DATA DA PUBLICAÇÃO 15/12/2007 | Economia
Ford investe R$ 350 mi no Novo Ka
A Ford parou uma das linhas de produção da fábrica de São Bernardo, sexta-feira, para anunciar diante dos funcionários o lançamento do Novo Ford Ka. A empresa investiu R$ 350 milhões no projeto, que será a aposta da montadora para aumentar a participação no segmento de carros populares.
Segundo o diretor de assuntos corporativos para a Ford América do Sul, Rogélio Golfarb, com o novo produto, a Ford espera crescer “um pouco” acima da expansão da indústria no ano que vem, prevista em 10%.
Presente no evento, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ressaltou a importância dos financiamentos na venda de veículos. “O trabalhador não está preocupado com o preço final do carro, está preocupado se a prestação vai caber no holerite dele”, disse.
E é esse público que a Ford quer atrair. Com o modelo básico no valor de R$ 25.190, o carro entrará como reforço ao leque de produtos da montadora, que quer expandir a escala de produção para manter a competitividade.
“Nosso objetivo é criar valor em um segmento em que é muito difícil criar valores”, disse o presidente da Ford Brasil e Mercosul, Marcos de Oliveira, ao ressaltar que o modelo básico sai de linha com itens de conforto e segurança como alarme e trava elétrica.
Lucro - De acordo com o presidente da Ford América do Sul, México e Canadá, Dom DiMarco, a empresa fechará no azul neste ano. “Após 15 trimestres consecutivos de lucro”, ressaltou.
Entretanto, DiMarco e Marcos de Oliveira ressaltaram que a exportações precisam ser garantidas para, assim, manter a escala de produção. Nesse sentido, o presidente Lula afirmou que o governo se esforça para transformar o País em uma plataforma exportadora.
Mesmo com os custo altos para se manter no mercado externo, a Ford já prevê a exportação do Novo Ka para países da América do Sul. “Não podemos dar detalhes sobre o negócio, mas a venda no mercado externo deverá começar já no primeiro trimestre de 2008”, afirmou Oliveira.
2º turno - Embora o lançamento exija mais esforços nas linhas, a montadora não pretende criar o segundo turno na fábrica de São Bernardo. “Nosso plano é focado em um turno”, observou Marcos de Oliveira.
Segundo ele, atualmente, são produzidas 54 mil unidades de carros e picapes na fábrica. “Um turno tem capacidade para 100 mil veículos”, completou. Se somar com a produção de Camaçari (BA) e de caminhões, a produção da Ford chegará a 330 mil neste ano.
Serra renova liberação de créditos de ICMS
Durante o lançamento do Novo Ka, o governador do Estado de São Paulo, José Serra, anunciou a renovação do decreto que permite a devolução dos créditos de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) retidos das exportações. O decreto venceria no final deste mês e foi prorrogado para 2010.
Segundo José Serra, cerca de R$ 4 bilhões de créditos de toda a indústria paulista estão retidos. Apesar de a devolução ser garantida pela Lei Kandir, os governos estaduais e o federal não liberam o dinheiro com a justificativa de restrição orçamentária.
No caso de São Paulo, desde 2005 o crédito é devolvido como forma de incentivo à produção. “O crédito será liberado para a indústria automobilística investir em produtos e instalações”, destacou Serra.
No caso do Ford Ka, 90% dos R$ 350 milhões injetados no projeto foram de créditos de ICMS. “Sem esse dinheiro, teríamos mais dificuldade em aprovar o projeto”, afirmou Marcos de Oliveira.
Segundo o diretor de assuntos corporativos para a Ford América do Sul, Rogélio Golfarb, com o novo produto, a Ford espera crescer “um pouco” acima da expansão da indústria no ano que vem, prevista em 10%.
Presente no evento, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ressaltou a importância dos financiamentos na venda de veículos. “O trabalhador não está preocupado com o preço final do carro, está preocupado se a prestação vai caber no holerite dele”, disse.
E é esse público que a Ford quer atrair. Com o modelo básico no valor de R$ 25.190, o carro entrará como reforço ao leque de produtos da montadora, que quer expandir a escala de produção para manter a competitividade.
“Nosso objetivo é criar valor em um segmento em que é muito difícil criar valores”, disse o presidente da Ford Brasil e Mercosul, Marcos de Oliveira, ao ressaltar que o modelo básico sai de linha com itens de conforto e segurança como alarme e trava elétrica.
Lucro - De acordo com o presidente da Ford América do Sul, México e Canadá, Dom DiMarco, a empresa fechará no azul neste ano. “Após 15 trimestres consecutivos de lucro”, ressaltou.
Entretanto, DiMarco e Marcos de Oliveira ressaltaram que a exportações precisam ser garantidas para, assim, manter a escala de produção. Nesse sentido, o presidente Lula afirmou que o governo se esforça para transformar o País em uma plataforma exportadora.
Mesmo com os custo altos para se manter no mercado externo, a Ford já prevê a exportação do Novo Ka para países da América do Sul. “Não podemos dar detalhes sobre o negócio, mas a venda no mercado externo deverá começar já no primeiro trimestre de 2008”, afirmou Oliveira.
2º turno - Embora o lançamento exija mais esforços nas linhas, a montadora não pretende criar o segundo turno na fábrica de São Bernardo. “Nosso plano é focado em um turno”, observou Marcos de Oliveira.
Segundo ele, atualmente, são produzidas 54 mil unidades de carros e picapes na fábrica. “Um turno tem capacidade para 100 mil veículos”, completou. Se somar com a produção de Camaçari (BA) e de caminhões, a produção da Ford chegará a 330 mil neste ano.
Serra renova liberação de créditos de ICMS
Durante o lançamento do Novo Ka, o governador do Estado de São Paulo, José Serra, anunciou a renovação do decreto que permite a devolução dos créditos de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) retidos das exportações. O decreto venceria no final deste mês e foi prorrogado para 2010.
Segundo José Serra, cerca de R$ 4 bilhões de créditos de toda a indústria paulista estão retidos. Apesar de a devolução ser garantida pela Lei Kandir, os governos estaduais e o federal não liberam o dinheiro com a justificativa de restrição orçamentária.
No caso de São Paulo, desde 2005 o crédito é devolvido como forma de incentivo à produção. “O crédito será liberado para a indústria automobilística investir em produtos e instalações”, destacou Serra.
No caso do Ford Ka, 90% dos R$ 350 milhões injetados no projeto foram de créditos de ICMS. “Sem esse dinheiro, teríamos mais dificuldade em aprovar o projeto”, afirmou Marcos de Oliveira.
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