DATA DA PUBLICAÇÃO 02/02/2009 | Cidade
Fraude libera as catracas dos trens por R$ 2
“Bilhete a R$ 2! Passagem a R$ 2! Olha o bilhete!”
Os passageiros da CPTM sabem que cada viagem custa R$ 2,40. Mas, em pelo menos duas estações, é possível, graças a uma fraude, economizar 40 centavos em cada viagem.
Golpistas que ficam fora das estações de Santo André e Mauá (ambas na Grande SP) oferecem bilhetes fraudados para os usuários sob a condição de que sejam devolvidos depois de virar a catraca. A novidade é que alguns desses cartões estão sem saldo e nem poderiam liberar a roleta.
Lucro para os golpistas: os R$ 2 que eles cobram vão direto para o bolso deles.
Em Santo André, além da fiscalização dos agentes da CPTM, há uma base da Polícia Militar instalada a menos de dez metros do comércio clandestino. Mas a venda não sofre nenhuma repressão.
A passagem é 20% mais cara do que o que pedem os atravessadores. Um usuário que trabalha de segunda a sexta e usa trem duas vezes ao dia economiza R$ 17,60 por mês com o esquema.
O esquema foi constatado em duas estações da linha 10, ambas no ABC. A reportagem visitou outras quatro estações na Grande SP, mas não encontrou o comércio paralelo.
Bilhete zerado
No ABC, quem atende aos gritos de “bilhete a R$ 2″ recebe um cartão envolvido em uma capa plástica transparente, com fita adesiva em um dos lados para que o cartão não possa ser inserido nas máquinas de recarga.
Quando encostado na catraca, o cartão libera a passagem normalmente. O usuário precisa então ir até as portas giratórias da saída da estação, onde está o vendedor para receber o bilhete de volta.
O Agora teve acesso a seis desses cartões. Eles foram colocados nas máquinas de recarga das plataformas e só depois devolvidos. Um deles tinha saldo de R$ 318 em vale-transporte. Outro, R$ 183 em vale comum (carregados na estação). Já três deles estavam sem saldo. Em um dos cartões, o aparelho não identificou quanta grana havia. O visor só mostrou a mensagem “sem valor para recarga”.
Os vendedores dizem que conseguem o desconto porque compram cartões carregados por um valor menor que o saldo existente -e “vendem” a passagem com lucro, ainda assim por preço mais baixo que o oficial. Questionados, disseram que pagariam R$ 1 por um cartão sem saldo.
Quem vende o cartão também lucra, pois o valor pago seria maior do que o desconto na folha de pagamento. Quem ganha salário mínimo tem abatidos R$ 24,90 -o patrão completa o resto.
Aliás, é o patrão quem acaba tendo o prejuízo com esse esquema. O dinheiro que eles gastam para bancar o vale-transporte de seus empregados acaba sendo embolsado pelos golpistas. (Bruno Ribeiro)
Os passageiros da CPTM sabem que cada viagem custa R$ 2,40. Mas, em pelo menos duas estações, é possível, graças a uma fraude, economizar 40 centavos em cada viagem.
Golpistas que ficam fora das estações de Santo André e Mauá (ambas na Grande SP) oferecem bilhetes fraudados para os usuários sob a condição de que sejam devolvidos depois de virar a catraca. A novidade é que alguns desses cartões estão sem saldo e nem poderiam liberar a roleta.
Lucro para os golpistas: os R$ 2 que eles cobram vão direto para o bolso deles.
Em Santo André, além da fiscalização dos agentes da CPTM, há uma base da Polícia Militar instalada a menos de dez metros do comércio clandestino. Mas a venda não sofre nenhuma repressão.
A passagem é 20% mais cara do que o que pedem os atravessadores. Um usuário que trabalha de segunda a sexta e usa trem duas vezes ao dia economiza R$ 17,60 por mês com o esquema.
O esquema foi constatado em duas estações da linha 10, ambas no ABC. A reportagem visitou outras quatro estações na Grande SP, mas não encontrou o comércio paralelo.
Bilhete zerado
No ABC, quem atende aos gritos de “bilhete a R$ 2″ recebe um cartão envolvido em uma capa plástica transparente, com fita adesiva em um dos lados para que o cartão não possa ser inserido nas máquinas de recarga.
Quando encostado na catraca, o cartão libera a passagem normalmente. O usuário precisa então ir até as portas giratórias da saída da estação, onde está o vendedor para receber o bilhete de volta.
O Agora teve acesso a seis desses cartões. Eles foram colocados nas máquinas de recarga das plataformas e só depois devolvidos. Um deles tinha saldo de R$ 318 em vale-transporte. Outro, R$ 183 em vale comum (carregados na estação). Já três deles estavam sem saldo. Em um dos cartões, o aparelho não identificou quanta grana havia. O visor só mostrou a mensagem “sem valor para recarga”.
Os vendedores dizem que conseguem o desconto porque compram cartões carregados por um valor menor que o saldo existente -e “vendem” a passagem com lucro, ainda assim por preço mais baixo que o oficial. Questionados, disseram que pagariam R$ 1 por um cartão sem saldo.
Quem vende o cartão também lucra, pois o valor pago seria maior do que o desconto na folha de pagamento. Quem ganha salário mínimo tem abatidos R$ 24,90 -o patrão completa o resto.
Aliás, é o patrão quem acaba tendo o prejuízo com esse esquema. O dinheiro que eles gastam para bancar o vale-transporte de seus empregados acaba sendo embolsado pelos golpistas. (Bruno Ribeiro)
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