NOTÍCIA ANTERIOR
Governo abre crédito extraordinário de R$ 1,68 bilhão para a educação
PRÓXIMA NOTÍCIA
Melhores do Idesp têm empenho dos professores
DATA DA PUBLICAÇÃO 03/04/2013 | Educação
Frente Pró-Cotas da Região pede reformulação de programa estadual
Frente Pró-Cotas da Região pede reformulação de programa estadual Grupo é formado por lideranças sindicais e sociedade civil organizada. Foto: Paulo de Souza
Grupo é formado por lideranças sindicais e sociedade civil organizada. Foto: Paulo de Souza
Comissão de Igualdade Racial do SMABC rejeita proposta apresentada pelo Estado em 2012

A Comissão de Igualdade Racial e Combate ao Racismo do SMABC (Sindicato dos Metalúrgicos do ABC) lançou nesta terça-feira (02/04) a Frente Pró-cotas ABCDRMR, composta por lideranças sindicais e representantes dos movimentos sociais e movimento negro da Região. O grupo rejeita o Pimesp (Programa de Inclusão com Mérito no Ensino Superior Público Paulista), lançado no ano passado pelo governo do Estado de São Paulo.

O programa estadual estabelece que estudantes cotistas precisariam passar por uma espécie de reforço escolar (chamado de college), com duração de dois anos, e somente depois deste período teriam o direito de escolher o curso de graduação. O coordenador da Comissão de Igualdade Racial e Combate ao Racismo do SMABC, Daniel Calazans, considera que a proposta é um retrocesso.

“Muitos afirmam que o aluno cotista poderá interferir na qualidade do ensino da universidade, mas já foi comprovado que isso não acontece. O Pimesp é mais um processo que impede o acesso à educação, esse atraso de dois anos do cotista em relação ao estudante não cotista é injusto, desumano e segregacionista”, afirmou.

Desestímulo - A opinião é compartilhada por Cladeonor Neves da Silva, coordenador da CUT Regional ABC. O sindicalista alerta que o “reforço” poderá desencorajar o universitário a concluir o curso. “O estudante já tem o problema de vir de uma escola pública, se tiver de esperar mais dois anos para começar a faculdade poderá se sentir desestimulado e desistir.”

No ano passado, o STF (Supremo Tribunal Federal) votou pela constitucionalidade das cotas raciais nas universidades públicas federais. Na Região, a UFABC (Universidade Federal do ABC) já institui políticas de inclusão desde sua criação, em 2006, e possui políticas de incentivo à permanência do estudante na universidade, como bolsa-auxílio.

“As políticas de permanência são importantes, assim como políticas de reforço feito paralelamente ao curso. Existe um desnível entre alunos de escolas públicas e privadas, principalmente no início da faculdade, e é preciso ampliar essas políticas. A UFABC é um modelo nesse sentido, pois já nasceu inclusiva”, destacou Leon Santos, gerente de políticas para igualdade racial da Sedesc (Secretaria de Desenvolvimento Social e Cidadania) de São Bernardo.

Manifesto - A Frente Pró-cotas ABCDRMR redigiu um manifesto que será divulgado junto à sociedade civil, pedindo a elaboração de um novo texto da lei de cotas estadual. O grupo vai solicitar a realização de audiência pública na Assembleia Legislativa para aprofundar a discussão do tema.

Por Rosângela Dias - ABCD Maior
Assine nosso Feed RSS
Últimas Notícias Gerais - Clique Aqui
As últimas | Educação
21/09/2018 | Ensino superior cresce no País, mas graças à modalidade a distância
19/09/2018 | Em crise financeira, UFABC tenta definir objetivos para 2019
18/09/2018 | Cidade francesa muda pátio de pré-escola para favorecer a igualdade de gênero
As mais lidas de Educação
Relação não gerada ainda
As mais lidas no Geral
Relação não gerada ainda
Mauá Virtual
O Guia Virtual da Cidade

Todos os direitos reservados - 2024 - Desde 2003 à 7690 dias no ar.