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DATA DA PUBLICAÇÃO 27/08/2013 | Cultura
Futebol de rua é arte no Brasil e no mundo todo
Futebol de rua é arte no Brasil e no mundo todo Fotógrafo fez registros de partidas até mesmo na Muralha da China Foto: Caio Vilela
Fotógrafo fez registros de partidas até mesmo na Muralha da China Foto: Caio Vilela
Exposição de Caio Vilela apresenta registros do esporte predileto dos brasileiros nos cinco continentes

Na semana passada, Caio Vilela completou a viagem que lhe rendeu o centésimo país visitado, a Finlândia. Desde 2004, por onde passa, o profissional freelancer da área de jornalismo e turismo registra o futebol jogado nas ruas do mundo. A estreia ocorreu ao ver meninos brincando em frente a uma fachada islâmica no Irã. Então o fotógrafo teve a ideia de unir fotos para um dia ter material suficiente para uma mostra autoral.

Após alguns livros publicados e diversas exposições voltadas ao assunto, Vilela se juntou às curadoras Ana Busch e Noelly Russo para desenvolver a mostra itinerante Arte na Rede que, depois de ganhar uma temporada na Capital e em Carapicuíba, foi inaugurada nesta segunda-feira (26/08) e segue até 15 de setembro no Creb (Centro de Referência da Educação Básica) de Rio Grande da Serra.

Realizada com apoio da Prefeitura de Rio Grande da Serra, do Programa de Ação Cultural 2013 do estado e da empresa AES Eletropaulo, o objetivo da ação é educativo. Utilizando o universo do esporte mais celebrado nacionalmente, a iniciativa compila imagens de locais como Inglaterra, Estados Unidos, China, África do Sul, Austrália, entre outros, para transmitir a noção de coletividade e força de união dos povos que a atividade proporciona mesmo entre as mais distintas culturas.

Para a exposição fotográfica foram coletadas imagens de 46 países pelos quais Vilela viajou. Parte delas está presente na obra Futebol sem Fronteiras, livro lançado em 2009. No entanto, a grande maioria é inédita. A princípio, as fotos eram consequências paralelas das atividades para as quais Vilela era contratado para fazer em diferentes pontos do planeta. Quando sobrava tempo, o brasileiro caçava o tema do futebol espontâneo pelas ruas que cruzava.

O processo se inverteu. Atualmente, Vilela quase vive do trabalho autoral produzido com o futebol feito pelos pés de amadores. Em 2011, por meio da lei de incentivo fiscal Rouanet, do governo federal, o fotógrafo conseguiu patrocínio de uma marca de tênis e artigos esportivos para clicar o futebol do Brasil. O resultado foi o livro Futebol Arte – Do Oiapoque ao Chuí.

O jogo de futebol como dança imprevisível

Ao contrário do que se pode pensar, Vilela está longe de ser aficionado pelo futebol. Ele nem sequer assiste aos jogos na televisão. Não conhece escalações e não pratica. O que aprecia no esporte é a arte contida nele. “É como se fosse uma dança dinâmica com movimentos imprevisíveis que são um desafio de registrar”, disse o fotógrafo, que é formado em geografia, ao justificar a associação do futebol com arte.

Conforme as experiências do viajante, as partidas informais de futebol refletem as condições do país em que ocorrem. Em lugares como Iêmen, onde o Índice de Desenvolvimento Humano é muito pequeno e a população é majoritariamente composta por menores de 14 anos, as partidas ocorrem em esquinas e em qualquer espaço possível. Já na Europa, em cantos estruturados como a Dinamarca, os jogos são feitos em quadras e sem o improviso rotineiro de ambientes mais pobres.

Cada foto da mostra tem uma história específica. Dentre as mais atípicas, Vileva mencionou a que tirou em uma base da Argentina na Antártida. No continente congelado, filhos de militares que vivem na área se encontraram para disputar uma partida. “Arte na Rede é a semente de planejamento para meu próximo livro sobre o futebol de rua pelo mundo”, definiu Vilela.

Serviço

O Creb fica na rua do Progresso, 251, Jardim Progresso, Rio Grande da Serra. A visitação é diária, das 8h às 18h. A classificação etária é livre. A entrada é gratuita.

Por Caio Luiz - ABCD Maior
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