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DATA DA PUBLICAÇÃO 03/09/2007 | Cidade
Furto de fiação deixa semáforo 45 dias apagado
Vila Príncipe de Gales / Santo André
O semáforo para pedestres da Avenida Dom Jorge Marcos de Oliveira, na altura da Praça Escorpião, está há 45 dias sem funcionar e deve ficar ainda apagado até o dia 15. O motivo é um roubo de fios e depredação dos botões de acionamento ocorridos em junho.

A Prefeitura diz não possuir material para repor. Enquanto isso, pedestres têm de arriscar a sorte e contar com a ajuda de algum motorista solidário.

“O vergonhoso é que são crianças que precisam ir à escola do outro lado. Sempre paro o meu carro para passarem e sou obrigado a ouvir as buzinas dos outros motoristas”, indignou-se o analista de sistema Antônio Celso Garcia, 53 anos.

Um radar eletrônico instalado há poucos metros do sinal quebrado, com limite de 40 km/h, auxilia a passagem.

Jardim do Lago / São Bernardo
O lago secou, virou campo de futebol e se transformou em lixão. A área que dá nome ao bairro, onde estava localizado o lago, está abandonada. “Começou a juntar entulho há uns dois meses. Se a gente não recolhe o que é jogado no meio do campo, não dá para as crianças terem aulas”, conta o presidente da Sociedade Esportiva Jardim do Lago, Paulo Leandro Fernandes Pinto, 30 anos.

O aposentado Saíde Arruda Soares, 67 anos, recolhe as madeiras jogadas para usar no fogão a lenha de sua casa. Há mais de 40 anos no bairro, ele lembra de quando pescava peixes no lago. “É muito errado jogar esse lixo todo aqui. Esse era o lugar mais bonito da cidade, com um lago enorme, cheio de peixes.”

A Prefeitura informou que a região é um ponto crítico. A última limpeza no local foi em junho e, apesar da fiscalização, “pessoas inescrupulosas acabam por jogar lixo e entulho no local”, informa a nota enviada sobre o assunto.

Jardim Oratório / Mauá
Transitar pela Rua Londrina em dias de chuva é uma tarefa impossível para o deficiente físico Zeferino José de Macedo, 62 anos. Por ser de terra, a rua serve de escoamento da água que vem da Rua Rio de Janeiro, asfaltada.

“É muita lama, não tenho condições de sair de minha casa”, diz. Macedo usa cadeira de rodas há 20 anos devido a um tiro acidental de uma arma que guardava em casa.

A Prefeitura afirmou que há um “plano global” de infra-estrutura do bairro todo que inclui pavimentação, mas não forneceu datas para o serviço.

Vila Caminho / São Bernardo
Há três anos, os moradores da Rua San Martim reclamam de um cano estourado no terreno da Petrobras, que teria sido rompido durante manutenção da empresa. “O cheiro é insuportável com esse rio de esgoto”, contou Miguel Gonçalves, 64 anos.

A Petrobras informou que não quebrou o encanamento, mas verificará o ocorrido.

A Sabesp divulgou que aguarda determinação da empresa para resolver o problema, porém fará a lavagem e recuperação da rede de esgoto nesta segunda-feira para amenizar a situação no local.

Visão Urbana - A importância dos prédios antigos
Antonio Carlos Gil

Quem quer que tenha entrado num daqueles velhos edifícios do Centro Velho de São Paulo deve ter ficado admirado com as portas e janelas tão velhas quanto altas, com os barulhentos assoalhos de madeira e, principalmente, com os elevadores de portas pantográficas que lembram os filmes do tempo em que o cinema era mudo.

É, pois, o caso de se perguntar: Por que esses prédios são mantidos? Que razão alguém pode ter para se estabelecer comercialmente numa dessas salas tão deterioradas? Não poderiam ser reformados e conseqüentemente valorizados?

Muitos desses prédios, por terem valor histórico, foram tombados, ficando seus proprietários obrigados a manter suas características originais. E é importante que isso ocorra, pois representa uma contribuição para que se mantenha a memória coletiva da cidade. Afinal, a memória constitui elemento dos mais fundamentais para a constituição da cidadania e do civismo.

Mas a maioria desses prédios não foi tombada. Sua preservação e manutenção, no entanto, continua sendo importante. Para Jane Jacobs, a autora de Morte e vida de grandes cidades, as cidades precisam muito desses prédios antigos. De fato, se uma área da cidade tiver apenas prédios novos, somente poderão se instalar aí as empresas muito lucrativas.

Bancos, restaurantes, clínicas médicas, academias de ginástica, magazines, drogarias, escolas de idiomas geralmente se instalam em prédios novos. Mas papelarias, lanchonetes, açougues, lojas de armarinhos e um sem número de empresas comuns que são necessárias para a segurança e vida dos bairros conseguem sair-se muito bem em prédios antigos, sobretudo porque as despesas com sua manutenção são menores.

Por conseqüência, tendem a se afastar das áreas constituídas principalmente por novas construções.

Não se está querendo dizer que não devam ser construídos novos prédios. Mas que uma das coisas mais interessantes para tornar áreas urbanas mais movimentadas e funcionais é a adaptação criativa dos velhos espaços para novos usos.

As cidades precisam mesclar prédios modernos com antigos para cultivar a diversidade, pois esta é que garante a satisfação de muitas das necessidades dos moradores dos centros urbanos, como o conserto de um sapato, a compra de um zíper ou o consumo de um churrasco grego.

Antonio Carlos Gil é sociólogo, doutor em Ciências Sociais e em Saúde Pública e professor de Sociologia Urbana e Regional no Programa de Mestrado do Imes (Universidade Municipal de São Caetano do Sul).

Por Vanessa Selicani - Especial para o Diário
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