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DATA DA PUBLICAÇÃO 29/02/2012 | Geral
Funcionários avisaram superiores sobre problema em brinquedo de parque de diversões em Vinhedo
Segundo o advogado dos empregados, Bechir Ale Júnior, o alerta foi ignorado

O advogado de dois funcionários do parque de diversões Hopi Hari, Bechir Ale Júnior, disse nesta quarta-feira (29) que seus clientes afirmam que a cadeira do brinquedo La Tour Eiffel, em que uma adolescente morreu na última sexta-feira (24), estava quebrada e que o fato foi comunicado aos responsáveis pela atração.

- Eles estavam no momento, detectaram o defeito, que foi avisado e ignorado.

De acordo com o advogado, “era notório e de conhecimento de todos que o brinquedo não poderia operar”. Segundo Ale Júnior, o problema na trava da cadeira foi informado aos superiores cinco minutos antes dela começar a funcionar. Mesmo assim, a adolescente que morreu foi autorizada a sentar no assento defeituoso.

O R7 entrou em contato com a assessoria de imprensa do parque para falar sobre o depoimento de seus funcionários, mas até a publicação dessa matéria não havia recebido uma resposta.

Mais cedo, o advogado da família da vítima, Ademar Gomes, afirmou que ela estava na cadeira da ponta, que deveria estar interditada e não no assento do meio, entre duas pessoas, como outros dois funcionários do parque afirmaram à polícia.

- Duas pessoas que prestaram depoimento e disseram que ela estava entre duas pessoas mentiram e vão ser processadas. Ela estava na ponta, numa cadeira que deveria estar interditada. O parque funciona em Vinhedo, no interior de São Paulo.

De acordo com Gonçalves, ele está anexando ao inquérito uma foto que atesta que a menina estava numa cadeira da ponta. Gomes disse ainda que vai mover uma ação de indenização contra o parque, que tem que ser responsabilizado pelo acidente.

Três testemunhas que já prestaram depoimento afirmaram que a trava de proteção abriu. A menina teria caído de uma altura de cerca de 25 m. O elevador La Tour Eiffel tem 60 m (o equivalente a um prédio de 23 andares).

No início da tarde desta terça, os pais da menina chegaram à delegacia da cidade do interior paulista para depor. O promotor Rogério Sanches Cunha acompanha o depoimento.

O delegado que investiga o acidente, Álvaro Santucci, afirmou que o engenheiro-chefe responsável pela manutenção do parque de diversões descartou que uma falha mecânica no elevador tenha provocado a morte da garota de 14 anos. O funcionário do Hopi Hari, assim como o perito que fez uma vistoria no brinquedo nesta segunda-feira, disse acreditar que houve falha humana.

Sanches afirmou que o Ministério Público trabalhará em duas frentes: uma de investigação criminal paralela às apurações da Polícia Civil e outra para analisar consequências e providências do ponto de vista do consumidor.

- Me parece evidente que houve negligência. Quero saber em qual nível, grau e momento. Se foi na manutenção do brinquedo ou na fiscalização da segurança.

Sanches disse ainda que quer nomes de quem, de forma direta ou indireta, cuida da atração. Quer entender, também, como funciona o brinquedo do qual a menina caiu para iniciar o processo de investigação da Promotoria.

- Preciso saber a força do impacto, se a garota poderia estar presa e se soltar e como isso seria.

Por Gabriel Mestieri, do R7
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