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DATA DA PUBLICAÇÃO 22/06/2009 | Informática
Furto de comunidades gera troca de acusações no Orkut
Quando o técnico judiciário Rodrigo Roberto Randi, 30, entrou no site de relacionamentos Orkut no último dia 20 de maio, afirma ter percebido que havia sofrido um "furto" virtual: a comunidade "O mundo dá voltas", cuja adesão ultrapassa 600 mil internautas, não pertencia mais a ele, que ele diz ter mantido desde junho de 2005.

Segundo Randi, o novo dono, um perfil identificado apenas como "Bruninho", aplicou um golpe com o intuito de ser legitimado como dono do espaço virtual no site de relacionamentos mais frequentado do Brasil.

Os roubos de comunidades, segundo relataram internautas à Folha Online, são prática comum no site de relacionamentos. Entre as mais visadas estão aquelas com grande número de membros. Os motivos são os mais variados possíveis o mais comum é a capitalização da comunidade: elas são negociadas entre internautas e vendidas por uma média de R$ 400. Em 2007, uma empresa chegou a comprar um espaço virtual no Orkut.

Na comunidade de Randi, as discussões gravitam em torno de trivialidades e mudanças na vida. Ele diz que o atual detentor do espaço quis adquiri-lo anteriormente. "Ele me procurou e tentou comprá-la, mas não teve negócio. Durante a negociação, ele pediu minha data de nascimento e meu CPF. Acabei passando. Ele invadiu meu e-mail a partir da opção 'esqueci a minha senha' na qual pedem dados objetivos: a data de nascimento e CPF", diz.

A partir daí, o pirata virtual invadiu o perfil de Randi e apagou a comunidade para, em seguida, restaurá-la. A restauração de uma comunidade é possível no site de relacionamentos; quando ela volta ao ar, o espaço dedicado ao moderador fica vago. Um coproprietário, contudo, pode se apropriar do espaço. "Mas ele expulsou os dois coproprietários", acusa Randi.

Diversos internautas confirmaram que Randi era proprietário da comunidade.

Procurado pela reportagem da Folha Online, o estudante Bruninho, 19, suposto autor do roubo da comunidade, não quis se identificar e aceitou conceder declarações por intermédio de um comunicador instantâneo. Ele nega a autoria da ação.

"O perfil dele foi invadido, e deletado. Como participava da comunidade há mais de sete dias, me tornei moderador. Isso é uma opção do Orkut, quando se tem uma comunidade em um perfil", rebate. "Tentei trocar [a comunidade] com ele... Ele me quis vender, e acabou se dando mal", afirma.

"Os coproprietários foram excluídos. Eu tenho comunidades no Orkut que foram roubadas... Eu perdi?", questiona. "Você vai ter que publicar o Orkut inteiro no seu jornal... Porque se você pensa que são moderadores limpos, tá enganada... Sobram uns três moderadores honestos. E eu não vou devolver nada", informa.

O jovem diz que gosta de administrar comunidades no site de relacionamentos. 'Sou moderador, coleciono comunidades, e gosto delas. Faço minha parte apagando spam, e limpando a comunidade. Eu faço minha parte pra deixar o Orkut limpo', diz.

Bruninho também questiona a administração do site de relacionamentos. 'Por que o Orkut não trabalha em cima dos erros? Por que o Orkut dá a opção de pegar comunidade sem dono?

"Descaso"

O drama cibernético de Randi também ocorreu nas comunidades conduzidas pelo publicitário Adriano Benevides Magalhães Braga, 31, no final do ano passado. "Tinha 28 comunidades e todas elas foram roubadas", denuncia. "Eles [os piratas virtuais] ficam de 'butuca', caem em cima."

"Acho que as motivações [dos piratas virtuais] são três: gente que quer investir para vender a comunidade, [veiculação] de propaganda e o aspecto da canalhice", diz. "Os caras são ligeiros, se preparam para isso."

Ele afirma que procurou a administração do site, mas que não teve resposta. No entanto, algumas das comunidades foram repassadas aos coproprietários, informa ele.

Restauração

Procurado pela Folha Online, o diretor de comunicação do Google Brasil, Felix Ximenes, informa que há a possibilidade de denúncia do sequestro da comunidade. "A equipe do Orkut restaura a propriedade", orienta ele. O Google é detentor do site de relacionamentos.

Segundo Ximenes, há diversos casos em que a medida foi aplicada pela administração do Orkut, a partir de denúncias feitas pelos internautas.

"Recomendamos também os cogestores, ou seja, outras pessoas que prossigam na administração", diz.

Quanto aos casos identificados pela reportagem, o Google disse que vai avaliá-los e, se confirmados os roubos, as comunidades serão restituídas aos proprietários originais.

Por Marina Lang - Colaboração para a Folha Online / Foto: Reprodução
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