cesárea deverão assinar termo de consentimento para que o plano de Saúde cubra a cirurgia. A regra está na resolução normativa 368, que entrou em vigor ontem, após ser anunciada em janeiro. A medida definida pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) traz várias exigências às prestadoras, com intuito de incentivar o parto normal.

Conforme as regras, cada gestante deve fazer acompanhamento com partograma e cartilha, que trarão informações do pré-natal. Caso o médico indique o parto normal, a gestante preenche o termo se optar pela cesariana. O documento foi elaborado pela Sogesp (Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo). Nele, a mulher declara estar ciente de riscos como infecção ou hemorragia para a paciente e chances de desconforto respiratório e morte para o bebê.

Para a coordenadora do grupo MaternaMente e doutora em Ciências e Saúde Pública pela USP (Universidade de São Paulo), Deborah Delage, a medida ainda é tímida para representar redução no número de cirurgias. “Mesmo assim, acho que a norma vai mostrar os conflitos de interesses. Muitos médicos vão se descredenciar e acredito que as operadoras que quiserem forçar o parto natural farão internação precoce e vão introduzir drogas de aceleração, o que não é recomendado”, disse.

Conforme Deborah, para os hospitais particulares e os próprios médicos, o parto normal não compensa, mas é o mais mais indicado para a mãe e o bebê em condições normais. “Em dez horas o hospital atende uma mulher em parto normal e até dez em cesariana. No parto natural, o bebê vai expelir os líquidos do pulmão, o que não acontece na cesárea. Além disso, é importante que o ser humano passe pelo canal vaginal para entrar em contato com as bactérias maternas, que fazem a diferença na questão das doenças crônicas.”

A recepcionista Juliana Rodrigues de Oliveira, 29 anos, está na segunda gravidez e não se arrepende da escolha pelo parto normal. “O Carlos tem 8 anos e nunca teve problema de saúde sério. Fora que a recuperação é ótima.”

A resolução também define que a gestante tem direito a informações sobre percentual de cirurgias cesáreas e de partos normais do hospital e do médico. “Porém, essa questão ainda está muito burocrática porque diz que deve ser feita por meio de um ofício. A ANS deveria obrigar que isso estivesse no site dos planos”, disse Deborah.

Por Yara Ferraz - Diário do Grande ABC
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