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DATA DA PUBLICAÇÃO 25/01/2013 | Setecidades
Frota de veículos aumenta 87% no ABCD em 10 anos
Frota de veículos aumenta 87% no ABCD em 10 anos No ano passado, Região ganhou 250 novos veículos por dia, saturando a malha viária, que não cresce no mesmo ritmo. Foto: Amanda Perobelli
No ano passado, Região ganhou 250 novos veículos por dia, saturando a malha viária, que não cresce no mesmo ritmo. Foto: Amanda Perobelli
Número de veículos era de 816 mil em 2002 e ultrapassou 1,5 milhão no ano passado

A frota de veículos registrados no ABCD, incluindo automóveis, motocicletas, ônibus e caminhões, totalizou 1.527.290 unidades em dezembro de 2012, de acordo com dados do Denatran (Departamento Nacional de Trânsito). Isso significa que a Região ganhou 250 novos veículos por dia no ano passado. Quando comparada à frota que havia no ABCD há 10 anos, o número assusta. De 2002 para cá, o aumento foi de 87%.

Na comparação com 2011, que fechou com 1.435.825 veículos registrados, o crescimento foi de 6,3%. Atualmente, existe um veículo para cada dois habitantes da Região, que conta com 2.581.544 moradores – projeção do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) para 2012. Somente em 2012, houve acréscimo de 91,4 mil veículos no ABCD. Em 10 anos, as vias da Região ganharam 710,6 mil unidades.

Em números absolutos, São Bernardo é a cidade com a maior frota, contando com 509,6 mil veículos. O município seguiu o padrão de crescimento da Região, registrando um saldo positivo de 6,2% entre os anos de 2011 e 2012.

Mas foi a pequena Rio Grande da Serra que viu sua frota crescer mais em um ano. Passou dos 12.294 veículos em 2011 para 14.019 no ano seguinte, um aumento de 14,5%. No entanto, a cidade que possui a menor população do ABCD, com 45 mil moradores, ainda sustenta o menor índice de veículos por habitante: 0,3 por pessoa.

Década - Na última década, cidades do ABCD observaram a frota mais do que dobrar. Em 2002, o total era de 816.234 veículos nas ruas da Região. Novamente, o maior percentual de aumento ficou para Rio Grande da Serra, que registrou crescimento de 211,8%. Cidades maiores, como Diadema, também viram o número subir vertiginosamente nos últimos 10 anos. Neste município, o crescimento foi de 160%.

O Consórcio Intermunicipal – entidade que reúne os sete prefeitos da Região – informou que o tema está em discussão no âmbito do Plano de Mobilidade Regional atualmente em elaboração, a ser concluído no primeiro semestre deste ano. A próxima assembleia de prefeitos, marcada para 4 de fevereiro, debaterá as prioridades do Consórcio no curto e médio prazos, incluindo as questões relativas à mobilidade urbana.

Crescimento é insustentável, afirma especialista

O crescimento registrado na última década no ABCD é insustentável, de acordo com Nazareno Stanislau Affonso, coordenador nacional do MDT (Movimento Nacional pelo Direito ao Transporte Público de Qualidade para Todos), especialista em trânsito e ex-secretário de Transportes de Santo André na gestão do prefeito Celso Daniel.

“Não vai demorar outros 10 anos para que esse número dobre. Infelizmente as causas disso remontam à década de 1950, com a política de universalização do uso e propriedade do automóvel e incentivo às indústrias automobilísticas. Somente nos últimos anos é que vemos uma mudança no pensamento, que viu ser impossível continuar priorizando os carros e que os sistemas viários das grandes cidades iriam entrar em colapso”, destacou.

Affonso acredita que a Lei da Mobilidade Urbana, em vigor desde 13 de abril de 2012, trouxe uma luz no fim do túnel. A prioridade passa a ser o transporte público coletivo, e a lei prevê calçadas transitáveis, ciclovias e acessibilidade para pessoas com dificuldade de locomoção. “A nova legislação deixa claro que o transporte não motorizado – pedestres e bicicletas – é a prioridade, depois o transporte público e só depois os veículos motorizados”, explicou.

Ônibus - A solução para um trânsito mais humano e fluido, de acordo com o coordenador do MDT, é a construção de corredores exclusivos para ônibus, investimento massivo em transporte público e mais ciclovias. “A ideia é tirar os privilégios dos carros e resgatar direitos dos pedestres e usuários do transporte coletivo.”

Por Angela de Paula - ABCD Maior
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