DATA DA PUBLICAÇÃO 09/02/2011 | Educação
Gasto com faculdade pública no interior equivale a uma particular em SP
Condomínio, luz, IPTU (Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana) e um aluguel que varia entre R$ 1.000 e R$ 2.500. Esses são os gastos médios só com moradia que um jovem do interior de São Paulo tem para viver e estudar em uma grande universidade da capital, como a USP (Universidade de São Paulo). Em outras palavras, o custo com a casa pode equivaler à mensalidade de uma faculdade particular.
Para quem faz o caminho contrário – sai da capital para estudar no interior –, a maior dificuldade não é o preço das moradias, mas a corrida para encontrar um lugar que aceite estudantes. A procura, nesta época do ano, cresce entre 25% e 40% em cidades que tem grandes campi da Unesp (Universidade Estadual Paulista) ou da Unicamp (Universidade de Campinas).
Sendo assim, quando é vantagem sair de São Paulo para estudar fora? Andrew Frank Storfer, conselheiro da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças), diz que a expansão da oferta de bons cursos superiores fora das capitais fez com que morar em uma cidade universitária passasse a ser positivo na medida em que traz independência e aprendizado financeiro.
- Há muitas faculdades caras em SP, com mensalidades entre R$ 1.500 a R$ 3.000 por mês. Esse custo todo, mesmo para quem mora com os pais, é alto, porque o transporte também é caro. Hoje, há muitas cidades com faculdades boas e que oferecem opções para os estudantes.
A estudante Pamella Marchao, de 22 anos, mora em Bauru e estuda psicologia na Unesp (Universidade Estadual Paulista). Ela diz que o dinheiro que os pais dela mandam é suficiente para pagar o aluguel, encher a despensa e a geladeira, e pagar um curso de inglês.
- Meus pais me ajudam e eu anoto até a água que eu compro. Hoje eles me mandam mais de R$ 1.000 e eu ainda consigo investir em outras coisas, inclusive um curso de inglês, que eu não faria se estudasse em SP. Antes de vir pra Unesp, eu já tinha começado a fazer arquitetura no Mackenzie e pagava R$ 1.500 de mensalidade.
O especialista em finanças afirma que a conta é vantajosa para o jovem que estuda no interior por um motivo: a diferença do custo de vida entre a capital e o interior.
- No interior, o custo normalmente é mais baixo. Há quem more em república ou imóveis com colegas, o que barateia os aluguéis.
Bruna Di Profio, de 24 anos, diz que dividir a casa com algum colega era uma das coisas que mais facilitava a vida fora da casa dos pais. Em São José dos Campos, ela dividia o teto com colegas do curso de odontologia, e o preço sempre ficava abaixo da metade do valor total do imóvel.
- Eu pagava uns R$ 300, um valor bem barato para o custo de vida de lá. Além do fato de o apartamento ser antigo, eu dividia com as amigas. Mas eu conhecia gente que tinha aluguel de R$ 1.000.
Curso de finanças “forçado”
O que não dá para negar são os benefícios do curso “forçado” de finanças pessoais. O engenheiro químico Michel Clemente da Rocha, de 27 anos, diz que o período que passou estudando em Campinas o ensinou, entre outras coisas, a controlar a grana para pagar o aluguel em dia.
- Morando fora assim, a melhor coisa é aprender a administrar sua grana. A última coisa que você quer é chegar à metade do mês e ter que ligar para a mãe pedindo mais dinheiro. Então a gente aprende a contar o que recebe da família ou do estágio e não deixar nada atrasar.
Storfer diz que morar fora dá um bom aprendizado também para os pais.
- O segredo é se organizar direito, colocar no papel todos os gastos com aluguel, condomínio, IPTU e alimentação do filho para saber quanto deve ser mandado mensalmente. Ter a dimensão certa de se todos os gastos cabem no bolso ajuda. Muita gente que estuda em faculdade pública não vem de família abastada. Os apertos são comuns. Mas o aprendizado financeiro é maior.
Para quem faz o caminho contrário – sai da capital para estudar no interior –, a maior dificuldade não é o preço das moradias, mas a corrida para encontrar um lugar que aceite estudantes. A procura, nesta época do ano, cresce entre 25% e 40% em cidades que tem grandes campi da Unesp (Universidade Estadual Paulista) ou da Unicamp (Universidade de Campinas).
Sendo assim, quando é vantagem sair de São Paulo para estudar fora? Andrew Frank Storfer, conselheiro da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças), diz que a expansão da oferta de bons cursos superiores fora das capitais fez com que morar em uma cidade universitária passasse a ser positivo na medida em que traz independência e aprendizado financeiro.
- Há muitas faculdades caras em SP, com mensalidades entre R$ 1.500 a R$ 3.000 por mês. Esse custo todo, mesmo para quem mora com os pais, é alto, porque o transporte também é caro. Hoje, há muitas cidades com faculdades boas e que oferecem opções para os estudantes.
A estudante Pamella Marchao, de 22 anos, mora em Bauru e estuda psicologia na Unesp (Universidade Estadual Paulista). Ela diz que o dinheiro que os pais dela mandam é suficiente para pagar o aluguel, encher a despensa e a geladeira, e pagar um curso de inglês.
- Meus pais me ajudam e eu anoto até a água que eu compro. Hoje eles me mandam mais de R$ 1.000 e eu ainda consigo investir em outras coisas, inclusive um curso de inglês, que eu não faria se estudasse em SP. Antes de vir pra Unesp, eu já tinha começado a fazer arquitetura no Mackenzie e pagava R$ 1.500 de mensalidade.
O especialista em finanças afirma que a conta é vantajosa para o jovem que estuda no interior por um motivo: a diferença do custo de vida entre a capital e o interior.
- No interior, o custo normalmente é mais baixo. Há quem more em república ou imóveis com colegas, o que barateia os aluguéis.
Bruna Di Profio, de 24 anos, diz que dividir a casa com algum colega era uma das coisas que mais facilitava a vida fora da casa dos pais. Em São José dos Campos, ela dividia o teto com colegas do curso de odontologia, e o preço sempre ficava abaixo da metade do valor total do imóvel.
- Eu pagava uns R$ 300, um valor bem barato para o custo de vida de lá. Além do fato de o apartamento ser antigo, eu dividia com as amigas. Mas eu conhecia gente que tinha aluguel de R$ 1.000.
Curso de finanças “forçado”
O que não dá para negar são os benefícios do curso “forçado” de finanças pessoais. O engenheiro químico Michel Clemente da Rocha, de 27 anos, diz que o período que passou estudando em Campinas o ensinou, entre outras coisas, a controlar a grana para pagar o aluguel em dia.
- Morando fora assim, a melhor coisa é aprender a administrar sua grana. A última coisa que você quer é chegar à metade do mês e ter que ligar para a mãe pedindo mais dinheiro. Então a gente aprende a contar o que recebe da família ou do estágio e não deixar nada atrasar.
Storfer diz que morar fora dá um bom aprendizado também para os pais.
- O segredo é se organizar direito, colocar no papel todos os gastos com aluguel, condomínio, IPTU e alimentação do filho para saber quanto deve ser mandado mensalmente. Ter a dimensão certa de se todos os gastos cabem no bolso ajuda. Muita gente que estuda em faculdade pública não vem de família abastada. Os apertos são comuns. Mas o aprendizado financeiro é maior.
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