DATA DA PUBLICAÇÃO 01/06/2016 | Setecidades
Furto de água desvia 35 milhões de litros em 4 meses
Foto: Ari Paleta/DGABC
Nas quatro cidades da região cujo abastecimento é de responsabilidade da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), os furtos de água identificados de janeiro a abril resultaram no desvio de 35 milhões de litros do recurso. A quantidade é suficientes para abastecer aproximadamente 11 mil pessoas durante um mês.
Das 168 fraudes detectadas, 142 foram em São Bernardo, 21 em Diadema, três em Ribeirão Pires e duas em Rio Grande da Serra. Na comparação entre o primeiro quadrimestre de 2014 e 2016, o furto de água teve aumento de 10,52%. Já na avaliação do mesmo período de 2015 e deste ano, houve queda de 19,61%. A situação é contrária à diagnosticada na Região Metropolitana de São Paulo e Bragantina: o furto de água nos primeiros quatro meses de 2016 foi 41% maior que no mesmo período do ano passado. A empresa conta com 69 equipes caça-fraude que atuam em todos os municípios atendidos.
De acordo com a companhia, a maior parte dos casos de fraude registrados nas cidades de responsabilidade da Sabesp no Grande ABC é de violação nos hidrômetros. Também são encontrados desvios variados nos ramais de abastecimento, que fazem a ligação dos imóveis diretamente com a rede, sem o registro de consumo.
Para o superintendente de auditoria da Sabesp, Marcelo Fridori, a partir da crise hídrica, em 2014/2015, a quantidade de denúncias de furto de água aumentou. “Houve indignação da população com a crise. Se tem pessoa que varre a calçada com jato de água, isso não é irregular, mas deixou de ser aceito. Se tem alguém que sabe que o vizinho está furtando água, aceita menos ainda”, disse ele, completando: “A crise passou, mas algumas lições ficaram. A Sabesp vai continuar combatendo as fraudes, não só para recuperar o volume que foi desviado, mas principalmente para combater o desperdício. Quem desvia água deixa a torneira aberta e não se preocupa com vazamentos.”
FISCALIZAÇÃO
As ocorrências são detectadas por meio de denúncias na central de atendimento (195) ou Ouvidoria da Sabesp (0800 011 9911), além do Disque-Denúncia (181) ou Procon (151), em fiscalizações e também em análises de consumos suspeitos, que são incompatíveis com a característica do imóvel.
Quando a fraude é detectada, o cliente é notificado e é aberto processo administrativo para apuração dos prejuízos causados à Sabesp. Os casos podem ser registrados em boletins de ocorrência e caracterizados como furto qualificado ou furto mediante fraude.
O responsável pelo imóvel flagrado com irregularidades responde a processo criminal, conforme previsto no Código Penal Brasileiro.
Nas autarquias, equipes também atuam em suspeitas de irregularidades
Nas cidades que contam com autarquias responsáveis pelo abastecimento, equipes de fiscalização também intensificam o trabalho de caça-fraude nas ligações de água.
O Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André) conta com 30 fiscais que, no primeiro quadrimestre de 2016, identificaram 196 fraudes. Com elas, o volume de água desviado foi de 49.356 m³, suficiente para abastecer por um ano 257 famílias com quatro pessoas cada, ou seja, 1.028 pessoas por 12 meses.
Em Mauá, a Odebrecht Ambiental, que realiza a gestão comercial, informou que, neste ano, 60 fraudes foram constatadas pelas quatro equipes que atuam na área. A Sama (Saneamento Básico do Município de Mauá) e o DAE (Departamento de Água e Esgoto) de São Caetano não se manifestaram até o fechamento desta edição.
Das 168 fraudes detectadas, 142 foram em São Bernardo, 21 em Diadema, três em Ribeirão Pires e duas em Rio Grande da Serra. Na comparação entre o primeiro quadrimestre de 2014 e 2016, o furto de água teve aumento de 10,52%. Já na avaliação do mesmo período de 2015 e deste ano, houve queda de 19,61%. A situação é contrária à diagnosticada na Região Metropolitana de São Paulo e Bragantina: o furto de água nos primeiros quatro meses de 2016 foi 41% maior que no mesmo período do ano passado. A empresa conta com 69 equipes caça-fraude que atuam em todos os municípios atendidos.
De acordo com a companhia, a maior parte dos casos de fraude registrados nas cidades de responsabilidade da Sabesp no Grande ABC é de violação nos hidrômetros. Também são encontrados desvios variados nos ramais de abastecimento, que fazem a ligação dos imóveis diretamente com a rede, sem o registro de consumo.
Para o superintendente de auditoria da Sabesp, Marcelo Fridori, a partir da crise hídrica, em 2014/2015, a quantidade de denúncias de furto de água aumentou. “Houve indignação da população com a crise. Se tem pessoa que varre a calçada com jato de água, isso não é irregular, mas deixou de ser aceito. Se tem alguém que sabe que o vizinho está furtando água, aceita menos ainda”, disse ele, completando: “A crise passou, mas algumas lições ficaram. A Sabesp vai continuar combatendo as fraudes, não só para recuperar o volume que foi desviado, mas principalmente para combater o desperdício. Quem desvia água deixa a torneira aberta e não se preocupa com vazamentos.”
FISCALIZAÇÃO
As ocorrências são detectadas por meio de denúncias na central de atendimento (195) ou Ouvidoria da Sabesp (0800 011 9911), além do Disque-Denúncia (181) ou Procon (151), em fiscalizações e também em análises de consumos suspeitos, que são incompatíveis com a característica do imóvel.
Quando a fraude é detectada, o cliente é notificado e é aberto processo administrativo para apuração dos prejuízos causados à Sabesp. Os casos podem ser registrados em boletins de ocorrência e caracterizados como furto qualificado ou furto mediante fraude.
O responsável pelo imóvel flagrado com irregularidades responde a processo criminal, conforme previsto no Código Penal Brasileiro.
Nas autarquias, equipes também atuam em suspeitas de irregularidades
Nas cidades que contam com autarquias responsáveis pelo abastecimento, equipes de fiscalização também intensificam o trabalho de caça-fraude nas ligações de água.
O Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André) conta com 30 fiscais que, no primeiro quadrimestre de 2016, identificaram 196 fraudes. Com elas, o volume de água desviado foi de 49.356 m³, suficiente para abastecer por um ano 257 famílias com quatro pessoas cada, ou seja, 1.028 pessoas por 12 meses.
Em Mauá, a Odebrecht Ambiental, que realiza a gestão comercial, informou que, neste ano, 60 fraudes foram constatadas pelas quatro equipes que atuam na área. A Sama (Saneamento Básico do Município de Mauá) e o DAE (Departamento de Água e Esgoto) de São Caetano não se manifestaram até o fechamento desta edição.
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