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DATA DA PUBLICAÇÃO 10/09/2015 | Economia
Ford vai fazer demissões na fábrica de São Bernardo
Ford vai fazer demissões na fábrica de São Bernardo Foto: Nario Barbosa/DGABC
Foto: Nario Barbosa/DGABC
A Ford fará demissões na fábrica de São Bernardo. O número de cortes não foi divulgado, mas circulam entre os funcionários rumores de que mais de 200 terão os contratos rescindidos. A empresa conta hoje com quadro de cerca de 4.300 empregados no município e, desse número, 160 ainda estão em lay-off (com contratos suspensos temporariamente) até outubro, e 59 seguem desde fevereiro em banco de horas. A montadora informou que tem utilizado todas as ferramentas possíveis para adequar a produção à significativa desaceleração da demanda automotiva. “Como parte desse esforço, está reduzindo sua força de trabalho na fábrica”, disse ontem, por meio de nota.

A decisão da empresa surpreendeu, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. Isso porque recentemente (em julho), a companhia contratou 268 trabalhadores terceirizados, que prestavam serviços de abastecimento de linha de montagem, recebimento de materiais e operação de empilhadeiras. Ao mesmo tempo, outros 210 que já possuíam vínculo empregatício com a montadora foram remanejados internamente para atuar na área de logística. Entre estes, 57 estavam em lay-off desde maio e retornaram à fábrica. Com o remanejamento, o excedente de mão de obra na planta, que estava avaliado em 600 no fim do ano passado, caiu para cerca de 200.

Na semana passada, o presidente do sindicato, Rafael Marques, em entrevista ao Diário, comentava: “A Ford está sofrendo com a crise, mas está mais preparada”, referindo-se ao fato de que outras empresas estavam acertando a adesão ao PPE (Programa de Proteção ao Emprego), como foi o caso da Mercedes-Benz – que já aderiu à redução de jornada e de salários. Marques também fazia referência à desterceirização dos 268 funcionários e aos lançamentos de produtos, um deles o novo Ka, que estaria ajudando a evitar tombo maior na demanda.

Enquanto o mercado de automóveis registrou, neste ano até agosto, retração de 19% em vendas ante mesmo período de 2014, os veículos da Ford tiveram redução de 4,6%. No caso dos caminhões, o impacto também foi menor do que a média do setor, que recuou 42%; o número de emplacamentos da fabricante ficou 15% menor. Para se ajustar à queda da procura, a montadora tinha decidido parar a fabricação de carros dos dias 21 a 25 deste mês e, a de caminhões, de 18 até 2 de outubro.

“Não esperávamos demissões. Reconhecemos as dificuldades, a queda acentuada na produção. No entanto, não era necessária atitude dessa natureza. Se a empresa decidir conduzir dessa forma, haverá reação”, disse Marques. Hoje haverá assembleia às 6h30 na porta da fábrica para decidir se será decretada greve.

NA BAHIA - A Ford dará férias coletivas aos funcionários da fábrica de Camaçari, na Bahia, dos dias 14 até 2 de outubro, para reduzir a produção e ajustar os níveis de estoque à demanda.


Por Leone Farias - Diário do Grande ABC
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