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DATA DA PUBLICAÇÃO 23/03/2017 | Economia
Gás de cozinha sobe 28,8% em seis meses
Gás de cozinha sobe 28,8% em seis meses Foto: Celso Luiz/DGABC
Foto: Celso Luiz/DGABC
Quem utiliza botijão de gás para cozinhar deve preparar o bolso, já que o modelo de 13 quilos encareceu em média 28,8% na região, nos últimos seis meses. Embora a Petrobras tenha anunciado reajuste de 9,8% na terça-feira, revendedores relatam que se trata da terceira alta consecutiva desde setembro do ano passado. Com isso, o preço, que à época girava em torno de R$ 52, agora está em R$ 67. Nesse mesmo intervalo, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) variou 1,53%. Ou seja, o produto subiu 18 vezes mais do que a inflação.

De acordo com revendedores visitados pela equipe do Diário ontem, este aumento autorizado pela Petrobras não será repassado integralmente para o consumidor final, pois o valor está sendo alterado de R$ 65 para R$ 67, em média, o que representa incremento de 3,07%. A justificativa é a intensa concorrência, que faz com que absorvam parte da alta a fim de garantir clientela.

Para Robson de Oliveira, proprietário de revendedora da Ultragaz situada na Vila Metalúrgica, em Santo André, é “impossível” reajustar o preço do botijão de forma integral. “O nosso ramo é ingrato. Não posso aumentar muito porque senão perco mercado, mas sou obrigado a reajustar o preço de alguma forma para não arcar totalmente com o prejuízo”. Oliveira disse que a partir de hoje o preço do botijão em seu estabelecimento sobe de R$ 64,90 para R$ 67.

Segundo o atendente da Liquigás no mesmo bairro, José Mendes, os consumidores ainda não chegaram a reclamar do novo valor. “Vendemos cerca de dez unidades hoje”. O preço na Liquigás já estava em R$ 67. Isso ocorre porque, ao analisar a alta mensal, o valor parece pequeno, com acréscimo de R$ 2,10, porém, ao analisar desde setembro, o butijão aumentou R$ 15, em média.

“Independentemente desse aumento, preciso comprar novo butijão quando o que está em uso acaba, não tem jeito”, comentou a comerciante Sheila Roberta Kurotori, 40 anos, ao lamentar que o consumidor fica sem opção por depender do produto para cozinhar.

Na Ultragaz do Parque João Ramalho, em Santo André, o preço do botijão já está custando R$ 66. É válido ressaltar que a legislação brasileira garante a liberdade de preços nesse mercado e que o reajuste não vale para botijões de tamanho industrial.

A última correção realizada pela Petrobras na refinaria, de 15%, ocorreu em 1º de setembro de 2015. Os aumentos repassados ao consumidor, de acordo com os revendedores, se devem aos preços recebidos dos engarrafadores de gás.

Segundo a estatal, se a nova alíquota “for integralmente repassada, a companhia estima que o botijão (de 13 quilos) pode subir 3,1% ou R$ 1,76, isso se forem mantidas as margens de distribuição, de revenda e as alíquotas de tributos”.

A Asmirg (Associação Brasileira dos Revendedores de GLP), no entanto, contesta o aumento da Petrobras que, “de forma irresponsável, está buscando transferir responsabilidade deste aumento em especial às revendedoras de GLP”.

O presidente da Asmirg, Alexandre José Borjaili, disse que existem ainda os impostos, como PIS/Cofins, ICMS e tributos ligados ao aumento do faturamento da empresa. “Tudo isso fortalece o mercado ilegal e a concorrência desleal.”

Por Gabriel Russini - Especial para o Diário
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