DATA DA PUBLICAÇÃO 05/03/2008 | Cidade
Fundação Casa será votada antes de audiência
Os vereadores de Santo André definiram terça-feira, em reunião na Câmara, que aprovarão o projeto de concessão da área localizada no bairro Várzea Capitão João para o governo estadual construir duas unidades da Fundação Casa (antiga Febem), antes mesmo da realização de audiência pública, proposta pelo governista Donizeti Pereira (PV).
Desde que o verde protocolou o pedido, na semana passada, levantou-se a preocupação de que o Estado, irritado com uma possível demora do Legislativo em definir a questão, retomasse o projeto de levantar os prédios em locais populosos, como a Vila Sacadura Cabral.
A atitude de Donizeti – cujo objetivo, segundo ele, era o de esclarecer a população do entorno a respeito das unidades – uniu os blocos de sustentação e de oposição ao governo João Avamileno (PT).
“Sou favorável à aprovação do projeto antes da audiência. Essa questão já foi amplamente debatida na cidade e todos sabem das dificuldades e da briga que foi para encontrar um local. A área indicada pela Prefeitura não é habitada e é a ideal. A democracia irá prevalecer, e como são 20 vereadores contra um, a Febem será na avenida dos Estados”, ressaltou Marcos Medeiros (PSDB), referindo-se ao terreno localizado na divisa com Mauá, ao lado do futuro Viaduto Cassaqüera, entre a linha férrea e a Avenida dos Estados.
O petista Claudio Malatesta segue a mesma linha de raciocínio. “Não haverá impacto (de vizinhança) no local escolhido. As indústrias ao redor estão protegidas e para chegar à área residencial mais próxima é preciso transpor a linha do trem. O local é isolado e tem totais condições de abrigar a Fundação Casa.”
Donizeti lamentou o posicionamento dos pares e promete não votar o projeto. “A comunidade ficará alijada do processo de discussão. Não concordo com esse encaminhamento, pois os mesmos direitos que as populações da Vila Sacadura Cabral e da (Avenida) João Ducin tiveram, o pessoal do segundo subdistrito também deveriam ter”, argumenta. “Não voto nem a favor nem contra.”
O projeto deve entrar na pauta do dia e ser votado em primeira discussão já na sessão de quinta-feira. O presidente da Casa, José Montoro Filho, o Montorinho (PT), prefere agir com cautela. “Vamos aguardar os documentos pedidos à Prefeitura e somente na quinta-feira é que decidiremos”, garante.
Regularização - Na sessão de terça-feira, os vereadores aprovaram projeto de autoria da vereadora Dinah Zekcer (PTB) acerca da regularização de áreas verdes cujos loteamentos irregulares já estão consolidados há tempos.
“Algumas pessoas podem até entender que se trata de um prêmio para aqueles que invadiram áreas proibidas. Mas, pergunto, o que fazer com essas pessoas que vivem em situação precária? Sou contrária a qualquer tipo de invasão, mas há uma hora em que fica inviável fazer o controle. É melhor a Prefeitura regularizar a situação desses loteamentos e passar a cobrar imposto do que deixar a situação como está, sem a mínima condição de vida para essas pessoas”, pondera a petebista.
Desde que o verde protocolou o pedido, na semana passada, levantou-se a preocupação de que o Estado, irritado com uma possível demora do Legislativo em definir a questão, retomasse o projeto de levantar os prédios em locais populosos, como a Vila Sacadura Cabral.
A atitude de Donizeti – cujo objetivo, segundo ele, era o de esclarecer a população do entorno a respeito das unidades – uniu os blocos de sustentação e de oposição ao governo João Avamileno (PT).
“Sou favorável à aprovação do projeto antes da audiência. Essa questão já foi amplamente debatida na cidade e todos sabem das dificuldades e da briga que foi para encontrar um local. A área indicada pela Prefeitura não é habitada e é a ideal. A democracia irá prevalecer, e como são 20 vereadores contra um, a Febem será na avenida dos Estados”, ressaltou Marcos Medeiros (PSDB), referindo-se ao terreno localizado na divisa com Mauá, ao lado do futuro Viaduto Cassaqüera, entre a linha férrea e a Avenida dos Estados.
O petista Claudio Malatesta segue a mesma linha de raciocínio. “Não haverá impacto (de vizinhança) no local escolhido. As indústrias ao redor estão protegidas e para chegar à área residencial mais próxima é preciso transpor a linha do trem. O local é isolado e tem totais condições de abrigar a Fundação Casa.”
Donizeti lamentou o posicionamento dos pares e promete não votar o projeto. “A comunidade ficará alijada do processo de discussão. Não concordo com esse encaminhamento, pois os mesmos direitos que as populações da Vila Sacadura Cabral e da (Avenida) João Ducin tiveram, o pessoal do segundo subdistrito também deveriam ter”, argumenta. “Não voto nem a favor nem contra.”
O projeto deve entrar na pauta do dia e ser votado em primeira discussão já na sessão de quinta-feira. O presidente da Casa, José Montoro Filho, o Montorinho (PT), prefere agir com cautela. “Vamos aguardar os documentos pedidos à Prefeitura e somente na quinta-feira é que decidiremos”, garante.
Regularização - Na sessão de terça-feira, os vereadores aprovaram projeto de autoria da vereadora Dinah Zekcer (PTB) acerca da regularização de áreas verdes cujos loteamentos irregulares já estão consolidados há tempos.
“Algumas pessoas podem até entender que se trata de um prêmio para aqueles que invadiram áreas proibidas. Mas, pergunto, o que fazer com essas pessoas que vivem em situação precária? Sou contrária a qualquer tipo de invasão, mas há uma hora em que fica inviável fazer o controle. É melhor a Prefeitura regularizar a situação desses loteamentos e passar a cobrar imposto do que deixar a situação como está, sem a mínima condição de vida para essas pessoas”, pondera a petebista.
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