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DATA DA PUBLICAÇÃO 30/12/2010 | Saúde e Ciência
Fórmula infantil à base de leite de vaca pode provocar aumento de peso
Novas descobertas do instituto de pesquisas Monell, nos EUA, revelam que o ganho de peso dos bebês alimentados com fórmula infantil é influenciado pela origem do suplemento que eles consomem.

Os resultados têm implicações relacionadas ao risco de o bebê desenvolver obesidade, diabetes e outras doenças na vida adulta.

"O que acontece na vida do bebê tem consequências a longo prazo sobre a saúde e uma das influências mais significativas é a taxa de crescimento inicial", afirmou a autora do estudo, Julie Mennella, psicobiologista em Monell. "Nós já sabemos que os bebês que se alimentam com fórmulas ganham mais peso do que os que são amamentados. Mas não sabíamos se isso valia para todos os tipos de fórmulas."

Enquanto a maioria dos suplementos são feitos à base de leite de vaca, outras opções incluem fórmulas à base de soja e proteína hidrolisada, que contêm proteínas pré-digeridas e, normalmente, são oferecidas a crianças que não toleram as proteínas presentes em outras fórmulas.

Em adultos, acredita-se que as proteínas pré-digeridas atuem no intestino para dar início ao fim da refeição, o que leva a pequenas refeições e à ingestão de menos calorias. Com base nisso, os autores teorizam que as crianças que estavam se alimentando de fórmulas com proteína hidrolisada comeriam menos e teriam um padrão de crescimento alterado em relação às crianças que se alimentavam com a fórmula à base de leite de vaca.

No estudo, publicado on-line na revista científica "Pediatrics", crianças de duas semanas, cujos pais haviam optado pela mamadeira, foram divididas aleatoriamente para se alimentar com a fórmula à base de leite de vaca, 35 crianças, e com a fórmula da proteína hidrolisada, 24 crianças, durante sete meses.

Ambas as fórmulas continham a mesma quantidade de calorias, mas a fórmula hidrolisada tinha mais proteínas, além de uma quantidade maior de pequenos peptídeos e aminoácidos livres.

As crianças eram pesadas uma vez por mês no laboratório, onde também eram filmadas consumindo uma refeição da fórmula atribuída, que só terminava quando sinalizavam que estavam satisfeitas.

Durante os sete meses do estudo, as crianças que se alimentaram com a proteína hidrolisada ganharam peso em um ritmo mais lento do que as que receberam a fórmula do leite de vaca. O crescimento e o comprimento foram iguais entre os dois grupos, o que demonstra que as diferenças foram só de peso.

"As fórmulas não são iguais", disse Julie. "Elas têm a mesma quantidade de calorias, mas diferem consideravelmente no modo como influenciam o crescimento da criança."

Quando os dados foram comparados com normas nacionais para as crianças amamentadas, a taxa de ganho de peso dos recém-nascidos alimentados com proteína hidrolisada foi comparável aos padrões do leite materno. Os bebês alimentados com fórmulas de leite de vaca engordaram mais.

As análises do laboratório ainda revelaram que os bebês alimentados com a fórmula de proteína hidrolisada consumiram menos fórmula durante a refeição.

Por Colaboração para a Folha
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